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terça-feira, 14 de junho de 2016

O Ódio Não Vencerá!

O Ódio, os preconceitos e a segregação, praticados com a violência e baseados no racismo, xenofobia, não vencerão!!! O sangue das vitimas, abre caminhos de liberdade pelo testemunho e pela consciência desta geração.
O Atentado em Orlando (EUA) que vitimou 50 pessoas, e teve como móbil do crime o preconceito e o ódio homofóbico, mostram uma vez mais uma realidade de conflitos ideológicos, abraçados e vividos de uma forma doentia e obsessiva, que contradiz todo o desenvolvimento social que a humanidade até aqui consegui atingir.
Em toda a parte, a ignorância disfarçada de fé, de ideologia, de nacionalismo ou de tradição e ainda a manutenção inconsciente de preconceitos levam a atos de violência perpetrados não apenas contra os seus alvos, mas contra a sociedade, tal como proferiu em Portugal o Primeiro Ministro António Costa, “A homofobia feriu de morte a liberdade”.
Autor: Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 18 de outubro de 2015

Aylan Kurdi Símboliza Uma Tragédia Humanitária

Ainda permanece o preconceito de certas pessoas contra os refugiados Sírios, algo que é contranatura e que ofende a sensibilidade de qualquer pessoa de boa vontade, os refugiados não estão a ir em direção à Europa porque querem, mas porque não têm outra alternativa, se no seu país encontram a fome a doença e a morte, na Europa dita cristã, encontram muitos preconceitos, não apenas de populares mal informados, ou (mal formados), mas também de Estados como a Hungria que permitiu que soldados disparem contra refugiados em caso destes provocarem desordem.

Resisti por muito tempo a colocar neste blog qualquer fotografia alusiva ao menino sírio, que veio a morrer no Mar Mediterrâneo, evitei por respeito mas também para não seguir o ruído informacional em volta do assunto, mas passado esse tempo, acho que é bom que a sua memória simbolize o sofrimento de todo um povo.

Na Europa tem se vindo a encontrar enormes resistências por parte de alguma população face aos refugiados, além disso muitas pessoas não compreendem porque é que os refugiados arriscam-se a morrer no mar, em vez de marchar para outros países do mundo árabe, opiniões muitas vezes alimentadas por uma péssima comunicação social, que pouco informam.

Para compreendermos o porquê de táo arriscada empresa, a de vir para a Europa, é preciso ter o conhecimento dos seguintes dados:
1 - Se os refugiados sírios, (alguns deles cristãos que fogem da perseguição religiosa) marchassem para sul em direção à Jordânia, já não encontraria o mesma capacidade de acolhimento do inicio do conflito armado, pois a Jordânia já acolhe mais de 1 milhão de refugiados.
2 - Se marchassem para Norte, Leste ou o sudoeste em direção às fronteiras da Turquia, e Iraque encontrariam precisamente as forças militares de que fogem.
3 - A única saída é por via marítima  e obviamente em direção aos países europeus mais perto, como o Chipre e a Grécia.

O conflito armado na Síria iniciou-se com a Primavera Árabe, mas escalonou pra o inferno sírio de uma tamanha violência sanguinária e uma destruição que já não se via desde o fim da II Guerra Mundial, envolve muitas forças militares e paramilitares, das quais se formam três alianças:
A) - Os Lealista ao regime de Bashar Al Assad, apoiados pelo Irão e a Russia, recebendo armas do Iraque, Bielorrussia e da Coreia do Norte.
B) - Os revoltosos da Coligação Nacional Síria (CNS), apoiados pelos EUA, França, Turquia, Líbia, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e a vizinha Jordânia.
C) O Estado Islâmico que por sua vez é consequência da mais desastrosa politica externa estadunidense e europeia no mundo árabe. O EI (ISIS ou ISIL) é motivado pelo ódio ocidental e anti-cristão e anti-judaico, que surge da humilhação sofrida pelos sunitas iraquianos após décadas de invasões e bloqueios económicos ao seu país.

Por isso para mim, Aylan Kurdi, o menino sírio de Etnia curda, que morreu afogado a caminho de um refugio para sobreviver, é o símbolo não apenas da Crise Humanitária que se vive, mas de uma civilização que estão a morrer os seus valores, de liberdade, igualdade e sobretudo de fraternidade dando lugar ao mais puro egoísmo

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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