Oh sonhos meus, qual desdobrar de cenas
desconexas, fora do tempo, fora do
espaço,
Oh sonhos meus, que parecem tão sem nexo,
Algures em minha mente, haverá um sentido
Lógico, a trazer-me à memoria os meus sentidos,
As mais leves impressões, medos e
esperanças.
Oh sonhos, que me abris portas atrás de portas.
Os sonhos meus, são o
estúdio e cenários
Idílicos, belos, luminosos e carregados de esperança,
Por vezes sombrios, no breu onde mora o medo,
Por vezes arrebatadores, de um doce e belo mistério,
Dos sentidos claros trazidos à minha mente adormecida.
E sem nexo
aparente, deveras consentido, encontro-te.
Oh sonhos que sois, diálogos de minha própria alma.
Oh sonhos da minha mutação, ilusão, caleidoscópio,
Fazeis de mim as personagens de tempo e de lugar,
Oh sonhos, profundamente
guardados, e escondidos,
Dizeis tudo a minh'alma, e escondeis à mente,
O que ela não entende e o que a boca cala.
O que ela não entende e o que a boca cala.
Oh sonhos, que acordados são desejos
Como belas conchas que se abrem
Como belas conchas que se abrem
A mostrar a mais preciosa pérola
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