Há um ano Israel sofria o maior ataque terrorista, o maior pogrom após o Holocausto, um Pogrom dentro das suas fronteiras. 1300 pessoas mortas de forma brutal, desumana e indescritível, devido à barbárie mais vil e inimaginável alguma vez cometida.E no Ocidente relativizaram o ataque, o Secretário Geral da ONU, o português António Guterres inverteu o ónus da culpa, o homem que liderava a Paz para as nações e deveria ter condenado o massacre hediondo, era o mesmo que condenava o País agredido, Guterres estava a justificar um ataque, e se o fez inconscientemente ou por ignorância já é mau em si mesmo, mas se o fez conscientemente e por livre vontade, se esse é o seu pensamento e a sua conduta, então não é digno do cargo que ocupa. Há uma fronteira onde a dicotomia entre a Esquerda e a Direita acabam, há uma fronteira onde as ideologias políticas cessam, onde só não cessa o bom senso e a humanidade para com o semelhante. O 7 de outubro é essa fronteira, tal como o 11 de setembro o foi. Há limites e Guterres ultrapassou-os com a frase que o ataque não surgiu do nada, porque ao dizer isso estava a ilibar os assassinos da culpa e a condenar todo um povo, com se tivessem merecido morrer de forma bárbara.
Foi uma afirmação claramente antissemita sob a capa do Antissionismo dissimulado que é já habitual e comum à Esquerda, atitude que tem consequências para o povo judeu com o aumento do antissemitismo na Europa, e para o Estado Israelita que sofre uma campanha que visa deslegitimar a defesa da sua soberania e do seu povo.
Guterres é mais uma voz que ecoa sonante a dizer que Israel está só e estará mais só se quem vencer as eleições em Novembro forem os democratas.
É por isso que o Prémio Nobel da Paz de António Guterres de 2024 , ficou merecidamente no Vácuo.
É importante relembrar que os líderes, palestinianos recusaram a solução dos dois Estados, inclusive Yasser Arafat, cujo grande erro foi não ter sabido sair da situação de líder militar para líder político e concretizar a tão sonhada independência Palestiniana. Se o ataque não vem do vácuo, vem das opções de terem preferido recusar vários planos de Paz, inclusive o de Oslo e optar por se manterem na via da Jihad contra Israel.
A ONU finge que não conhece os factos históricos do Conflito Israelo-árabe, ou desconhece que durante sete décadas Israel tentou chegar à paz com os árabes, desde o primeiro momento da sua independência, mas a mão estendida de Israel foi rejeitada, pelos árabes, que rejeitaram a partilha da região e por conseguinte rejeitaram a independência da Palestina, tendo os árabes abraçado "sua causa" palestiniana e como tal, preferiram o caminho da guerra por várias vezes, porque a preocupação não era nem nunca foi a independência da Palestina, nem o futuro do povo árabe-palestiniano, o objetivo era o de impedir que existisse o Estado de Israel, e uma vez existindo, o objetivo passou a ser a sua total destruição. Mas para ONU e para a Esquerda, isto é um tabu.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.