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sábado, 19 de novembro de 2022

Qual é a "Verdadeira" História de Portugal?

O último livro de José Gomes Ferreira, levantou um coro de protestos dos historiadores, por relatar no livro factos que contradizem a historiografia oficial de Portugal, tal como se apresentam nos conteúdos programáticos dos manuais escolares. O jornalista que escreve sobre História, afirma que a história está mesmo muito mal contada, e que esta nova versão é a "Verdadeira História de Portugal".

Quanto à Descoberta do Brasil, sabe-se que terá havido uma descoberta oficial por Pedro Álvares Cabral, após uma navegação secreta para exploração da costa por parte de Duarte Pacheco Pereira. Isto já é falado há muito inclusive no Brasil, não é invenção de Gomes Ferreira.

Aliás, não duvido de que até fosse antes de Colombo, até porque corrobora o facto de o Rei de Portugal não querer financiar a expedição de Cristovão Colombo, porque muito provavelmente já teria tido conhecimento da existência do Novo Mundo. Outra ocorrência é o facto de Portugal ter exigido ao Papa Alexandre VI, a substituição do Tratado de Alcáçovas, por um novo tratado assinado em Tordesilhas, com uma nova e mais vantajosa linha divisória para oeste, onde então já Portugal obteria o direito de posse da terra que veio a ser o Brasil.
A questão aqui é a dificuldade de se ter provas desta teoria, não o argumento em si, ou a probabilidade de ter ocorrido.
Mas de facto, sempre houve, quer por motivos políticos, quer por razões de Estado, uma historiografia mantida como oficial, e mantidas em segredo as ocorrências dos jogos e dos movimentos nos bastidores.
Todavia, não creio que se deve sair por aí a reescrever a história, porque essa é uma nova tendência, com objetivos também políticos e ideológicos
A História é uma ciência e tem que ser preservada da manipulação e instrumentalização dos interesses de grupos terceiros, muito ao gosto dos ditadores e dos manipuladores de opinião.
Quanto ao texto de José Gomes Ferreira, creio que é inócuo, no sentido de não diminuir nem denegrir em nada a verdade Histórica e o engenho dos nossos dirigentes e navegadores.
Por último, creio que esta reportagem no semanário "Visão", acaba por ser uma publicidade às avessas, e José Gomes Ferreira, vai acabar por vender imensos livros.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Quando a História é um Instrumento Ideológico

Quando utilizam a colonização portuguesa e espanhola para justificar o atraso socioeconómico e político em que a América Latina se encontra, está-se a julgar levianamente e a esquecer de que o poder há 500 anos, emanava do Papado instalado nos Estados Pontifícios e do catolicismo como modelo civilizacional, que exerceu, e ainda hoje exerce uma grande influência na cultura dos povos ibero-americanos.

Portugal e Espanha outrora estavam no topo das potências mundiais, chegaram a dividir o Mundo pelo tratado de Tordesilhas, obviamente com a bênção papal.


Os dois países ibéricos, mais tarde decaíram politicamente, quando os países do norte da Europa se rebelaram contra o Vaticano e aderiram à Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero, o que permitiu aos países dito protestantes tornarem-se potencias desenvolvidas.


Todos os países do sul da Europa, fiéis a Roma e que se mantiveram maioritariamente católicos (e por extensão as suas colónias) comprometeram o seu desenvolvimento socioeconómico, cultural e político.


Portanto, a respostas às questões da Histórica, têm de se buscar nas causas menos visíveis, porque não se pode julgar o passado com os olhos e a mentalidade do presente, pois isso será fazer pouco caso da história.


Eu escrevi este post, não para a divergência pura e simples, mas para contribuir para desmistificar mitos que se criaram e propagaram no discurso político sobre a história do Brasil, por vezes intencional, e ainda, para combater frases feitas e julgamentos demasiadamente fáceis.


É fácil demais acusar levianamente o passado anterior a 1822, no que concerne aos problemas do presente, se assim é, a proposta politica de hoje só pode ser a inanição total.


Ou seja, se a culpa dos meus problemas de hoje é a consequência dos erros dos meus avós, o que me restará então fazer? Nada, logo, isto aponta que o problema é na verdade FILOSÓFICO, ou seja, é uma questão de Lógica.


Autor: Filipe de Freitas Leal


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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Curiosidades Históricas da Península Ibérica

Curiosidades históricas da Península Ibérica:
1 - O primeiro a conquistar território e a formar a sua Nação foi Portugal a partir de 1128 e definitivamente consolidada a independência em 1140 com D. Afonso Henriques o primeiro rei de Portugal, a Espanha surge a partir do Século XV, com a unificação dos reinos de Castela e Aragão, ou seja três séculos depois da formação de Portugal.
2 - No fim da II Grande Guerra, da qual aliás Portugal e Espanha não participaram, Portugal constitui-se no entanto como membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte, e logo em 1976 inicia o processo de adesão à CEE, passos que Espanha seguiu e em 1986 entram juntos na Comunidade económica Europeia, tendo a Espanha aderido nessa mesma data à OTAN.
3 - Após um longo período de ditadura em simultâneo nos dois países ibéricos, Portugal liberta-se pela revolução dos cravos em 1974, a Espanha só em 1976 daria os primeiros passos rumo à democracia, embora de forma menos traumática.
4 - Num regime parlamentarista, que só viu em 40 anos surgirem governos com maioria absoluta ou relativa, as eleições em Portugal revelam um novo cenário político em tudo igual às mais desenvolvidas democracias, quem teve mais votos, não conseguiu formar governo. Agora é a vez de Espanha, que nos segue nesse mesmo caminho, o do Parlamentarismo puro e de uma democracia pragmática, construída no diálogo e no respeito de todas as forças políticas como expressão dos eleitores.
No Entanto é a Espanha que está a ser o motor de Portugal, se o país vizinho entra em crise, Portugal ressente-se dessa crise na sua economia pelo desequilíbrio da balança comercial e consequentes desajuste nas finanças públicas pela queda das exportações.
Se a Espanha revigora a sua economia, Portugal vai atrás e ergue-se, por isso, é natural que em ambos os países ocorram fenómenos políticos e sociais idênticos, resta que os portugueses reconheçam isso e se abram as portas de uma maior concertação política e económica entre ambos, com vista ao fortalecimento dos países periféricos da União Europeia. Quiçá um Benelux Ibérico.
A Península Ibérica, a nossa casa, o nosso chão, sua forma faz-nos lembrar Jannus, o deus romano com duas caras, uma que olhava para o passado e outra para o futuro, assim são Portugal e Espanha, os lusitanos com a nostalgia da saudade olham o passado e o que construíram além mar e os espanhóis empenhados em seguir em frente olham para o futuro europeu.
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

História Geral

História é uma palavra que deriva do grego, e significa 'pesquisa', e de facto trata-se de uma pesquisa no passado para que possamos compreender o presente e planear o futuro.
A história tem sido uma ciência aliada dos grandes humanistas, estadistas e estudiosos, na medida em que ao descobrir-se a causa, pode-se compreender o efeito do fenómeno social ao longo do tempo e situado no espaço.

No entanto falar de História não é falar apenas, há todo um complexo método científico, cujas ferramentas documentais, são também ciências afins que nascem da história e que a servem como braço direito, estou a falar da Hermenêutica e da Heurística, que verificam por sua vez a veracidade e o significado dos documentos  a fim de classifica-los e categoriza-los de modo a que possam testemunhar a História.

Da Pré-História à Antiguidade Clássica, desta à Idade Média, assando pelo Renascença, a História vem desaguar por assim dizer, na mais nova fase surgida com no campo político com a Revolução Francesa em 1789 e no campo social com a Revolução Industrial surgida no Reino Unido, ambas as Revoluções, somando-se a Independência dos Estados Unidos e das revoluções liberais que se alastraram pela Europa, mudaram o mundo para sempre.

Hoje em dia, estamos numa terceira vaga, como afirma Alvin Toffler nos seus livros "Choque do futuro" e a "Terceira vaga", vaga essa que já não é a sociedade agrícola, já não é a sociedade industrial, mas sim a Sociedade da Informação, surgida no pós-guerra.

Mas vejamos isto e muito mais nos livros que vos deixo aqui, para lerem ou para baixarem, bons estudos e boas leituras.

Hiperligações:
História Geral - Download - Aqui
História de Portugal - Download - Aqui
História dos Hebreus - Flávio Josefo - Download - Aqui


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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