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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Inflação - Crise Continuará em 2023?

É claro que 2023 será um ano difícil, o índice dos preços ao consumidor irá continuar a subir, até porque a inflação em Portugal já havia se iniciado antes desta crise inflacionária ou da crise energética que se instalou com a guerra na Ucrânia.

Falo do aumento do preço da habitação, pelo aumento exponencial da procura, e por outro lado, falo da desvalorização dos salários, que verifica-se também pelo aumento da oferta de mão de obra. Fatores influenciados pelo aumento da imigração, que elevou a dimensão da população activa em Portugal, e afastou a possibilidade de pleno emprego.
Estes dois indicativos, já antes de 2022, davam sinais claros do agravamento das condições de vida das classes assalariadas, mas agravam-se também pela falta de políticas de Imigração sólidas e sustentáveis.
Quanto à habitação, não se verifica apenas o aumento dos preços, mas também a gravidade da escassez que se sente de habitações para arrendamento e a inexistência de políticas públicas de Habilitação.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Desemprego # 2 - Subsídio Desemprego não chega a todos os desempregados.

Em Fevereiro de 1975 era criado em Portugal o SD Subsidio Desemprego. No entanto hoje, numa época tão difícil em que os desempregados atingem os 20% da população ativa, metade deles não usufrui de qualquer apoio no desemprego.
Um retrocesso não só na economia, mas também nos direitos dos cidadãos que trabalharam e contribuíram anos a fio.

A Situação dos desempregados tem vindo a agravar-se, pois os valores de referencia para a botenção não são iguais ao que eram há uns anos atrás, e devido a políticas ativas de emprego, recebe-se cada vez menos, e passados 180 dias, de se estar desempregado, são retirados 10%, já sem falar que o subsidio de desemprego pouco mais é do que 2/3 do que o trabalhador auferia no seu ordenado liquido. 

ISSP - Guia Prático - Subsídio de Desemprego
Pordata - Beneficiários do Subsído de Desemprego da Segurança Social
INE - A taxa de desemprego estimada para o 1º trimestre de 2014
Observador - Há 311 mil desempregados sem apoios do Estado

Este artigo respeita as normas do Novo Acordo Ortográfico

Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

domingo, 1 de junho de 2014

Desemprego # 1 - Tipologias

Entende-se por desemprego, fundamentalmente a parte da população ativa de um país que não está a trabalhar, quer por conta própria (pequeno, médio ou microempresário) quer por conta de outrem (contrato com terceiros), que está disponível para trabalhar e que está à procura de trabalho. Em ralação à população ativa, pode dizer-se que corresponde à parcela da população que encontra-se entre os 16 e os 66 anos de idade, que são o primeiro ano em que se pode iniciar a atividade laboral, e o segundo que é a idade para se obter a reforma (aposentadoria).

A situação de desemprego está diretamente ligada ao mercado de trabalho, que o mesmo será dizer que neste mercado quem procura trabalho são as empresas, e quem oferece trabalho são os trabalhadores.

A diferença entre os termo trabalho e emprego, pode ser compreendida de modo simples pelo facto de trabalho ser a realização de qualquer tarefa, seja ela paga ou não, contratada ou não, enquanto emprego, é a situação especifica de um trabalhador vender (empregar) a sua força de trabalho,  bem como a disponibilidade do seu tempo e do seu saber, em troca de uma remuneração, acordada em contrato.

O desemprego está também ligado aos ciclos económicos, que variam de acordo com o crescimento da economia mundial, nacional e local, que geram oscilações da procura e da oferta, em tempos de crise, a procura diminui e com isso gera-se a queda das procuras, e consequentemente da produtividade e do emprego.

Há fundamentalmente três tipos diferentes de tipologias de desemprego, a saber
1.º - desemprego estrutural, É o tipo de desemprego que está diretamente relacionado com a oscilação da oferta e da procura no mercado de trabalho, ocorre quando as características da oferta de trabalho por parte dos indivíduos não corresponde as características pretendidas da procura de trabalho pelas empresas, ou seja, as qualificações dos trabalhadores a oferecer a força de trabalho não corresponde às necessidades do mercado, daí não se complementarem, e o desemprego permanece, podendo haver o mesmo numero de desempregados e o mesmo numero de vagas, mas que não conseguem ser preenchidas por falta de qualificações adequadas às mesmas, daí haver indivíduos que optem por procurar formação e emprego noutras áreas.
2.º - desemprego conjuntural está relacionado com a conjuntura económica de um dado país, portanto muito diretamente é afetada pelas oscilações do PIB, que segundo a teoria denominada de 'Lei de Okum', a cada quebra de 2% do PIB a taxa de desemprego aumenta 1%, é portanto um tipo de desemprego onde a procura de trabalho por parte das empresas é muito reduzida, gerando também uma quebra no nível salarial, ou podemos dizer que é uma situação de desemprego cíclica, pois é diretamente influenciada pelos ciclos económicos de receção e expansão da economia.
3.º - desemprego friccional, resulta da movimentação da mão-de-obra, de uma empresa para outra, sendo este tipo de desemprego, considerado o mais natural, pois existe sempre independentemente dos ciclos económicos, e sobretudo hoje em dia, na aldeia global, a procura de emprego é cada vez mais feita além-fronteiras.

Para além destes três tipos de desemprego, há que ainda que ter a noção das diferentes formas de emprego que são os seguintes e a sua relação social (Castel, 1995):
a-) Emprego estável - é o emprego que contribui para socialização dos indivíduos pelo trabalho
b-) Emprego precário -  É a situação de trabalho que devido à fragilidade do mesmo, coloca o trabalhador numa zona de vulnerabilidade social.
c-) Perda de emprego - É a situação que acarreta uma rutura progressiva dos laços sociais do individuo, também denominado de desfiliação.

Por Filipe de Freitas Leal


Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.





Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

 
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