Eu tenho estado a reflectir muito, sobre esta guerra na Ucrânia, e hoje, passados oito meses penso de maneira diferente. Creio que eu no lugar do Zelensky não sacrificava a vida do meu povo, nem as infraestruturas do meu país, a resistência está no fundo a ser em vão. A Europa fala de uma derrota da Rússia, mas o que eu vejo é a derrota de um país devastado e de um povo massacrado, vejo que os ucranianos foram atirados para a guerra, em nome do Liberalismo.
E não, não estou a dar razão de forma alguma a Putin, mas a evidenciar que, poderia ter sido evitado. Bastava um acordo, tipo isto: entra na UE mas fica de fora da OTAN. Ou algo do género, mas está claro que a Ucrânia foi empurrada para este cenário, e embora eu goste muito do Zelensky, eu no lugar dele teria evitado por todos os meios que um só inocente pagasse com a vida, o que de facto é um capricho dos EUA que quer mostrar que ainda manda e da UE que só pensa no vil metal.
Aliás, é nítido que as actuais lideranças europeias e estadunidenses não chegam aos pés em brio, em competência e em sabedoria face aos que testemunhamos nos anos 70 a 90. Onde a UE era uma união solidária de povos europeus, hoje é um mero mercado financeiro, e que por isso, está hoje menos preocupado com o bem-estar social que promovia nos anos 70, bem como com a sustentabilidade ambiental, que só agora urge corrigir. Embora digam o contrário, não passa de meros tecnocratas.
É fácil hastear bandeiras da Ucrânia na UE, e bater palmas nas costas do Zelensky e dizer-lhe: Força, estamos contigo. No entanto não vivem em búnqueres nem comem ração de combate, pelo contrário, jantam caviar e dormem tranquilos preocupados com os dados macroeconómicos e as posições geoestratégicas.
Autor do blog: Filipe de Freitas Leal
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