Neste "Dia
Internacional da Mulher" devemos salientar a importância da luta
pelos direitos humanos das mulheres especialmente na Ucrânia, e na Síria e Iraque onde o desrespeito sistemático contra as mulheres permanece impune.
Milhares
de mulheres de confissão cristã caldaica e síriaca, foram vendidas como
escravas, porque simplesmente são cristãs. Isto sem falar das violações, da
tortura, e do sofrimento de ver os seus filhos e filhas arrancados e levados à
força ou mortos.
Não
basta uma efeméride, nem uma rosa, é preciso um grito ruidoso do Mundo inteiro.
Assinala-se a 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher, não
apenas para homenagear o género feminino, mas sobretudo para lembrar
as barreiras que ainda existem, ou por outras palavras o caminho que ainda se
tem que percorrer até chegar à plena igualdade, condição sine qua non, para se poder
dizer que de facto se está ou não num Estado de Direito.
E é aqui que quero este ano salientar, Dia
Internacional da Mulher - Este ano gostaria de salientar a importância da luta
pelos direitos humanos das mulheres especialmente na Ucrânica, e na Síria e
Iraque onde o desrespeito sistemático contra as mulheres permanece impune.
Milhares
de mulheres de confissão cristã caldaica e síriaca, foram vendidas como
escravas, porque simplesmente são cristãs. Isto sem falar das violações, da
tortura, e do sofrimento de ver os seus filhos e filhas arrancados e levados à
força ou mortos. Não
basta uma efeméride, nem uma rosa, é preciso um grito ruidoso do Mundo
Ocidental.
Atualmente o dia Internacional da Mulher é comemorado como algo festivo, ou
quando muito um memorial de reivindicação para a igualdade de
géneros e a condição feminina, desconhecendo a maioria a origem de lutas e
tragédia que estão associadas a este dia 8 de março, tendo sido por isso, o dia
escolhido para lembrar a luta das mulheres, por melhores condições e dignidade no
trabalho, foi fundamentalmente um dia fatídico, tendo morrido mais de
uma centena de mulheres operárias numa fabrica têxtil em Nova Iorque,
na sequência de um incêndio, precisamente no dia 8 de março de 1857,
devido às más condições e falta de segurança no local de trabalho, a que eram
submetidas as operárias, bem como aos injustos ordenados, face ao sexo
masculino e à pesada carga horária, um conjunto totalmente redutor da condição
feminina, que vivia numa sociedade que na realidade segregava as mulheres,
baseada em valores religiosos, sociais e culturais totalmente machistas, onde
as mulheres não votavam. Sendo também esta uma das lutas a que se dedicaram os
diversos movimentos feministas espalhados pelo mundo ocidental, mais
precisamente na Europa e América*.
Ao lado temos precisamente a imagem de carroças de bombeiros, para
apagarem o incêndio numa fabrica, que a 8 de março vitimou, mais de uma centena
de mulheres, e crianças. Embora somente em 1975 a ONU adota a data como sendo
oficial para servir de memorial à luta das mulheres pela sua emancipação, e
para a promoção de uma sociedade mais plural, mais justa e para todos, visto
haver ainda muitos países em que ser-se mulher é já por si sinónimo de
segregação, quando ou mesmo a exclusão social se for viúva.
*Entenda-se por América o Continente americano, que vai do Canadá ao Chile, por americanos os naturais desse continente, em contraposição chamo de estadunidenses os cidadãos dos Estados Unidos da América.
Autor: Filipe de Freitas Leal
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Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.