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quarta-feira, 19 de junho de 2024

A Anarquia é apenas uma Utopia idílica





















A ideia da Anarquia, que é uma ideia que apaixona tanto os mais jovens, e que promete a igualdade total, é na verdade e ao contrário do que parece, um verdadeiro absurdo, na media em que na natureza e sobretudo em sociedade, a ordem e a harmonia só se atingem com a Hierarquia que gera o equilíbrio. A anarquia é a falta de poder, logo gera a desordem e o caos. O ideal anarquista não precisa ser combatido, porque simplesmente não funciona, sem hierarquia não consegue sequer prover a justiça social.

Mikhail Bakunin
O Anarquismo como ideologia política surgiu na segunda metade do século XIX no seio do movimento socialista e sindicalista como resposta ao crescente avanço do capitalismo ocorrido na segunda revolução industrial, foi desenvolvido pelas ideias radicais do pensador e ativista russo Mikhail Bakunin que era opositor de comunistas e sociais-democratas na I Internacional Socialista. Até aqui tudo bem, mas o que é que propõe de facto o ideal anarquista e porque é que tal ideia gerou a aversão das restantes correntes socialistas?

Bem, em primeiro lugar porque os anarquistas preconizam a criação de uma sociedade sem Estado Organizado, contrário não só à Monarquia, mas também a uma República que se organize num Estado Político. A Anarquia é de facto, o não poder, opõe-se a todos os tipos de hierarquia e dominação, seja ela de cariz político, econômico, social ou cultural, e para tal, propõe a extinção das estruturas de poder, decisão e hierarquia, como o Estado, as estrutura militares, a religião, e eliminação do racismo, do patriarcado, das classes sociais, e defendem uma sociedade criada à base das liberdades individuais mas não a propriedade privada.

As críticas à Anarquia prendem-se com a sua inviabilidade logo à partida, porque a ordem e o equilíbrio requerem autoridade e toda a autoridade é uma forma de Poder. Portanto, para as demais correntes ideológicas de Esquerda, o ideal Anarquista é ainda hoje impensável e considerado inviável. A poder ser de facto praticável, teria de ser em mera comunidades muito pequenas, onde a cogestão fosse regra de administração da coisa publica. As principais criticas e objeções são:

1 - Cãos no sistema da Ordem Pública;

2 - Desmantelamento de estruturas sem garantia de melhoria;

3 - A comunidade anárquica não teria como tolerar com opiniões diferentes.

4 - O ideal anarquista não compreende que a natureza humana é diferente dos seus ideias e requer ordem e hierarquia.

Exemplo da Importância da Hierarquia e da autoridade é a função da Polícia não é um mero pro-forma ou um faz de conta. É uma autoridade e tem
que ser obedecida, acatada e respeitada. É importante reconhecer que não há Estado de Direito nem justiça que funcione sem os agentes da segurança pública. O que seria do país no qual a sua autoridade não fosse respeitada? Desrespeitar as autoridades e desautoriza-las, seria o princípio de um Estado Falhado causado pelo fim da ordem pública.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

 
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