A Europa
precisa de um novo paradigma para salvar a União
Após o resultado da esquerda radical nas eleições gregas, os políticos
europeus viraram as atenções, para a negociação que se desenvolverá doravante
com o novo governo grego, disposto a corrigir o rumo político e económico, e resolver
a crise social e humanitária que se abateu sobre o seu país, pela política de
austeridade económica, imposta pela troika, que no fundo salvou apeans os
bancos mas manteve a Grécia em permanente situação de insustentabilidade, ao
não permitir uma retoma económica sustentável.
As negociações começaram, com
os périplos de Tsipras e Varoufakis às capitais das potencias
europeias, pelo que as tensões fizeram-se sentir durante as conversações,
no entanto os mercados reagiram bem à vitória do Syriza, e saudaram como
positivas as reformas de Tsipras na redução de benefícios aos políticos.
Uma pedra no
sapato das negociações chamada "Portugal"
O que o Presidente da República e o
Primeiro Ministro de Portugal estão a fazer à Grécia, não o poderão fazer em
nome do povo português, visto que os portugueses estão em total solidariedade
com o povo grego, e acreditam que como a Irlanda, Portugal deveria aproveitar a
boleia grega para a renegociação
da dividia e da sustentabilidade da economia,
permitindo que para se pagar a divida, deve-se ter em primeiro lugar uma
economia de crescimento e justiça social.
Não se compreende de todo, porque é que os
governantes portugueses tomaram uma atitude de arrogância e hostilidade com um
país em apuros, sobretudo quando não estão mandatados para o fazer e em que
Portugal nada tem a ganhar com isso.
"A Grécia não pode fazer o que lhe
apetece" afirmou Cavaco Silva, com uma atitude que demonstra falta de
inteligência política, falta de respeito, sendo uma atitude deplorável, vergonhosa
e incompreensível, levando a política externa portuguesa ao mais baixo
nível de sempre.
Quando Portugal precisou de apoio da UE, a
Finlândia opôs-se, e é ai que temos de nos colocar no lugar dos gregos, hoje é
a Grécia, amanhã seremos nós de novo.