Há uma questão muito controversa hoje, que é a discussão que se tem feito sobre a pronúncia correta da letra G, em Portugal, passou a dizer-se Guê, e tal facto trata-se de um neologismo recente, que vem desde os anos 70 do século XX, por outro lado, no Brasil pronuncia-se a 7ª letra do nosso alfabeto, exatamente da mesma maneira, desde 1500, quando do descobrimento por Pedro Alvares Cabral; Por terras lusitanas, uns afirmam que o nome dessa sétima letra é gê outros preferem rebatiza-la de guê, (vai-se lá saber por que cargas de água). No entanto, a maioria dos portugueses hoje pronuncia assim, e argumentam, dizendo que a razão de tal pronúncia, deve-se ao facto de evitar a confusão com a 10ª letra do alfabeto o J - jota.
Na realidade, há uma confusão entre o nome de uma letra e o seu valor fonético, por assim dizer, ou seja cada letra, tem acima de tudo um nome, independentemente do som que produza no fonema que forma uma palavra, seja no seu inicio, no meio da palavra ou no fim da mesma, como tal temos a letra M - éme, cujo seu som é ma, me, mi, mo e mu, mas também produz os fonemas am, em, im, om e um. e é de notar que o am no final de uma palavra tem um som semelhante ao de "ão" onde o éme (M) nem é percetível foneticamente e isso não é razão para confundir ou mudar o nome da respetiva letra.
Ora a letra G, tem um nome (Gê), e produz dois sons diferentes, pois é uma letra cujo som pode ser nuns casos palatal, noutros gutural; o facto de nós dizermos: gato, gente, guerra, gíria, gerir ou gula, significa que se trata de diferentes funções fonéticas, que a respetiva letra tem na formação das palavras. Por outro lado , na escola primária ensinam hoje em Portugal, às crianças um modo alternativo de alfabetização para aprender as letras, alterando o nome das mesmas, denominando o C, como Quê de Casa, o S como Cê de sapo, ou ainda o Mê, o Nê, o Rê, e pior, o Jê de Janela em vez de Jota.
Ora esta pedagogia distorcida, prejudica logo à partida a compreensão das crianças, que confundem o nome da letra com o seu som vocálico.
É aliás normal, em vários idiomas, que as letras tenham sons diferentes aos dos seus nomes, é o caso do U em inglês, que pode ter o som de A, como em Sumatra, pronuncia-se Samatra (aliás antiga colónia portuguesa, que os ingleses ao ocupa-la, trocaram o A pelo U, precisamente para pronunciar corretamente o nome que os portugueses haviam colocado à sua antiga possessão).
Para responder a esta questão, já abordada em livro pelo Professor Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário de 1967, registou: "gê, s. m., n. da letra g (G). Pl. gês." a Professora e Filóloga Edite Estrela, autora de livros didáticos de língua portuguesa, afirma que a pronúncia gê é a correta e é a única que se deve usar, pois o uso incorreto deve-se a uma má política pedagógica.