domingo, 30 de novembro de 2014

Poema # 32 - Um Brinde

Decidi abrir uma garrafa de champanhe, Nem sei bem para comemorar o quê, Talvez tudo, talvez quase nada, Ou um nadinha de tudo. Comemorar sobretudo a vida, Comemorar que mais um dia passou, Sem que perdesse a esperança,Sem deixar-me levar num turbilhão, De um mar revolto, das indecisões. Um brinde à vida, um brinde a tudo, O que o Universo hoje nos permite Um brinde porque há um passado e uma história, Um brinde porque há um futuro e uma esperança, Um brinde porque há o aqui e o agora, Um brinde porque temos de fazer escolhas E é aqui que reside a festa da vida, A responsabilidade das nossas escolhas. Na luta pelos nossos sonhos, Na conquista das nossas mais profundas E misteriosas vocações. Porque nunca é tarde, Para...

Poema # 31 - Barquinhos de Papel

Procuro-me pensativo durante a noite, Alumiada por velas, e brilhos, E o sopro da madrugada como açoite, Tira-me os pensamentos dos trilhos. Como se comboios fossem, Sem ter partida, são de brincar. Não têm sequer paisagem E nem onde chegar. O silêncio ecoa, e faz-me pensar, Em tudo, e até um pouco de nada.   Procuro, sempre e sem cessar, Pois nenhuma ideia é acabada. Nem sei o quê, ou onde me encontrar Nem em que posição tentar dormir, Ou se escolho um sonho para sonhar, Ao menos um que me faça rir. Sonhos qual barquinhos de papelão Deitados à fonte como se fossem ao mar, E se não lhes deito a mão, Nem sequer podem navegar. E sem dormir, aporto nos livros acordado, Procuro-te nas páginas, com saudades De ter...

Banco Alimentar - Campanha a 29 e 30 de Dezembro

Os Bancos Alimentares Contra a Fome, realizam este fim de semana, dias 29 e 30 de novembro,  mais uma campanha de recolha de alimentos, como habitualmente é efetuada fundamentalmente nos hipermercados e supermercados de norte a sul de Portugal. Está prevista para esta campanha de recolha, a participação de mais de 40 mil voluntários, no entanto a organização estende a data para os que preferirem contribuir pela internet com as suas dádivas, ou ainda com a compra de vales nas caixas dos supermercados. Face à crise e a uma taxa de crescimento exponencial do desemprego, devido a falências de empresas e insolvência de famílias, os portugueses tem dado sinais de solidariedade com os mais desfavorecidos e com as famílias em situação...

sábado, 29 de novembro de 2014

Citações # 11 - A Paixão (Erasmo de Roterdão)

"Para que a vida humana não fosse totalmente triste e enfadonha, Júpiter concedeu-lhes muito mais paixões do que razão, na proporção de um asse para meia onça. Além disso, relegou a razão para um canto estreito da cabeça, deixando todo o resto do corpo entregue ao domínio das paixões. Por fim, opôs à razão isolada a violência de dois tiranos: a Cólera, que domina a cidadela do peito, com a fonte de vida, que é o coração, e Concupiscência, cujo império se estende até ao baixo ventre. Como conseguirá a razão defender-se destes dois inimigos, para mais reunidos? A vida comum dos homens mostra-o com bastante clareza. A razão apenas consegue gritar, até enrouquecer, as leis da honestidade. É rainha de quem os homens troçam e injuriam até...

Merkel, Portugal e os Licenciados

Há alguns dias a Chanceler alemã, afirmou que Portugal tinha licenciados a mais, o que gerou um grande celeuma na imprensa portuguesa, deste modo para se saber se o que a Chanceler disse é fundamentado ou não, será necessário comparar dados estatísticos, e ver se há ou não falta de técnicos de nível médio. No entanto o que há demasiado em Portugal, é desempregados, ora, se o Estado financia, através de bolsas de estudo o ensino superior em detrimento do ensino tecnológico, e sem investir no emprego, claro que ela terá razão. E se Portugal precisa de captar investimento externo em Industrias mais do que serviços, então é preciso investir na Educação Tecnológica, tal como tinha programado o anterior governo, e ai ela também terá razão. Não...

Poema # 30 - Favas Contadas

Folgo em saber que estás feliz, A felicidade é  assim, contagiante. Não é garantida, tal como se diz, Não são favas contadas certamente, Vamos ensinar no mundo, cada aprendiz, Que só há incertezas concretamente, E assim, resta abraçar a felicidade Sempre, sem parar e sem saudade. Compreender, na certeza do abraço, Ou quem sabe, na ternura de um olhar Nos esperançamos por esquecer o cansaço. E assim, a felicidade ressurge logo ao despertar, Numa manhã de sol em fogo sem embaraço,  Dando-nos esperança e ânimo para lutar,  Avançar para horizontes em verdade Sempre a persistir até a eternidade. Autor Filipe de Freitas Leal  Leituras visualizações Sobre o Autor Filipe de Freitas Leal nasceu...

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Poema # 29 - Nas Águas Turbulentas

Nas águas turbulentas, Do rio que tudo leva, Ou do mar que nos atormenta, não se aprende apenas a navegar! Aprende-se o quão valiosa é Na nossa vida, cada lição aprendida. E no Oceano aberto da vida, Navega minh'alma, Sôfrega e timidamente Espera, um porto de abrigo, Que só no outro se alcança, Só no outro se partilha. Autor Filipe de Freitas Leal  Leituras visualizações Sobre o Autor Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger...

domingo, 23 de novembro de 2014

A Detenção de Sócrates, A imprensa e a Justiça

Começo por dizer que se deveria tentar ter uma nova atitude, algo contrária ao que se vive na nossa República, em que a tendência é de tornar os Cafés em tribunais mais que tribunas, alimentados por uma imprensa sensacionalista que sabe o que não devia e informa o que não sabe, sentenciando a um linchamento público as figuras públicas que lhes caem nas mãos, e não falo só de figuras públicas, falo no geral, falo do respeito que devemos ter para com a vida alheia de todo e qualquer cidadão independentemente das suas tendências políticas. Assusta-me o que se passa em Portugal, não sou socialista e nem social democrata, sou humanista e um mero cidadão comum, mas sinto deveras um mal estar com este estado de coisas; Assusta-me deveras...

Todo o Mundo e Ninguém - Gil Vicente

A Peça Auto da Lusitânia, da autoria de Gil Vicente, escrita no Século XVI em 1531, e apresentada em 1532, cujo trecho abaixo é uma das partes do respectivo Auto[1], intitulada Todo o Mundo e Ninguém, estes são os nomes de dois personagens, o primeiro representa um mercador, a maioria e a sua arrogância, o segundo representa um pobre, a minoria, e a sua humildade, nos diálogos entre ambos, há trocadilhos que mostram a natureza da alma humana no contexto social da época, e que nos parece sempre tão atual. Por outras palavras, Gil Vicente faz neste ato da peça uma mordaz critica à sociedade da época, a peça inteira que contém quatro atos, relata o nascimento da Lusitânia filha de Lisbea e o Sol, no entanto quero focar apenas este diálogo onde...

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O Reconhecimento da Palestina Trará a Paz?

O Reconhecimento da Palestina[1] como um Estado independente, feita primeiramente pela "Câmara do Comuns" no Reino Unido e agora aprovado pelo "Congresso dos Deputados" em Espanha, seguir-se-á ainda a França nos próximos dias, em si isto nada tem de mal, e é a visão europeia, baseada no pluralismo, democracia ocidental e dentro desta perspectiva os respectivos países visam contribuir para o fim das hostilidades de uma crise que tem mais de 70 anos de existência. Este reconhecimento por si só, trará a paz tão desejada? O problema está nas contrapartidas, quais são? Quais as condições impostas para que se possa garantir a paz? E o Hamas[2] continua com a sua política? Se não houver o inequívoco reconhecimento do direito de Israel a existir...

 
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