O regresso às aulas, no novo ano letivo que
agora se inicia em toda a Europa, mas particularmente em Portugal continental e
ilhas, é marcado por um período de crise financeira, de contestação e de muitas
incertezas por parte de docentes.
E as incertezas, prendem-se ao facto de não
se saber que verbas estão destinadas ao setor da educação básica e secundária,
certo é que o número de professores este ano é menor, tendo menos 9600
professores que há dois anos atrás, e simultaneamente uma quebra de 120 mil alunos
no mesmo período, segundo fontes do MEC Ministério da Educação e Ciência,
na voz do Ministro Nuno Crato.
Em contra partida, o novo estatuto do aluno,
no qual passam a haver regras mais rígidas, reforça assim, a autoridade e
o poder dos professores dentro das escolas, mas é aliás uma medida que não é
considerada suficientemente e satisfatória, para os milhares que se sentem
pressionados pela incerteza do desemprego.
Este regresso às aulas, é também uma
incerteza para os pais, devido ao elevado custo de vida, à situação de recessão
e de crise financeira que afeta os países da zona Euro, no qual Portugal é um dos
mais frágeis e cujas medidas de austeridade têm vindo a travar o crescimento e
aumentar o desemprego, e isso reflete-se no nível de educação que é ministrado
no país aos alunos dos diferentes ciclos de ensino, que é considerado um dos
mais baixos índices da Europa comunitária, no que toca ao acesso ao
Ensino, causando o insucesso escolar, a muitas crianças de famílias de
baixos rendimentos, devido ao agravamento dos problemas económicos e
estruturais em que as famílias se encontram, assim esse alunos
poderão vir a ficar pelo caminho, através de um abandono escolar prematuro.
Das medidas tomadas pelo Ministério, é de
salientar que há uma maior concentração no ensino de umas disciplinas face a
outras, tais como Geografia, História, Português e Inglês, e em
relação aos livros das disciplinas sempre houve a critica dos pais no que toca
aos preços, e a opção que tem vindo a ser muito utilizada em tempos de
austeridade é a troca de livros usados, que até são vendidos
na Internet a preços muito acessíveis, consegue-se poupar
muito dinheiro.
Ao embalo da crise e da contestação,
muitos alunos pioram o seu desempenho nos estudos, devido a estarem preocupados
com a situação dos seus pais, pois tem aumentado muito o número de crianças em
que um dos pais, ou mesmos ambos, encontram-se desempregados, fazendo com isso
que se um mau desempenho nos estudos.
Há no entanto crianças que não gostam de
estudar, ou que não gostam de estudar quando são a isso obrigadas, estudando
apenas e só quando lhes apetece, e para ilustrar isso, transcrevo para este
artigo, um texto que a minha filha Beatriz (que aliás adora estudar) encontrou
e me entregou para ser aqui postado, todavia a autoria do texto abaixo é
desconhecida, mas muito divulgada na internet.
"Os Motivos porque não estudo"
Um ano tem 365 dias para podermos estudar,
Depois de tirarmos 52
domingos, só restam 313 dias.
No verão há 50 dias em que faz calor, demasiado calor para
podermos estudar.
Assim restam 263 dias,
Dormimos 8 horas por dia, por anos, isso são 122 dias.
Agora temos 141 dias do ano,
Se nos derem uma hora para fazermos o que quiséssemos,
15 dias do ano desaparecem.
Assim restam-no 126 dias.
Gastamos 2 horas por dia para comer, isso equivale a 30 dias,
E sobram-no apenas 96 dias no nosso ano.
Exames e testes ocupam no mínimo 35
dias do ano.
Portanto só nos resta 61 dias.
Tirando aproximadamente 55 dias de férias escolares e feriados,
Ficamos com apenas 6 dias.
Pelos menos saímos 5
dias, em que vamos a festas, passeios, etc.
Só resta 1 dia.
Porém esse único dia é o dia do meu aniversário.
Ou seja, não tenho tempo pra estudar!
(autor desconhecido)
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Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.