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domingo, 2 de junho de 2024

O Que está em Jogo nas Eleições Europeias?





Na opinião do Professor Jaime Nogueira Pinto, (historiador e analista político) o que está em jogo é a transformação da União Europeia num país federal. O Federalismo é a vontade expressa de Socialistas, Liberais e Democratas-cristãos que dividem os cargos de topo entre si. Na oposição a esta Aliança Federalista estão os partidos Soberanistas que defendem manter a União Europeia como é, ou seja, apenas uma Associação de Nações Livres.

"O sentido de voto nestas eleições europeias de 9 de Junho deve ter em conta os custos ocultos e manifestos de um federalismo europeu cada vez mais ideológico e invasivo, com agendas de protecção a grupos especiais, reais ou imaginários, e a redução à condição patológica (fóbica) ou deplorável de uma maioria de opositores. A nação independente e soberana continua a ser a comunidade ideal para proteger direitos, liberdades e garantias, colectivos ou individuais. E é importante que a União Europeia não continue a cair na tentação de querer ser mais do que uma comunidade de Nações. O que já não é pouco".

(Jaime Nogueira Pinto).
É o federalismo que está a ser urdido nas nossas costas. E a criação de uma Federação tipo Estados Unidos da Europa, está condenada ao fracasso porque para dar certo é necessário que se destruam as nações.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Eleições Europeias com Discursos Vazios


É com um discurso vazio, que no domingo os europeus vão às urnas para escolher os "eurodeputados", cada país irá eleger um número de deputados consoante a sua dimensão populacional, todavia, os deputados não representam os seus países, senão que os representam integrados dentro de forças políticas exclusivamente europeias, e é neste sentido que se nota a incongruência de um discurso eleitoral desfocado dos problemas europeus, ou por outras palavras, os candidatos por partidos nacionais, focam o seu discurso nas problemáticas locais e nacionais, e fogem da "realpolitik" que deverá focar a política externa europeia, as politicas económicas comuns e os destinos da Europa como um bloco unido, sobretudo com a possível saída do Reino Unido, e a Ascenção galopante de China.
Exceptuando-se o Reino Unido (sobretudo com o Brexit Party), que irá tratar desta eleição europeia como um segundo refendo ao Brexit, na grande maioria dos países europeus, esta-se a discutir o cenário político interno, sobretudo como é o caso de Portugal que irá ter eleições legislativas em outubro, e cuja oposição tenta fazer desta eleição uma sondagem eleitoral.
No entanto é necessário tentarmos compreender, se este cenário é do interesse do poder estabelecido em Bruxelas, ou pelo contrário é ainda, a tentativa (falhada) dos Estados semi-soberanos, passarem uma imagem de total independência face à União Europeia, quando se sabe de ante-mão, que cada vez mais os Estados Membros, são cada vez mais, independentes, politica e economicamente da Confederação em que se uniram.
Somando-se a esta situação, verifica-se que na eleição para o Parlamento Europeu, (segundo sondagens realizadas em vários órgãos de comunicação social) que a grande maioria dos eleitores europeus, não sabe extamente para que serve o Parlamento Europeu e nem o que realmente faz o deputado desse órgão. Trata-se de um organismo que não é legislativo, mas meramente consultivo, e no qual os partidos nacionais desaparecem, formando grupos parlamentares exclusivamente europeus, como o PPE - Partido Popular Europeu de Direita, ou o PSE - Partido Socialista Europeu de Centro-Esquerda, devido a isto, é de salientar, que a Eleição para o Parlamento Europeu deveria ser feita principalmente com partidos europeus, associados a partidos nacionais, e não feita por partidos nacionais que não fazem chegar aos seus eleitores o real projeto que irão defender dentro do partido europeu a que estão associados. Assim soma e segue a Europa a caminho de uma Federação, deixando alheados do processo os eleitores europeus das várias nações que compõe a Federação.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Antissemitismo - Um Problema de Todos Nós.

A crescente onda de Antissemitismo, que ressurge no solo europeu, não deve ser encarada como um problema apenas dos judeus. É antes de tudo um problema nosso, de todos, de cada um de nós, enquanto cidadãos e pessoas humanas que somos, cabe a todos defender o património comum dos Direitos Humanos, unidos e de uma forma coesa, a uma só voz, mesmo dentro de todo o pluralismo que naturalmente há e deve haver, mas não fragmentados por categorias. Todos somos um.

Enquanto inebriados pelas vitórias futebolísticas, pela febre do consumo possível e pelos espetáculos televisivos, a Europa corre perigo de guerra na Ucrânia, a xenofobia, o racismo e o antissemitismo ganham terreno de uma forma veloz e cada vez mais agressiva, para não dizer avassaladora, judeus tem sido atacados e mortos, à luz do dia em pleno coração da civilizada Europa, que neste domingo deu a vitória à Extrema Direita em França, na Dinamarca e noutros países com votação expressiva como a Holanda a Alemanha e a Grécia.

Como disse acima há o crescente perigo de voltarmos a ver no solo europeu, uma guerra fratricida, mais exatamente na Ucrânia, a tensão aumenta, e meras manifestações atingem as dezenas de mortos, mas mesmo que de uma só vitima se tratasse já seria preocupante o bastante, e na Europa comunitária as pessoas não se apercebem que estão a ser manipuladas em direção a uma catástrofe, o objetivo fundamental de tudo isto é o enfraquecimento político e económico de Toda a Europa em primeiro lugar e da Democracia como regime, em prol de interesses políticos e económicos, que se jogam no xadrez da Geopolítica da guerra e de grandes interesses económicos que os sustêm, enquanto isso, os judeus, os imigrantes, as minorias, os pobres e toda a sorte de excluidos voltam a ser o bode expiatório que é alimentado pela massa ignorante e sedenta de expetáculo.

Estejamos atentos, e que ninguém nos diga por onde ir, se não for deveras o caminho que devemos humanamente seguir, em direção a um porto seguro em que os seres humanos estejam todos em primeiro lugar nas agendas politica, social e económica, que as preocupações sejam antes a da inclusão e do Humanismo na promoção do  bem-estar social, de modo equilibrado pela balança da justilça social, mas isto depende do nosso querer e da capacidade que teremos ou não de estar conscientes e atentos aos rumos políticos que nos propõem.

Por Filipe de Freitas Leal


Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.





Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

 
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