Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Solidariedade é a essencia da Justiça Social
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
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Sociologia para o Mundo Atual
A sociologia é numa ciência que tenta compreender as causas dos males sociais, e visa dar as respostas adequadas, para a implementação de políticas pública, tendo por isso, um compromisso com o mundo moderno..
sexta-feira, dezembro 15, 2017
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Movimento de esquerda, comummente denominado de o Novo Humanismo, é uma filosofia que pretende promover a transformação social, pela atuação em diversas áreas, na busca de um mundo mais humanizado, solidário, sustentável e com maior justiça social.
Mario Rodriguez Cobos, O Silo
O movimento foi criado em 1969 pelo pensador, psicólogo e escritor argentino Mário Rodriguez Cobos, também denominado de Silo ou El Negro, pela sua tez morena. Teve como momento marcante da fundação o discurso memorável de Silo intitulado “A Cura do Sofrimento”, pronunciado no sopé dos Andes, em Punta de Vacas, na Província de Mendonza, visto que o comício fora proibido em Buenos Aires pelas autoridades argentinas de então.
A ideologia do humanismo preconiza a centralidade da pessoa humana em todas as áreas de intervenção, tanto nos aspetos económico, social e político como cultural e religioso, ou por outras palavras, estas seriam as áreas que servem meramente de instrumentos a serviço do bem comum em geral e de cada Ser Humano em particular.
O humanismo luta ainda por um mundo que se reja pela equidade no que tange à justiça social, e pela igualdade no que toca ao acesso aos direitos e oportunidades, sem distinções quer de idade, sexo ou género, cor, etnia ou credo; outra das lutas que o humanismo trava é a defesa da pluralidade de cada pessoa, de cada comunidade e de cada povo, como elementos inalienáveis na construção das várias culturas humanas e nos diversos modos de crer, sentir e pensar.
O movimento humanista está organizado em cinco diferentes estruturas, cada uma com uma finalidade e modo de atuação próprio, embora os fins sejam os mesmos que acima referimos em relação à filosofia e objetivos, neste sentido existem os seguintes organismos:
CDH – Comunidade para o Desenvolvimento Humano, visa a melhoria da sociedade, através da transformação de cada pessoa pela cidadania ativa.
CDC – Convergência de Culturas, promove o intercâmbio entre diferentes culturas e povos;
PH – Partido Humanista, organismo que visa a intervenção política para a transformação social;
MSGV – Mundo Sem Guerras e Sem Violência, organismo do movimento pacifista, contra o armamentismo.
CMEH – Centro Mundial de Estudos Humanistas, instituto do movimento que realiza estudos com a finalidade de obter a sustentação teórico-filosófica dos ideais humanistas.
Filipe de Freitas Lealnasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
quinta-feira, novembro 12, 2015
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
1 - Durante a ditadura militar argentina, tinha sido proibida a realização de
todo e qualquer ato público nas cidades. Por conseguinte, escolheu-se uma
paragem isolada, conhecida como Punta de Vacas, perto da fronteira entre o
Chile e a Argentina. Desde muito cedo as autoridades controlaram as rotas de
acesso. Distinguiam-se ninhos de metralhadoras, veículos militares e homens
armados. Para aceder ao local era necessário exibir documentação e dados
pessoais, o que criou alguns conflitos com a Imprensa internacional. Num
magnífico cenário de montes nevados, Silo começou a sua alocução perante um
auditório de duzentas pessoas. O dia era frio e soalheiro. Por volta das 12h.
tudo tinha acabado.
2 - Esta é a primeira intervenção pública de
Silo. Com uma envolvente mais ou menos poética, explica-se que o conhecimento
mais importante para a vida(“a
real sabedoria”) não coincide com o conhecimento de livros, de leis universais,
etc., mas sim que é uma questão de experiência pessoal, íntima.O conhecimento mais importante para a
vida está referido à compreensão do sofrimento e à sua superação.
Em seguida, expõe-se uma tese muito simples,
em várias partes: 1. Começa-se por distinguir entre a dor física e os seus
derivados, sustentando que podem retroceder graças ao avanço da ciência e da
justiça, à diferença do sofrimento mental que não pode ser eliminado por elas;
2. Sofre-se por três vias: a da percepção, a da recordação e a da imaginação;
3. O sofrimento denuncia um estado de violência; 4. A violência tem como raiz o
desejo; 5. O desejo tem diferentes graus e formas. Atendendo a isto (“pela
meditação interna), pode-se progredir. Assim: 6. O desejo (“quanto mais
grosseiros são os desejos”) motiva a violência, que não fica no interior das
pessoas, antes contamina o meio de relação; 7. Observam-se diferentes formas de
violência e não somente a primária, que é a violência física; 8. É necessário
contar com uma conduta simples que oriente a vida (“cumpre com mandamentos
simples”): aprender a levar a paz, a alegria e sobretudo a esperança.
Conclusão: a ciência e a justiça são
necessárias para vencer a dor na espécie humana. A superação dos desejos
primitivos é imprescindível para vencer o sofrimento mental. Se vieste escutar
um homem de quem se supõe que transmite a sabedoria, enganaste-te no caminho,
porque a real sabedoria não se transmite por meio de livros nem de arengas; a
real sabedoria está no fundo da tua consciência como o amor verdadeiro está no
fundo do teu coração.
Se
vieste empurrado pelos caluniadores e os hipócritas para escutar este homem, a
fim de que o que escutas te sirva depois como argumento contra ele,
enganaste-te no caminho, porque este homem não está aqui para te pedir nada,
nem para te usar, porque não precisa de ti.
Escutas um homem desconhecedor das leis que regem o Universo, desconhecedor
das leis da História, ignorante das relações que regem os povos.
Este homem dirige-se à tua consciência a muita distância das cidades e das
suas ambições enfermas. Lá nas cidades, onde cada dia é um afã truncado pela
morte, onde ao amor sucede o ódio, onde ao perdão sucede a vingança; lá nas
cidades dos homens ricos e pobres; lá nos imensos campos dos homens, pousou um
manto de sofrimento e de tristeza.
Sofres quando a dor morde o teu corpo. Sofres quando a fome se apodera do
teu corpo. Mas não sofres só pela dor imediata do teu corpo, pela fome do teu
corpo. Sofres também pelas consequências das enfermidades do teu corpo.
Deves distinguir dois tipos de sofrimento. Há um sofrimento que se produz
em ti mercê da doença (e esse sofrimento pode retroceder graças ao avanço da
ciência, assim como a fome pode retroceder, mas graças ao império da justiça). Há
outro tipo de sofrimento que não depende da doença do teu corpo, mas que deriva
dela: se estás impedido, se não podes ver, ou se não ouves, sofres; mas ainda
que este sofrimento derive do corpo, ou das doenças do teu corpo, tal
sofrimento é da tua mente.
Há um tipo de sofrimento que não pode retroceder face ao avanço da ciência
nem face ao avanço da justiça. Esse tipo de sofrimento, que é estritamente da
tua mente, retrocede face à fé, face à alegria de viver, face ao amor. Deves
saber que este sofrimento está sempre baseado na violência que há na tua própria
consciência. Sofres porque temes perder o que tens, ou pelo que já perdeste, ou
pelo que desesperas alcançar. Sofres porque não tens, ou porque sentes temor em
geral... Eis os grandes inimigos do homem: o temor à doença, o temor à pobreza,
o temor à morte, o temor à solidão. Todos estes são sofrimentos próprios da tua
mente; todos eles denunciam a violência interna, a violência que há na tua
mente. Repara que essa violência deriva sempre do desejo.Quanto
mais violento é um homem, mais grosseiros são os seus desejos.
Gostaria de te propor uma história que aconteceu há muito tempo.
Existiu um viajante que teve que fazer uma longa travessia. Então, atou o
seu animal a uma carroça e empreendeu uma longa marcha rumo a um longínquo
destino e com um limite fixo de tempo. Ao animal chamou-lhe Necessidade, à
carroça Desejo, a uma roda chamou-lhe Prazer e à outra.
Dor. Assim então, o viajante levava a sua carroça para a direita e para a
esquerda, mas sempre rumo ao seu destino. Quanto mais velozmente andava a carroça,
mais rapidamente se moviam as rodas do Prazer e da Dor, ligadas como estavam
pelo mesmo eixo e transportando como estavam a carroça do Desejo. Como a viagem
era muito longa, o nosso viajante aborrecia-se. Decidiu então decorá-la,
ornamentá-la com muitas belezas, e assim foi fazendo. Porém, quanto mais
embelezou a carroça do Desejo mais pesado se tornou para a Necessidade. De tal
maneira que nas curvas e nas encostas empinadas, o pobre animal desfalecia, não
podendo arrastar a carroça do Desejo. Nos caminhos arenosos as rodas do Prazer
e do Sofrimento enterravam-se no solo. Assim, desesperou um dia o viajante
porque era muito longo o caminho e estava muito longe do seu destino. Decidiu
meditar sobre o problema nessa noite e, ao fazê-lo, escutou o relincho do seu
velho amigo. Compreendendo a mensagem, na manhã seguinte desbaratou a
ornamentação da carroça, aliviou-a dos seus pesos e muito cedo levou o seu
animal a trote, avançando rumo ao seu destino. No entanto, tinha perdido um
tempo que já era irrecuperável. Na noite seguinte, voltou a meditar e
compreendeu, por um novo aviso do seu amigo, que tinha agora de acometer uma
tarefa duplamente difícil porque significava o seu desprendimento. Muito de
madrugada, sacrificou a carroça do Desejo. É certo que ao fazê-lo perdeu a roda
do Prazer, mas com ela também a roda do Sofrimento. Montou o animal da
Necessidade e, em cima do seu lombo, meteu-se a galope pelas verdes pradarias
até chegar ao seu destino.
Repara como o desejo te pode encurralar. Há desejos de diferente qualidade.
Há desejos mais grosseiros e há desejos mais elevados. Eleva o desejo, supera o
desejo, purifica o desejo, que haverás certamente de sacrificar com isso a roda
do prazer, mas também a roda do sofrimento.
A violência no homem, movida pelos desejos, não fica só como doença na sua
consciência, antes actua no mundo dos outros homens, exercitando-se com o resto
das pessoas. Não creias que falo de violência referindo-me apenas ao facto armado
da guerra, em que uns homens destroçam outros homens. Essa é uma forma de
violência física. Há uma violência económica: a violência económica é aquela
que te faz explorar outro; a violência económica dá-se quando roubas outro,
quando já não és irmão do outro, mas sim ave de rapina para o teu irmão. Há,
além disso, uma violência racial: achas que não exercitas a violência quando
persegues outro que é de uma raça diferente da tua, achas que não exerces
violência quando o difamas por ser de uma raça diferente da tua? Há uma
violência religiosa: achas que não exercitas a violência quando não dás
trabalho, ou fechas as portas, ou despedes alguém, por não ser da tua mesma
religião? Achas que não é violência cercar aquele que não comunga os teus
princípios por meio da difamação; cercá-lo na sua família, cercá-lo entre a sua
gente querida, porque não comunga a tua religião? Há outras formas de violência
que são as impostas pela moral filisteia.Tu queres impor a tua forma de vida a
outro, tu deves impor a tua vocação a outro... mas quem te disse que
és um exemplo que se deve seguir?Quem
te disse que podes impor uma forma de vida porque a ti te apraz? Onde
está o molde e onde está o tipo para que tu o imponhas?... Eis outra forma de
violência. Só podes acabar com a violência em ti e nos outros e no mundo que te
rodeia pela fé interior e pela meditação interior. Não há falsas portas para
acabar com a violência. Este mundo está prestes a explodir e não há forma de
acabar com a violência! Não procures falsas portas! Não há política que possa
solucionar este afã de violência enlouquecido.Não há
partido nem movimento no planeta que possa acabar com a violência no mundo...
Dizem-me que os jovens em diferente latitudes estão a procurar falsas portas
para sair da violência e do sofrimento interior. Procuram a droga como solução.
Não procures falsas portas para acabar com a violência.
Irmão meu: cumpre com mandamentos simples, como são simples estas pedras e
esta neve e este sol que nos bendiz. Leva a paz em ti e leva-a aos outros. Irmão
meu: além, na História, está o ser humano mostrando o rosto do sofrimento, olha
esse rosto do sofrimento... mas recorda que é necessário seguir adiante e que é
necessário aprender a rir e que é necessário aprender a amar.
A ti, irmão meu, lanço esta esperança, esta esperança de alegria, esta
esperança de amor, para que eleves o teu coração e eleves o teu espírito, e
para que não te esqueças de elevar o teu corpo.
A cura do sofrimento(Punta de Vacas, Argentina. 04/05/69)
Mario Luiz Rodriguez Cobos
(Silo) - Pensador, Escritor
e Político, nascido em 1964 na cidade de Mendonça (Argentina),no seio de uma
família da classe média, de ascendência espanhola, é conhecido pelo
apelido de Silo, Formado em Ciência Política, é o fundador do Movimento Humanista
Internacional e do PH Partido Humanista, também deixou uma vasta obra literária
e filosófica.
Sobre o autor do Blog
Filipe de Freitas Lealnasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
sexta-feira, dezembro 26, 2014
Filipe de Freitas Leal
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A "Sabedoria está no fundo da tua consciência, tal como o amor, está no fundo do teu coração". É uma frase de Mário Rodriguez Cobos, chamado de "Silo" e que é o fundador do Novo Humanismo, movimento que defende três pilares básicos da civilização humana, 1.º o Ser Humano como elemento central, 2.º a NVA Não Violência Ativa, e 3.º a Não Discriminação, o movimento surge na Argentina, terra natal de Silo, nascido na Província de Mendonza, e é lá que surge o movimento, em 1969 com o Discurso de " O Fim do Sofrimento". Por Filipe de Freitas Leal
Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, É Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico, teológico e poético.
sexta-feira, dezembro 19, 2014
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
A
Verdadeira PAZ não tem preço e não é conivente com atos Terroristas, por mais
que tenham como pano de fundo a libertação de um povo, derramam sempre sangue
inocente. O Humanismo
preconiza a libertação dos Povos pela NVA Não Violência Ativa, tal como a praticou Mahatma Ghandi, levando a Índia à
Independência, ou Martin Luther King com a emancipação negra nos EUA, tal como
a ensinou e praticouSilo. no ideal humanista os meios não justificam os fins.
Neste sentido considerar grupos armados não
Terroristas como foi o caso do Hammas por parte da União Europeia é um atentado
à própria PAZ, porque ao dizermos que não são terroristas esta-se a legitimar
todo e qualquer ato violento que visa o derramamento de sangue de inocentes para atacar a classe
política de um país, quer seja pelo lançamento de rockets, quer seja pelo
atropelamento intencional de transeuntes, ou por homens-bomba. O facto
de a União Europeia ter retirado o Hammas da lista de grupos terrorista é
contraditório com os Direitos Humanos e é uma carta branca aos movimentos
terroristas em solo europeu é o mesmo que legitimar o HAMMAS e os seus métodos; E é sobretudo dar carta branca a todos os
movimentos de libertação na Europa que façam exatamente o mesmo, porque a
bandeira de fundo será a mesma.
Filipe de Freitas Lealnasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas filosóficos e poesia.
Blog de cariz humanista, com artigos sobre serviço social, solidariedade, filosofia, política, cultura, artes, trabalhos académicos.
O Logotipo do Blog, representa o movimento e a centralidade que Humanidade deve ter nas questões sociais.