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sábado, 13 de julho de 2024

Narrativas - Patriotismo Vs. Fascismo


Rotular todos os "Patriotas" de fascistas é um jogo de Marketing dos Federalistas e Neoliberais, os patriotas ou nacionalistas afinal só estão a defender a soberania dos países europeus face ao Projecto Europeu de fazer da UE uma Federação.

A questão é que nem tudo que reluz é ouro, o que a União Europeia quer, é acabar com a soberania, a independência e a identidade de cada país, e os Patriotas que deveriam ser tanto de Esquerda como de Direita, são sobretudo gente de vários espectros políticos que o que querem é a defesa do seu país, e da sua nação face ao perigo federalista.
Por outras palavras, sabemos bem que tanto o comunismo como o fascismo falharam porque eram regimes autoritários. Mas o Neoliberalismo apesar de ser democrático , também não serve, porque governa só para o bem de alguns, e não pelo todo.
Hoje o problema prende-se com o facto de qualquer pessoa que ouse pensar de forma diferente ou contrária à narrativa do grupo Neoliberal europeísta hegemônico, é rotulado de Fascista, ou é cancelado, e até em certos casos censurado. O problema são os rótulos como estratégia de evitar que outros cheguem ao poder.
O Nacionalismo não é uma ideia exclusiva da Direita, em África, na América Latina, na Ásia os partidos de Esquerda são por norma Nacionalistas. Até mesmo na Europa os partidos separatistas da Catalunha, País Basco, Córsega, Irlanda, Escócia, são tanto de Direita democrática como de Esquerda; portanto, associar o nacionalismo ao Fascismo é uma estratégia liberal de controlo do poder. Associar o Patriotismo, que é um sentimento de amor à pátria e à nação, é ignorância, mas parte dos mesmo grupos liberais. Ou seja, os Liberais querem se apropriar da ideia de democracia como sua, determinando para a sociedade quem é e quem não é democrata de acordo com os seus parâmetros de valores. algo exclusivamente tóxico na política e que é na verdade antidemocrático.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Macron e a Retórica da Soberania Europeia


Emmanuel Macron foi aos Países Baixos em campanha, a fim de defender a sua insistente ideia de "Soberania europeia", sobretudo no que concerne à defesa comum,
 todavia, a soberania europeia é algo que não existe de facto, pelo menos ainda não, e não tem como existir enquanto não for implementada uma Federação que englobe os Estados Membros que aceitem ceder a sua soberania nacional, o que faz com que esses países passem a ser "Estados Vassalos", ou seja, com autonomia, mas sem soberania.

Macron afirmou nos Países Baixos, que defender a Soberania Europeia "significa que
devemos ser capazes de escolher os nossos parceiros e desenhar o nosso próprio destino, em vez de sermos meras testemunhas da evolução dramática do mundo", referia-se a uma política externa e de defesa comum, mas surge a questão: a que preço? Ou ainda; será viável uma politica externa comum que agrade a todos de Norte a Sul e de Leste a Oeste? É preciso lembrar que "Soberania Europeia" é um conceito novo, que surge das divergências com as políticas externa e comercial face aos EUA com a China, mas também com o escalar da guerra da Ucrânia, é um conceito mais avançado e totalmente diferente da ideia de "Cooperação entre Estados", precisamente porque requer uma sólida politica única e comum.

Defender uma cidadania europeia, uma soberania europeia ou mesmo a transformação da UE numa Federação, uma espécie de Estados Unidos da Europa, é eliminar a independência Nacional de cada um dos Estados Membros, e é precisamente este o perigo que leva ao crescimento dos partidos nacionalistas, tanto à Esquerda com os partidos radicais com a retórica "anti-UE", e "anti-Euro", e também com os partidos Nacionalistas de Direita, como a Frente Nacional em França, o Vox em Espanha, o Chega em Portugal, ou ainda os Irmãos de Itália, entre outros por toda a Europa comunitária, e que estão a defender a sua nação e a dizer com os seus manifestos políticos, "Europa Sim, federação Não".

Esquerda e Direita à parte, o certo é que o tema interessa a todos, e os europeus têm o direito de saber e o dever de se informar para o que poderá acontecer, este assunto está a ser estudado, debatido e divulgado por vários académicos, como Douglas Murray, cientista político, comentador e autor de vários livros de política, aponta no seu livro "A Estranha Morte da Europa", que uma a uma, as políticas europeias tem como objetivo, ou no mínimo como consequência, a extinção das nações europeias, só com o fim de cada uma das etnias e da sua identidade nacional é que será possível transformar a Europa numa federação, mas ainda que venha a ocorrer já não será a Europa.

Outros livros do mesmo autor com bastante pertinência para o tema, são "A Guerra ao Ocidente" e "A Insanidade das Massas", ambos editados em Portugal pela Editora Almedina, há também o livro "Ciência Política em 50 Lições" da autoria de Filipe de Freitas Leal, à venda pela Amazon.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.


https://www.createspace.com/5302452

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

A Nova Direita Republicana nos EUA

A Ideologia da Nova Extrema-Direita nos Estados Unidos da América, é o negacionismo, usam a narrativa das teorias da conspiração, e como táticas a denúncia de fraudes eleitorais. Vamos ver como será após estas eleições intercalares de novembro nos EUA. (Não sou eu que afirmo, está registado no programa 60' minutos do canal estadunidense CBS, que passou na SIC).

Antigamente em Ditadura, os subversivos eram os democratas e esquerdistas, hoje em Democracia, os subversivos são os da Extrema-Direita, os novos fascistas. Por vezes basta ser do contra, ou simplesmente conservador, para se ser rotulado como Fascista.

É importante que tenhamos presente que ser Nacionalista não é a mesma coisa do que ser Fascista, os nacionalistas defendem politicas que protejam o país face aos interesses externos, e que colocam em primeiro plano a nação e os seus cidadãos, quando ao fascismo, é uma ideologia que no poder, aplica politicas de perseguição, censura e supressão das liberdades e dos Direitos Humanos. Portanto ainda que os discursos da Nova Direita se radicalizem, está mais ligado aos aspectos de defesa dos interesses nacionais e não ao fim da democracia.

Os discursos de Donald Trump vão muito nesse sentido, quando fala de Tornar os EUA uma nação grandiosa novamente. Quanto a Erdogan na Turquia, já não é exactamente a mesma coisa, porque trata-se de um regime musculado. O Facto é que os EUA têm vindo a exportar o seu modelo de Nova Direita, aplicada no GOP Grand Old Party (Partido Republicano) para outros países em particular na América Latina, como por exemplo o Brasil de Jair Bolsonaro, que tem um discurso nacionalista, mas de forma contraditória defende politicas económicas ultra-liberais, que na sua maioria foram ou são ainda desfavoráveis ao Brasil.

O que me impressiona imenso é a forma acentuada como a Direita Republicana nos EUA se radicalizou e como exportou este modelo para outros paises. Os discursos eleitorais estão mais agressivos, e criou-se uma barreira do nós vs eles, e os líderes querem convencer os seus apoiantes de que todos os que não sejam Direitistas e republicanos são comunistas. Esta política está descentrada de projectos políticos e focada na dicotomia do Bem Versus o Mal, é uma práxis política que leva à divisão e ao ódio, elementos fundentais que noutros países podem ser potencialmente propícios a despoletar uma Guerra Civil ou instaurar uma ditadura. A sorte, é que a maioria dos cidadãos sejam de direita ou de esquerda são inteligentes, sensatos, gente de boa vontade e não cedem nem um milímetro a este tipo de discursos radicais, que são próprios apenas para os que não percebem nada de política e ainda acreditam no bicho-papão, mas ainda assim, as eleições têm sido renhidas e geram empates técnicos, o que alimenta as acusações de fraudes.

Resta-me dizer que o que me assusta na mentalidade deste Século XXI, é o fenómeno cada vez maior, que vai dos novos valores e hábitos até ao Desporto e sobretudo à Política, onde tudo é vivido com uma paixão desmedida, desproporcional e irrefletida, atingindo patamares em tudo idênticos ao fanatismo religioso, que por sinal, torna-se terreno fértil para a divisão e o ódio, pois onde reina o fanatismo não brilha a paz, o progresso e nem a luz da razão e da verdade. Este fenómeno está muito presente nos Estados Unidos de hoje após o surgimento de Trump na cena politica, e também do Brasil com Bolsonaro e o seu discurso radical e da divisão do "nós e eles" que gerou os protestos que paralisaram a economia brasileira após as eleições, ganhas por Lula da Silva na segunda volta das Presidenciais. Em tudo Bolsonaro seguiu os passos de Trump, desta nova forma radical e inconsequente de se fazer politica.

O próximo passo neste capítulo da Nova Direita, após o anúncio de Donald Trump de que será candidato, será saber se ele terá ou não o apoio do seu partido para ir a eleições,

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

A Eliminação do Conceito de Nação


Josep R. Llobera (1939-2010) antropólogo cubano-britânico, afirmava que o conceito de nação só terá surgido no Ocidente durante a Idade Média, e que os Estados Nação, só se consolidaram pela Monarquia Absoluta. Por outras palavras, para Llobera antes desse período não haviam nações e muito menos o conceito de nação.

Eu discordo, reconheço que Portugal, que foi o primeiro Estado Nação na Europa, terá surgido na Idade Média, quanto a Espanha, Reino Unide entre outros, não chegaram a ser Estados Nação, porque são formados por mais de uma nação.

O conceito de nação está patente na Torá sagrada de forma inequívoca, os hebreus formaram um grupo étnico coeso e a partir daí uma nação, e isso ocorreu muito antes da Idade Média e longe da Europa, há 3.700 anos, são hoje a nação israelita, que se manteve viva na diásporta durante 2000 mil anos, através da sua cultura, religião, dos seus mitos, da língua litúrgica e tradições, usos costumes, uma identidade nacional perene.

Os chineses também formaram a sua cultura e a sua identidade nacional há pelo menos 5000 anos. São as mais antigas ações, que ainda existem. O conceito de nação pode ser estudado apenas de acordo com o modelo europeu da idade média.

Outro autor sobre o tema, o historiador britânico nascido no Egito, Eric Hobsbawm (1917-2012), de corrente neo-marxista, foi mais longe e afirma que o conceito de nação começou a ser construído nos últimos 200 anos, ou seja, no final do século XVIII até hoje. O que este senhor talvez não soubesse, é que ainda no século XIV Portugal já tinha a sua identidade nacional formada, a conquista cristã contra o islão, o isolamento em frente a um mar inexplorado e a inimizado com Castela, criaram nos portugueses o sentimento de identidade muito acentuado, a que chamamos hoje a "Portugalidade".

Resumindo o que podemos verificar é que há uma forte tendência por parte de alguns historiadores, antropólogos e sociólogos, de algumas correntes de pensamento ideológico, que visam desvalorizar o conceito de nação, ou até mesmo de o eliminar, e pior, há a tendência de vincular a narrativa sobre a nação, e o sentimento nacionalista apenas à direita mais radical, contribuindo para uma visão negativa do conceito de Nação e até mesmo do sentimento patriótico ou nacionalista.

É curioso que é precisamente este conceito anti nação que está na base da narrativa de Putin, para eliminar a nação ucraniana, invadir o país e promover a russificação. Sendo a Rússia por natureza uma Federação de Muitos Estados e povos.

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 Autor do blog: Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

terça-feira, 29 de março de 2022

Reaprendemos o que é uma Nação

Uma Nação não é um mero território, não se resume a uma área geográfica, como hoje comummente se pensa, nem meramente um povo que nesse espaço reside, porque por um lado os Emigrantes mantém-se como membros de uma nação na diáspora, e por sua vez os Imigrantes são habitantes vindos de outros Estados (países) e que pertencem a outras nações.

Uma Nação, ao contrário do que se ensina hoje nas escolas, é na verdade um povo que mantém viva a sua história, que partilha entre si um mesmo idioma comum, as mesmas crenças, cultura, tradições, costumes, valores identitários e civilizacionais, abraçados pela emblemática dos símbolos nacionais.

Até há um mês, muitos de nós no Ocidente havíamos esquecido o que é uma nação, quanto aos jovens, só agora começam a aprender, graças às lições que nos dá o povo da Nação ucraniana, de que 'Nação' e 'País' não são a mesma coisa.

Há nações sem território como a nação cigana, há nações com território mas sem um Estado soberano como o Kurdistão, há Estados (Países) com mais de uma Nação como a Espanha, o Reino Unido, o Afeganistão e a Rússia, e há Estados que são uma só nação, como é o caso de Portugal, Irlanda, Itália e Grécia.

Há uma nação que graças à sua fé, crença e perseverança, viveu na diáspora por quase 2000 anos, mantendo-se unida pela mesma identidade cultural e religiosa, o povo judeu, os israelitas que são a segunda Nação mais antiga com 3700 anos de existência, a seguir à China com 5000 anos.

E tal como nós dizemos à mais de 2000 anos "Am Yisrael Hay" (A nação de Israel Vive), assim dirão doravante todas as nações da Terra.

As Nações Vivem!,  Todas as nações, sem exceção, têm o direito de existir e manter viva a sua identidade.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

 
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