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Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
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sexta-feira, 3 de março de 2017
A Política Internacional e a Globalização - Uma Introdução Sintética
sexta-feira, março 03, 2017
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
A Nova Ordem Mundial, que tanto se fala, traduz-se num
crescente aumento da influência do comercio externo e da economia sobre a
politica. É o virar de uma página da história política, no que concerne ao
mercantilismo e ao capitalismo de Estado ou mesmo ao regime comunista.
Quando surgiu a Globalização? A esta pergunta, poderíamos
ir buscar uma série de antecedentes históricos, que nos levariam sem duvida aos
descobrimentos marítimos portugueses dos séculos XIV e XV, não obstante, foram
os portugueses os primeiros navegadores a chegar ao Japão, desse contacto
surgem as primeiras armas de fogo no extremo-oriente, Nagazaki havia sido
construída por missionários jesuítas portugueses, e até mesmo a palavra “arigatô”
vem do termo português “obrigado”. Sem falar na troca global de plantas
que foram tiradas de um continente e plantadas noutro, tal como a mandioca, o
principal alimento da dieta africana, foi levado pelos portugueses do Brasil
para África, bem como o milho e a batata que não existiam na dieta europeia.
Mais dramática e igualmente influente, foi a migração
forçada de milhares de africanos comprados e levados como escravos pelos
ingleses, franceses, espanhóis e portugueses para a agricultura em todo o
continente americano ou o denominado Novo Mundo, facto que é de suma
importância, devido a isso, hoje observamos que a população do Haiti é maioritariamente
afrodescendente, em detrimento das populações indígenas que foram assimiladas e
miscigenadas tanto com os escravos como com os colonos.
No que concerne à globalização, temos que ter em conta a
crescente influencia desse processo no aspeto cultural, cada vez mais os povos
se aproximam culturalmente uns dos outros, e isso origina-se com o surgimento
de sociedades multiculturais, que obviamente surgiram no novo mundo, muito
embora com algumas bolsas de resistência com comportamentos de racismo e
xenofobia.
Um dos países onde melhor se definiu o multiculturalismo,
foi sem dúvida o Brasil, país no qual não houve o racismo de forma clara ou
institucional, como ocorreu por exemplo nos Estados Unidos da América, no
Brasil as questões de divisão são maioritariamente de classe e não tanto de
etnia.
Nos anos 30 do século XX no Brasil, a pergunta de ordem
era saber quem eram de facto os verdadeiros brasileiros. Seriam os índios que
eram os habitantes autóctones, os portugueses que criaram os Brasil e deixaram
as bases das suas estruturas sociais, culturais, religiosas e políticas, ou
seria ainda os afrodescendentes a quem a economia fundamentalmente agrícola e
pecuarista do Brasil devia muito pelo seu trabalho braçal? Foi o sociólogo
brasileiro Gilberto Freyre quem com o seu livro, “Casa Grande e Senzala”,
vem mostrar que todos os três elementos humanos fundadores do que se chama de
brasilidade, são igualmente importantes e autênticos brasileiros, esta reposta
agradou sobremaneira ao Presidente Getúlio Vargas e ao renascido nacionalismo
brasileiro.
Todavia, a globalização não se centra nos aspetos
culturais, esses são mera consequência dos objetivos fundamentais, que são
económicos, fundam-se no comércio externo, na internacionalização das empresas multinacionais
e na busca do lucro.
Outros autores como AlvinToffler, vêm a origem da
globalização no desenvolvimento da sociedade de serviços ultrapassando a
industrial nos anos 50, a nova sociedade da informação e o desenvolvimento
tecnológico terão facilitado a comunicação e encurtado as distâncias, isso
permite o desenvolvimento consecutivo do comercio externo.
A partir daqui surge o desenvolvimento de grandes
conglomerados dos Blocos económicos, inicialmente com a EFTA e a CECA, esta
ultima viria a dar lugar à CEE atual União Europeia, no bloco comunista
criara-se o COMECOM, entretanto extinto, mais recentemente surgiram a ASEAN, o
Mercosul e a NAFTA, mas o mais importante é a criação da Organização Mundial do
Comércio, a partir do que foram as conversações do Uruguai Round, da antigo
GATT. Acordo Geral sobre Tarifas e Impostos.
Para ilustrar o que é e como funciona a globalização,
temos de citar a intervenção do FMI Fundo Monetário Internacional ao determinar
a internacionalização do Dólar estadunidense como moeda franca a nível
internacional no pós-guerra, sem falar da moeda única na Europa, o Euro que se
tornou mais forte do que o dólar apesar da instabilidade económica na Zona
Euro.
Alguns dos ícones da globalização são sem sombra de
dúvida as parabólicas de TV Satélite, os cabos submarinos de transmissão de
Internet e as agências de viagens repletas de descontos em passagens aéreas, o
mundo hoje está mais próximo por meios de comunicação e pela rapidez na
deslocação de um continente a outro como nunca antes se imaginara. Mas esta é a
parte visível da globalização, parece que à partida fora feito de propósito
para deixar feliz o consumidor final, mas não, essa é a ponta do Iceberg, a
raiz de tudo isto, está no lucro, na vinculação ideológica do liberalismo
vigente e nas grandes transações financeiras a nível global, de holdings
gigantescas que fazem das Bolsas de Valores o principal ícone da globalização.
Não obstante à medida que se desenvolve a globalização no plano financeiro e
económico, também se desenvolve no plano político, todavia de forma inversa ao
modo como a política até aos meados do século XX funcionava, para exemplificar,
tivemos o Crash de 1929 e a sua solução através do New Deal,
a política de então é que determinava as regras do jogo económico, todavia, atualmente
são os mercados que determinam as politicas a tomar, os países passam a ser
vistos como empresas. A eleição nos Estados Unidos, do magnata Donald Trump para
suceder o democrata e progressistas Barack Obama, serve de exemplo para este
dado, um homem que não vem da política como carreira, mas antes um empresário
multimilionário, de tendência claramente conservadora e neoliberal.
Principais Características da “Aldeia Global”
Ø Internacionalização das empresas;
Ø Internacionalização do mercado de capitais;
Ø Organização de Grande Blocos Económicos;
ü Perda de parte da soberania dos países em favor dos Blocos Económicos.
Ø Criação da Moeda Única;
Ø Dólar como moeda franca internacional;
Ø Criação Organização Mundial do Comércio;
ü Consolidação do liberalismo político;
ü Redução dos direitos sociais
Ø Maior competitividade entre os continentes;
Ø Maior aproximação cultural e ideológica global;
·
Maior facilidade de
deslocação;
·
Acesso à informação e
comunicação;
·
Maior uniformização
cultural;
A Globalização submete o papel do Estado (antes um
regulador) aos interesses dos grandes conglomerados económicos e financeiros
(antes meros agentes), fazendo com que os Estado perca parte da sua soberania,
dando a impressão que as instituições democráticas são hoje em dia uma mera
plataforma de implementação dos interesses financeiros por parte tanto dos três
poderes.
Observa-se atualmente na globalização uma inegável
presença do ideal neoliberal, claramente com o intuito de retirar ao poder político
o seu papel regulador do mercado, para ser o mero regulamentador da agenda
económica e financeira, retirando ao Estado a sua presença em setores como a
banca, os transportes públicos, as comunicações, correios, saúde, educação,
energia e saneamento básico.
Posto isto, observa-se ainda que as reformas liberais
levadas a cabo, refletem uma clara interferência no mercado de trabalho, através
de imposição de alterações à legislação laboral, fragilizando em larga medida a
já frágil situação dos trabalhadores, tanto nos países desenvolvidos como nos
que se encontram em desenvolvimento, bem como pela redução dos ordenados no mercado
de trabalho e o fim dos apoios sociais.
A soma deste quadro no que concerne à globalização
corrobora as graves consequências sociais que têm surgido, tais como o desemprego
de longa duração, a emigração, o empobrecimento das faixas mais idosas da
população e o consequente agravamento da insustentabilidade da segurança social, que choca com
o apoio estatal à banca falida, através de dinheiro público saído do bolso dos contribuintes
nos países da Zona Euro, como foi o caso de Portugal Irlanda, Grécia e Espanha,
os denominados PIGS.
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Globalização ou o Fim da Democracia - I
quinta-feira, abril 14, 2016
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
A Globalização e o liberalismo
A
Globalização e o liberalismo estão a alterar os papeis entre a politica e a economia,
pois submetem o papel do Estado (antes um regulador) aos grandes conglomerados económicos e
financeiros (antes meros agentes).
A
GLOBALIZAÇÃO não é propriamente dito exequível com um governo soberano que
queria respeitar um programa de governo pelo qual fora eleito, isto porque vai
contra a lógica da economia dos mercado financeiros e de grupos poderosos que tem margens anuais de lucros superiores ao PIB de países como Grécia, Irlanda e Portugal por exemplo (países que pediram resgate ao FMI e que sofreram a intervenção da Troika).
Neste
sentido, pode-se observar que a democracia está a ser usada apenas como
plataforma de implementação dos interesses dos grandes conglomerados, quer seja
pelo Poder Executivo (governo), quer pelo legislativo e não raras vezes também
pelo judiciário, ao qual cabe a responsabilidade pelo cumprimento legal, pela
fiscalização das reformas implementadas, feitas através de politicas que visam
reformas económicas, sociais e financeiras profundas, claramente com o intuito de retirar e afastar o Estado tanto do seu papel regulador como da sua presença em setores como a banca, os transportes públicos, as comunicações, correios, saúde, educação, energia e saneamento básico, mesmo que alguns dêem lucro, setores esses que se supõe a necessária participação de capitais públicos; posto isto, temos que as reformas liberais levadas a cabo interferem também no mercado de trabalho através de alterações à legislação laboral fragilizando os trabalhadores, bem como pela redução dos ordenados no mercado de trabalho e o fim dos apoios sociais, os quais têm vindo a gerar graves consequências sociais consideráveis, como desemprego de longa duração, emigração, empobrecimento das faixas mais idosas da população e o consequente agravamento da insustentabilidade da segurança social, que choca com o apoio estatal à banca falida, através de dinheiro público saído do bolso dos contribuintes.
O problema
é morder o isco.
Um fator importante que visa essa inversão e que deve ser observado com atenção é a
corrupção, por outras palavras é o isco que faltava para a implosão da democracia que tanto demorou a
construir, minando um dos alicerces fundamentais que é a confiança dos cidadãos
eleitores, somando-se a isto temos o quarto poder, o da imprensa com a sua voracidade em derrubar lideres e a promover outros, sobra assim, apenas um regime em que o cidadão limita-se a escolher quem é que vai exercer o cargo, não interessa se será do partido A ou do B, se é o
cidadão C ou o D, acabam todos por ter de cumprir as normativas que vêm de cima, de acordo com interesses empresariais ou económicos, que são por sua
vez as Multinacionais, as Agências de Rating e os Mercados Comuns como a UE, a
NAFTA, Asean, entre outros, pelo que se transforma um Estado de Direito e soberano num Estado Vassalo, ou uma mera zona geográfica, como se de um simples mapa empresarial de zonas comerciais se tratasse.
A máquina
que põe tudo isso a funcionar, é sem sombra de duvida a corrupção, é esse aliás
o isco como acima referido, e como vem a provar as recentes revelações dos Papeis do Panamá, que é o de corromper, comprar e deixar cair na rua pela denúncia os politicos, os partidos, para
desacreditar na opinião pública, não so a esquerda e a direita, mas sim todo um sistema político.
Claro
que pode-se afirmar em Ciência Política que a politica é a luta pela conquista
e pela manutenção do poder, mas a corrupção muda tudo isto, e o jogo politico
hoje mudou de palco, não é no palanque de um líder, mas sim no escritório de um
CEO, não é a falar de ideias e causas, mas sim de valores e ganhos, ou seja,
por outras palavras, a Economia impôs-se à politica.
O
Brasil, Portugal, Grécia e outros países que se submetem a obedecer a agenda da
globalização de conglomerados e do FMI, são países cobaias, onde se verifica
já, se não o fim da democracia, pelo menos uma metamorfose que visa alterar a
sua função politica, para uma função meramente executiva dos interesses estabelecidos pelos mercados financeiros.
Mas
porque o fim da democracia?
Os
partidos continuarão a existir, e haverá eleições, contudo os governos saídos de uma Parlamento eleito não conseguirão promover reformas substanciais, tal como se observou em Portugal, quando a Troika impôs a
qualquer partido e em qualquer governo as normas que devem ser cumpridas, que não podem
ficar aquém das expectativas dos organismos executivos como o Eurogrupo, o FMI ou o Concelho da Europa.
Voltando atrás no tempo, quando
nos anos 60 ou 70, nos países democráticos, haviam eleições, votavam-se em
programas eleitorais, vimos por exemplo o caso de França em que François
Mitterrand do PS, implementou uma série de reformas estruturais socializantes,
ou do lado contrário, governos de direita como o de Margaret Thatcher, que
impôs a privatização feroz, a luta contra os sindicatos dos mineiros e a implementação da sua politica ultra-liberal.
Hoje,
não se passa assim, nos países que fazem parte da UE União Europeia por
exemplo, temos um parlamento europeu que não é deliberativo e nem legislativo mas sim normativo,
e temos um núcleo duro que é a Comissão Europeia, que por outras palavras é o
Governo Central da Europa, de onde emanam as diretivas aos países membros, tal como o que ocorreu com a Grécia que tentou mudar o jogo, mas
teve de se vergar.
Ao que
parece, a Europa só não aceitou as condições que foram sugeridas pelo governo
de Tsipras, porque entendia que aqueles politicos de esquerda, não poderiam
influenciar o resto da Europa, entenderam que era preciso verga-los e não permitir que fossem
um exemplo a seguir, e isto aconteceu mesmo depois do referendo no qual os gregos rejeitaram
as politicas de austeridade da Troika, foi aqui que se viu de facto quais são as cartas em
cima da mesa e quem domina o jogo, pois as mesmas propostas teriam sido aceites se os proponentes fossem da ND Nova Democracia (de direita) ou o PASOK Partido Socialista Grego (de centro-esquerda) partidos amigos ou europeístas.
Portanto conclui-se, que ao elegermos democraticamente um parlamento do qual sairá um
governo, os programas eleitorais não serão implementados porque as politicas impostas não não o permitem, embora as respectivas diretivas nem sequer tenham sido escrutinadas pelos demais cidadãos europeus, torna esta prática centralizadora um ato político antidemocrático, que limita o ato de votar de cada cidadão numa simples cerimónia
secundária.
É um
novo colonialismo, uma nova ditadura? perguntam alguns; Mas penso que talvez nem seja isso,
mas mais do que isso, uma subversão doce, disfarçada e colorida de um sistema,
as pessoas, os povos a serviço de interesses poderosos, mas de forma totalmente
desvinculada de humanismo e preocupações sociais.
> Continua no próximo post: Globalização ou o Fim da Democracia - II
Autor Filipe de Freitas Leal
> Continua no próximo post: Globalização ou o Fim da Democracia - II
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
sábado, 13 de dezembro de 2014
Catastroika - A Democracia Morre Onde Nasceu
sábado, dezembro 13, 2014
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
A Democracia morre onde nasceu, exatamente na
Grécia. E morre à mão de tecnocratas, capitalistas e de economistas cujo ideal
é desmontar o Estado. Sem Estado, não há poder político, sem poder político não
há democracia, por mais que se tente iludir ou fingir a mascara cai sempre.
E quando se diz que a democracia morre,
significa que o governo do povo para o povo e pelo povo, tal como na
antiga helénica, deixou de ser uma realidade e passou a ser uma
utopia invertida, visto que já ter existido e não tem hoje quaisquer condições
de poder voltar a existir, sobretudo num mundo totalmente globalizado, dirigido
por uma corrente ultra-liberal vocacionado a destituir os Estados da sua
propriedade, funções e essência, até que o que sobrar não será mais
suficiente para evitar que se torne um mero pró forma.
A ideologia que nos bombardeou com
a consciência do direito do contribuinte, do
consumidor, embrulhado num papel bonito e sedutor, não foi mais que uma
forma de nos converter a colaboradores inconscientes do desmantelamento das
instituições, umas após outras, e num regime onde a economia sobrepõe e se
substitui nas funções do poder político, o resultado não poderá ser bom.
Se o comunismo falhou pelo excesso da
estatização e de uma pressão cultural
e psicológica vigente através de uma ideologia política de
economia planificada, o caminho trilhado hoje pelo neo-liberalismo não nos
trará melhor sorte. Porque as privatizações de setores chave da economia e a
liberalização radical dos mercados gera a catástrofe onde se vende tudo,
serviços de água, energia, comunicações, transportes, bancos, correios,
aeroportos, e sobrará apenas uma bandeira já sem sentido de nacionalidade.
Portugal um dos países da Europa comunitária,
que mais tem perdido com esta politica desde a subida ao poder do ultraliberal
Cavaco Silva, que iniciou lenta mas paulatinamente as politica europeias e
globalizantes das privatizações, com consequências visíveis e irreversíveis
para o país e as gerações futuras.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
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