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domingo, 3 de novembro de 2024

A Influência Externa nas Eleições Americanas

A corrida à Casa Branca está renhida, mas a influencia de potências estrangeiras, como a Rússia, a China ou o Irão, a acontecer como a influência russa nas eleições de 2016, será meramente da contra informação, da desinformação nas redes sociais, pode ter algum impacto, mas não creio que tenha uma influencia decisiva no eleitorado, e como tal, não chegará para alterar o resultado final das eleições americanas de Terça-feira dia 5 de novembro. Porquê? Porque há outros fatores internos, como a situação económica, a inflação, gastos com despesas militares, segurança, entre outros fatores fraturantes como a imigração ilegal ou o aborto, que terão certamente uma maior influência no resultado final de uma parte do eleitorado.

O que importa não é ver o número de votantes nas intenções de voto, pois as eleições são indiretas, os eleitores elegem delegados e não o candidato em si, além disso, as sondagens são feitas por uma amostra que é uma pequena parcela e revela apenas uma a tendência, que contém em si mesma uma margem de erro que ronda entre os 2,5% ou 3,5% de erro.

Para além da sondagem por amostragem está uma maioria silenciosa que irá definir no voto o que Trump ou Kamala querem, que é conquistar os Estados decisivos, e porque? Porque o candidato mais votado conquista todos os delegados desse estado ao colégio eleitoral, e ao conquistar o maior número de Estados decisivos e é isso que lhe dará a vitória. Basta conseguir 270 delegados e será eleito o candidato com maior representação de delegados e não necessariamente o mais votado. Poderá acontecer o candidato mais votado não conseguir os 270 delegados e nesse sentido não será eleito.

O perigo da influência estrangeira é também em certa medida a conjuntura politica internacional que pode decidir mudar o sentido de voto, a Guerra na Ucrânia, as contendas com a China, e além disso a influência destes através de fake news nas redes sociais, a questões identitárias do wokismo e a guerra em Gaza terão sem dúvida uma grande repercussão no eleitorado mais jovem.

Autor Filipe de Freitas Leal 

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Porquê Putin admira Stálin e não Lénin?

Putin, o Senhor da Rússia, detesta Vladimir Lénine, mas admira imenso Josef Stalin.
A razão é simples, Lénine era um marxista convicto, um comunista-ortodoxo, que fundou os sovietes e criou as cooperativas agrícolas (Kolkozes), modelo que aliás foi uilizado pelos judeus para criarem os Kibutz em Israel.

Stalin pelo contrário, era um homem desprezível e em tudo semelhante a Hitler, era na prática um fascista vermelho, tendo instaurado uma ditadura com culto da Personalidade (que é contrário aos princípios comunistas), criou os campos de concentração (Gulags) e cimentou um regime autocrático, torcionário que deportou uns e matou outros aos milhões. Está agora explicada a diferença entre Lenin e Stálin, e o porquê de Putin gostar de Stalin, que é o facto de identificar-se com o modo despótico com que Stálin conduziu os destinos da URSS, ou seja, com mão de ferro e tirania.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 5 de junho de 2022

Quando o Poder torna-se Perigoso











Ver toda estes os acontecimentos recentes, tanto as atrocidades sobre a Guerra na Ucrânia, como os suicídios de vários oligarcas e das suas famílias, passa-nos a sensação que passa para fora, é que o Poder instalado no Kremlin, assemelha-se a uma gangue de mafiosos que tomaram o poder afastando Boris Yeltsin, e que desenvolveram uma promiscuidade amoral e antiética com os oligarcas russos, assemelha-se em tudo a um filme de terror, quem sabe, talvez até com pactos de sangue à mistura. Não que eu morra de amores por Biden, ou os lideres ocidentais, mas creio que não têm o nível de ameaça que Putn tem, e ver Putin e o seu séquito e lembrar de tudo isto é assustador.

Desde o início da Guerra na Ucrânia, já apareceram mortos, nove dos oligarcas russos supostamente em suicídios e acidentes muito estranhos.
Podemos até não acreditar no Diabo, mas que o "Mal" existe no coração dos seres humanos, não há dúvida. existe de facto.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

terça-feira, 12 de abril de 2022

A Lógica (Falácia) da Guerra da Ucrânia


Se a Rússia já não é um país comunista, se não há o perigo comunista nem o fantasma da URSS, se acabou a "Cortina de Ferro" que dividiu a Europa e não havendo mais o "Pacto de Varsóvia", então, qual é a razão do avanço da OTAN para Leste? Qual a lógica do Ocidente por trás disso? Não faz sentido.

Por outro lado, se a Rússia já não é comunista, se a URSS se desmembrou há 32 anos (as repúblicas estavam unidas à força), se adotou a economia de mercado, se a Ucrânia devolveu o arsenal nuclear em troca de paz, então qual a lógica de Putin querer invadir a Ucrânia e aniquilar a sua soberania? É algo que também não faz sentido.

Além disso, quem ganha verdadeiramete a Guerra da Ucrânia? Os EUA, que vão passar a vender gás para a Europa? A Rússia que destrói a economia ucraniana por algum tempo e rouba-lhe a região do Leste? A Europa que se uniu e fortaleceu a OTAN? Não, nada disso, esta guerra na Ucrânia, foi um erro político e militar de Putin, mas também de Biden que poderia ter evitado, há todavia um vencedor à partida, a China, porque a Rússia sai isolada economicamente e enfraquecida politica e militarmente no plano internacional, será para a China o momento de deslocar os centros de decisão para a Ásia.

A China sai fortalecida com a guerra da Guerra, sem disparar um tiro, a China fortalece-se como potência política mundial, quer pelo enfraquecimento politico e quer económico da Rússia e dos erros de Putin que não previu as dificuldades e as consequências deste conflito.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Angola Volta-se de Novo para a Influência Russa

Angola recebeu da Rússia mais um empréstimo, este em cerca de 118 milhões de euros do banco estatal russo VBT através da sucursal na Áustria, num total que se estima em 1,4 biliões de dólares, empréstimo esse que visa sobretudo o financiamento do Orçamento de Estado angolano, segundo apurou o Jornal de Negócios. E isto ocorre após o ressurgimento da crise económica causada pela queda do valor do petróleo.
Parece ser o Regresso do Filho Pródigo angolano à influência russa, José Eduardo dos Santos, é um dos presidentes (ditadores) africanos há mais tempo no poder, iniciou funções com a morte de Agostinho Neto em 1979, num regime ditatorial comunista, tendo como cenário a ocupação cubana do regime castrista sob a influência politica da URSS de Brejnev,  em meio a uma guerra civil sangrenta contra a UNITA e a FNLA.
Abandonou o comunismo e singrou numa economia de mercado e deu os seus passos na GLOBALIZAÇÃO dos mercados financeiros, contudo, nunca deixou de governar com mão forte o seu país, nem aproveitou a riqueza do petróleo para retirar da miséria os milhões de angolanos que vivem abaixo do limiar da pobreza, permitindo apenas que existam partidos políticos, sem contudo que as pessoas se expressem livremente como foi o caso Luati Beirão, recentemente condenado a prisão por ter cometido o delito de se expressar livremente sobre o que pensa.
Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor


Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Nobel da Paz - A Curiosa Nomeação de Putin

Vladimir Putin, aparece curiosamente nas listas de nomeados para o Prémio Nóbel da Paz, independentemente da atual crise diplomática entre a Ucrânia e a Russia.
Da lista figuram personalidades como Malala a estudante paquistanesa que sofrera um atentado por parte de um fanático talibã, o agente estadunidense Edward Snowden, entre outros tantos, numa lista em que constam ao todo mais de duas centenas de personalidades sugeridas para o prémio deste ano.
Obviamente que o que se trata aqui é que o nome de Putin foi sugerido por personalidades russas, e que o Instituto Nobel mantém o nome por uma questão de respeito, no entanto não deixa de ser curioso, que uma personalidade que foi um dos chefes da antiga KGB, e que exerceu o seu consulado na administração politica russa, primando por reprimir à força qualquer tentativa de autodeterminação dos povos, como ocorreu na Chéchénia, ou no Daguestão, feita aliás de forma persecutória e massiva, leva a perguntar-se como pode ainda assim manter-se nas listas de nomeados.
O facto de poder de alguma forma ter impedido um ataque estadunidense à Siria, e de ter sugerido o controlo das armas quimicas por parte de organismos internacionais tais como a ONU, não é considerado pela opinião pública com sendo suficientemente abonatório, visto que isso não impede o fim da carnificina em território Sírio, antes pelo contrário mais pareceu uma defesa do regime de Bashar Al-Assad.
A notícia mal chegou ao conhecimento público, gerou alguma dúvida, descrédito e acima de tudo muita gargalhada, e não é de estranhar, a imagem que Putin deixa na opinião pública mundial é de um líder que governa com mão de ferro, não esqueçamos o caso do grupo musical das Pussy Riot, que foram detidas, num ato que prova a total falta de liberdade de expressão na Russia de Putin.
A noticia correu mundo, a grande imprensa internacional, deu grande relevo, o diário espanhol El País, frisou também que para além de Putin, Malala e Snowden, encontram-se ainda nomeados para este ano o Papa Francisco, e o Presidente do Uruguai Pepe Mujica.

Autor Filipe de Freitas Leal



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 2 de março de 2014

O Porquê da Crise da Ucrânia X Russia

Ao recentes acontecimentos na Ucrânia, desde as manifestações contra a política anti-europeia de Yanukovych, a sua destituição pelo Parlamento, bem como a libertação da antiga primeira ministra, cuja detenção gerou a nível internacional grande descontentamento pelo seu tratamento e dúvidas da veracidade das acusações, que bem podem ter sido verdadeiramente políticas, ao que se presume hoje.
Tudo isto tem uma origem, as manifestações não são apenas por querer ingressar ou não na União Europeia, ou porque o ex-presidente deliberadamente mudou as regras do jogo, mas acima de tudo o que está em causa, é a independência da Ucrânia face à Rússia, e sobretudo face ao poder de Putin.
Zonas com maioria da população russa
A península da Crimeia que forma uma República Autónoma, havia sido oferecida à Ucrânia, pelo Secretário Geral Nikita Khruchov, pois tratava-se de um território que era parte integrante da Russia, e como tal habitado por cidadãos russos, isso ocorreu em 1954 na comemoração dos 3º centenário da União Russo-Ucraniana. Com o Estalinismo, anterior a Khruchov, os russos foram espalhados por toda a União Soviética, e de todos os cantos da extinta URSS uma grande parte das populações autóctones foram expatriadas e reconduzidas a outras terra que não a sua, o objetivo estalinista era claro o de eliminar os sentimentos separatistas, e de controlar a ferro e fogo, toda a população soviética, mas não conseguiu. No entanto o resultado dessa politica está à vista.
A Ucrânia é um país dividido, por ucranianos e por russos, que desejam acima de tudo a paz, os ucranianos desejam a paz, os russos desejam ser integrados à Rússia, onde se sentem ligados. A Criméia tem por sua vez uma vasta área de bases militares russas, e dai já partiram para as ruas do sul da Ucrânia, soldados e tanques.
A atitude russa de enviar mais de dois mil soldados para a região, é uma declaração de guerra contra a Ucrânia, que neste momento só conta com o apoio da opinião publica internacional e as forças da diplomacia dos países europeus, americanos e da ONU.
A grande reviravolta deste processo todo que começou com manifestações de protesto contra o presidente Yanukovich, as batalhas campais que se desenrolaram em Kiev, a deposição do executivo e do presidente, gerando posteriormente a ameaça militar russa.
O primeiro-ministro interino Arseni Iatseniouk, afirmou que isto é um "alerta vermelho" e que tratasse de uma verdadeira declaração de guerra contra o seu país por parte de Vladimir Putin, a quem chamou a razão e pediu  o bom senso de retirar as tropas da Criméia.
Uma coisa é certa, quem perde fundamentalmente neste preciso momento, são as populações, tanto as ucranianas como as russas, mas também a estabilidade na Europa fica uma vez mais ameaçada, e com ela as consequências de um conflito, que ainda que não chegue a vias de facto, já tem de certeza muitos estragos na economias dos estados e das pessoas.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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