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domingo, 10 de novembro de 2024

Pogrom em Amsterdão - Nada Está Garantido


Toda a minha vida, pensei que quem decidia o que eu era em termos de posição política e ideológica era eu próprio.

Também acreditava desde muito jovem. que a democracia era o Regime Político da Liberdade de Pensamento e Expressão.
Acreditava ainda, que ser de Esquerda era defender os interesses dos trabalhadores, da classe média, lutar pelos Direitos Humanos de forma transversal. Por isso eu via-me como um simpatizante da Esquerda e sempre votei nos partidos da dita Esquerda democrática.
Acreditei toda a minha vida que, em democracia não havia o problema de ser rotulado por ser de uma minoria religiosa.
E os anos passaram, descobri que afinal não sou eu quem decide a minha posição ideológica, cheguei mesmo a ser chamado de reacionário e fascista por aqueles em que sempre votei.
E descobri que não posso dizer tudo o que penso, porque não é já considerada uma linguagem correta, passei a ser policiado na linguagem.
No Parlamento, os deputados nos quais eu votava antes, passaram a abraçar apenas as novas causas identitárias e esqueceram-se de mim, dos trabalhadores e da população em geral.
E já nem posso hoje andar na rua com o meu Kipá, nem a estrela de David sem ter medo de ser insultado pelos antissionistas e antissemitas. Afinal, alguém sabe dizer-me o que é a democracia, é que eu pensei que fosse uma coisa, mas afinal é outra.

O que se passou em Amsterdão é sinal da decadência da democracia tal como a conhecíamos.

Autor Filipe de Freitas Leal 

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Protestos Pró-Palestina Contra Israel e a Comunidade Judaica em Lisboa


A luta de Israel para sobreviver como nação, permanece hoje através da luta contra o terrorismo do Hamas, é para Israel um problema existencial, ou derrota o Hamas ou Israel é que pode ser destruído. 

Ocorreu ontem em Lisboa no cinema São Jorge, a celebração dos 76 anos da Restauração da Independência de Israel, a pátria milenar dos judeus após um exílio forçado de 2000 anos, mas em frente àquela sala de cinema na Avenida da Liberdade, estavam na rua vários jovens empunhando bandeiras da palestina e usando o Keffiéh (lenços palestinianos) com a sua típica característica de irreverência e ignorância sobre o assunto em causa (ignorância essa que é o resultado de pouco conhecimento de História), e assim, mais do que defender a Palestina com gritos de ordem e insultos antissemitas aos judeus presentes, estavam na verdade a atacar Israel a única democracia em todo o Médio Oriente, e a atacar o povo judeu, e claro, sem saber, estavam a justificar os ataques do 7 de outubro de 2023 e a dar força ao Hamas.

Mas isto de antissemitismo não começou recentemente e nem em 1930 com o navio MS. Saint Louis, que estava carregado de refugiados judeus dos pogroms no Leste e Norte da Europa. Os países da Europa por onde passou o navio não o quiseram, mas não podem esquecer que o problema do Sionismo é fruto do ódio antissemita que levou a cabo a maior perseguição alguma vez feita contra um povo.

O problema do antissemitismo surgiu no ano 38 EC em Alexandria, onde se realizou o primeiro pogrom, agravou-se com a inquisição e as expulsões, e atingiu o ápice no Holocausto. Não havia outra saída para os judeus que não a de voltar a Tzion (Palestina). Mas em 1939 ainda antes do Holocausto Nazi, os judeus em fuga no navio MS. Saint Louis, viram recusado o asilo e refugio, eram 937 judeus, homens, mulheres e crianças, que eram perseguidos somente por serem judeus. O navio navegou até aos EUA e uma vez mais recusado o refugio, regressou à Alemanha onde a maioria dos refugiados acabou morta nos campos de concentração do III Reich. O conflito israelo-árabe nasceu com o Sionismo e a imigração dos judeus sobreviventes do Holocausto para a Palestina que era então protetorado britânico.

Os jovens que ontem protestavam em frente ao cinema São Jorge, de certeza nunca ouviram falar disto, não sabem e até podem alegar que é algo ocorrido no passado, mas não é, o antissemitismo permanece vivo hoje, tal como há 2000 anos atrás. É o mesmo desde 38 EC em Alexandria e ontem em Lisboa em frente ao São Jorge o que se viu foi um antissemitismo de Esquerda com capa de causa política. E para finalizar há mais um detalhe que os jovens que ontem protestavam, muito provavelmente também desconhecem, que é a origem do nome Palestina, imposto no ano 70 EC pelos romanos à Judeia e significa Filistéia, assim como palestinianos significa filisteu, ou seja, uma terra e um povo que já não existia naquele tempo.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

As Causas do Conflito Israelo-árabe (2)


O Antissemitismo que se vive na Europa desde o Primeiro Século. Começou no Egipto em Alexandria no Ano 38 EC (Era Comum) onde ocorreu o primeiro grande massacre contra o povo judeu. Posteriormente após o fim do Império Romano, os judeus que foram expulsos da sua terra que passava a chamar-se Palestina (romanização de Filisteia) estavam já espalhados por toda a Europa. todavia, não tinham o reconhecimento da cidadania, os judeus eram como párias nas sociedades nas quais viviam, e por não aceitarem o cristianismo na Europa, e mais tarde o Islamismo no Médio Oriente, começaram a agravar-se as questões de ódio religioso, é então que surge a "Questão Judaica" dado que se agravara o sentimento de ódio religioso. A questão judaica é isso mesmo, uma questão "o que fazer com os judeus"? Como resolver este problema? A Resposta da Revolução À questão judaica, por parte da França durante a Revolução Francesa foi a emancipação dos judeus, mas 143 anos depois, a resposta à mesma questão foi a "Solução Final", parte do programa do Partido Nazi da Alemanha de Hitler, que levou a cabo um dos maiores Pogroms de toda a história, denominado de "A noite de cristal" ou "Kristallnacht", que ocorreu na noite de 9 para 10 de novembro de 1938.

É simples, somos odiados porque somos fiéis e Leais à Torá e a HaShem. Isso de ser diferente já há dois mil anos era motivo de segregação, persecução e morte e continua a ser até aos dias de hoje.
Mas sem o Antissemitismo, os judeus não quereriam voltar à Palestina, tão verdade como não quiseram os Sefarditas e os judeus progressistas americanos, para eles a Terra prometida era onde havia prosperidade. Mas para os judeus europeus, não havia outra saída, depois de expulsões , inquisição, perseguição e pogroms; a saída senão o Sionismo, e assim, encarar a Palestina como a terra prometida tal como está na Torá, mais não seja para serem judeus livres e sem perseguição.
A razão mais dramática que fortaleceu o movimento sionista foi a Shoá, o seja, o Holocausto.
O verdadeiro significado de Sionismo é apenas e somente o Regresso a Tzyion (Sião em português) nada mais do que isto, não significa fascismo, nem apartheid, nem nenhuma outra alcunha ou rótulo imposto pela esquerda (quase toda ela foco de Antissemitismo).Sim porque ser contra Israel é uma forma de Antissemitismo, dar novo rótulo ao Sionismo é Antissemitismo, e pior de tudo, os antissemitas de esquerda defendem a Palestina Livre,.mas não se esforçam em conduzir o mundo árabe a reconhecer o Estado de Israel. Portanto, contribuem para apoiar o Terrorismo e não para promover a solução dos dois Estados e muito menos a paz.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Israel é uma realidade, já não volta atrás


Há uma coisa que no ocidente ainda não perceberam, é que os judeus não vão a lado nenhum, não vão sair de Israel. De onde está a Nação de Israel, estão as testemunhas vivas da História desde o Antigo Egipto dos Faraós até hoje.

Sim, dos 196 países soberanos e representados na ONU, há duas Nações que são as mais antigas do mundo. A China com 5000 anos e a nação Israelita com quase 4000 mil anos. São as duas nações mais antigas, são as primeiras e serão as duas últimas.
A Nação de Israel não nasceu em 1948, esse foi o ano da sua Ressurreição política. Israel viu todos os grandes impérios caírem um após outro. Israel sobreviveu ao Egipto dos Faraós, à Babilónia, à Pérsia, ao Império Grego, sucumbiu como Estado ao império Romano, mas sobreviveu como nação e viu cair um após outro cada César, viu cair o Al Andaluz, o Sacro Império Romano Germânico, Viu surgir os Reinos de Portugal e Espanha de onde foram expulsos, viram nascer a Rússia em Kiev, viram o início da era dos descobrimentos, a época das luzes, do qual o filósofo Spinoza era um dos seus, viram a libertação das Américas e o exílio no Novo Mundo, testemunharam o Fim do Império Otomano, do Império Austro-Hungaro, do III Reich da Alemanha Nazi, viram o surgimento da União Soviética e da sua extinção em 1991. E os impérios de hoje cairão ou se unirão a outros, mas Israel, enquanto Nação una e indivisível, com ou sem Estado não deixará de existir até ao fim do mundo.
Israel é uma realidade, os judeus já não voltam atrás.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 31 de dezembro de 2023

As Razões de Um Espaço Vital para Israel


Foi o antissemitismo que levou à criação do Movimento Sionista em 1897 dirigido por Theodor Herzl, pela necessidade de um espaço Vital para a segurança da nação israelita, do qual a Inquisição, os pogroms e o holocausto foram os exemplos mais marcantes da caça às bruxas que foi o conjunto dos pensamentos ideológicos e teológicos que sustentaram o Antissemitismo, tornando o povo judeu no bode-expiatório para todos os males sociais.

Foi o antissemitismo, a intolerância e os respectivos discursos de ódio, que causaram a necessidade dos israelitas deixarem a Europa e retornarem a Tzion, uma dos montes de Jerusalém, daí o termo Sionismo, que nada mais foi do que a unica resposta capaz e corajosa para salvar toda uma nação que toda a Europa queria ver ou convertida à força, expulsa ou exterminada.

Houve claro propostas antes da Declaração de Balfour, que indicavam a possibilidade de colocar todos os judeus, por exemplo no Quenia, no Uganda, e ate propostas de os levar para Angola ou até mesmo no Alentejo no sul de Portugal, daí que Oliveira Salazar (Presidente do Conselho no Estado Novo) chamou à I República, a República Judaízante, porque dizia ele, que os republicanos perseguiam a Igreja mas queriam resolver os problemas dos judeus.

Mas Theodor Herzl sabia e bem que, fossem para onde fossem os judeus haveria sempre problemas, sobretudo se os judeus não tivessem tido no passado uma ligação à terra, e assim, o único lugar para poder voltar e enfrentas esses problemas com determinação era a Palestina, a Terra dos Antepassados, o Israel e a Judéia Biblicos que são a base da fé, da cultura e das tradições judaicas. Só haviam duas opções para os judeus, ou eram aceites e amados no lugar onde há quase dois mil anos viviam, ou tinham que regressar a Israel.

E para termos a prova de que é verdade o que eu afirmo neste post, basta observar o crescimento do antissemitismo na Europa, onde os ataques a judeus aumentaram. Mas para além disso, as razões para um espaço vital, são hoje, mais do que nunca uma questão existencial, e prendem-se com o combate ao terrorismo patrocinado pelo Irão.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

O Antissemitismo Por trás da narrativa anti-histórica do Jesus Palestiniano


Jesus não é nem nunca foi palestiniano; afirmar tal coisa é uma baboseira, um absurdo.
Agora há a moda da apropriação de identidade, sendo o caso mais recente o de Jesus Cristo reivindicado como sendo palestiniano. Só um ignorante afirmaria tal coisa, e posto isto, não sei se choro, dada a ignorância, sobretudo no Ocidente, ou se rio dada a ousadia dos inventores desta teoria falsa e de cariz antissemita

Jesus terá nascido em Belém no ano 4 ou 5 AEC (Antes da Era Comum), de facto Belém fica actualmente situada na Cisjordânia, na zona da Autoridade Palestiniana, mas na altura em que Jesus terá nascido, aquela localidade, embora estivesse sob domínio do Império Romano, era o Reino da Judéia, a terra dos judeus. Por sua vez da tribo de Judá uma das doze tribos de Israel; Além disso, Jesus era de facto judeu e era Rabino, nasceu, viveu e morreu como um verdadeiro judeu praticante. Logo, era Israelita.
Resta dizer que, aquela terra só se denominou Palestina no Século I após a derrota dos judeus na guerra Romano-Judaica no Ano 70. Palestina é como os romanos pronunciavam a Filistéia, país que já não existia e que fora em tempos o maior inimigo de Israel e dos povos vizinhos. Assim, chamar àquela terra de Filistéia/Palestina era uma forma de humilhar o povo judeu e de erradicar o direito à sua terra. Além disso, os romanos não se contentaram só em mudar o nome da Judéia para Palestina (Filistéia) expulsaram os judeus da sua terra levando-os como escravos do Império Romano, foi o Início da Grande Diáspora judaica que só terminou em 1948 com a independência de Israel e o retorno dos exilados e sobreviventes do Holocausto.
Holocausto que é aliás negado pelos antissemitas que inventaram que Jesus é palestiniano, como se ele não tivesse origem judaica.

Autor Filipe de Freitas Leal com a colaboração do Rabbi Shlomo Pereira

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 4 de junho de 2022

Karl Marx era Judeu?

Sim, Karl Marx era judeu, e além disso, não só não era antissemita, como também nem sequer era ateu, no sentido que este termo adquire hoje.

Marx era judeu, filho e neto de judeus, o seu avô paterno, Mordehai Marx fora Rabbi, além do mais Marx usava o termo ateísmo como sinónimo de Laicismo, ou seja a separação da religião do Estado tal como hoje ocorre.

Além disso, muito das ideias marxistas foram retiradas dos ensinamentos da Torá judaica e do Talmud.

Karl Marx foi um sociólogo do séc XIX, focado nos aspectos socioeconómicos da organização social, foi a partir dele que se fez uma análise sócio-histórica da economia, baseado também na análise dialética de Hegel.

O pensamento de Marx, está circunscrito a toda uma realidade temporal e socioeconômica diferente de hoje. Marx pensou o mundo do Século XIX, e não usou uma linguagem apropriada para o século XXI. O problema portanto, não é o que pensou e o que escreveu, mas como é interpretado nos dias de hoje pelos seus opositores.

Há portanto três Karl Marx, Sociólogo e economista, o sindicalista e o judeu.

O Marx sindicalista e militante, era o que estava engajado com a defesa das classes trabalhadoras, que à altura estavam totalmente desprovidas de direitos. Nesse sentido foi muito útil a militância sindical de Marx. Hoje as classes trabalhadoras usufruem de direitos plenos graças aos Partidos Social-Democratas que uma vez no Poder nos países de democracia representativa, puderam levar a cabo uma série de reformas importantes para promover as políticas de Bem-Estar social.

Os ideais comunistas, são na verdade da autoria de Lenine e Stalim, embora se definam de marxistas, na verdade há muito pouco de Marx nos regimes comunistas soviético, norte-coreano e até chinês.

Portanto, quando Karl Marx afirmava que a Religião é o Ópio do povo, estava a referir-se à religião oficial, que sendo ligada ao poder politico, pode também ser um instrumento de dominação. Marx não afirmava que D-us não existia, e várias vezes referiu D-us nas cartas que enviara a Engels. Portanto o Ateísmo e o Antissemitismo de Marx são mentiras ideológicas, falsas interpretações criadas tanto à Esquerda como à Direita, e visam desde o inicio distorcer o núcleo do pensamento filosófico de Karl Marx sobre a evolução da sociedade.

 Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades e frequenta o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Sociais Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007.

sábado, 11 de novembro de 2017

Krystallnacht - A Noite de Cristal


Foi na noite de 9 para 10 de novembro de 1938, que Hadolf Hitler e o ministro da propaganda do III Reich, Goebbels, davam vazão ao ódio ideológico do regime Nazista, como reação ao atentado em Paris que vitimou o diplomata alemão Ernst Von Rath, assassinado por um jovem judeu de nacionalidade polaca, cujo nome era Herschel Grynszpan, iniciando assim, uma nova e violenta fase do antissemitismo com a Noite de Cristal, também chamada de Noite dos Cristais Estilhaçados, devido aos cacos de vidro que se estenderam pelas ruas de toda a Alemanha, em alemão diz-se Krystallnacht, ocorrência que ultrapassou as fronteiras da Alemanha, abrangendo todos os territórios de língua germânica, tendo sido o maior dos Pogroms da era contemporânea, com a participação de militares e civis, com humilhação, depredação, saques, incêndios de lugares sagrados e atos de extrema violência contra os judeus, com violações, espancamentos de pessoas desarmadas e sem defesa, devido a isso terão havido nessa noite perto de 180 mortes. foi a noite mais tenebrosa e longa de todas as noites da civilização europeia. Foi a noite mais tenebrosa e longa de todas as noites da civilização europeia.
Naquela noite foram destruídas mais de 1.000 sinagogas, milhares de livros sagrados foram queimados, foram saqueadas e destruídas cerca de 7500 lojas, hospitais, escolas e residências de  judeus, que foram demolidas ou incendiadas; no dia seguinte mais de 30.000 judeus foram deportados tendo perdido a nacionalidade alemã e tratados como estrangeiros, por terem origem polaca, outros foram assim feitos cativos em campos de concentração.


No mundo inteiro a notícias fazia espantar incrédulos todos os que ouviam ou liam as noticias, aquela noite fora uma das maiores vergonhas para toda a civilização ocidental e europeia que maioritariamente se dizia cristã.
Tudo isto ocorreu precisamente em apenas 48 horas, tempo suficiente para destruir milhares de vidas e manchar a história de um país. Hoje o antissemitismo está a regressar com força ao continente europeu, nomeadamente por fanatismos políticos de extrema-direita e por atos terroristas de fanáticos muçulmanos, todavia hoje há a liberdade e a democracia, mas também os recursos necessários para lutar contra todo e qualquer fanatismo religioso e político, é nosso dever impedir que os extremismos voltem a dominar a nossa cultura e sociedade.



Autor: Filipe de Freitas Leal



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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Al Jazeera - Dois Pesos e Duas Medidas



Primeiramente a Arábia Saudita, o Egito, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein condenaram o Canal de TV Aljazeera, por incitar a violência. O mundo aplaudiu por ser um ato em prol da paz.

Seguiu-se Israel, que condenou a atitude tendenciosa e o incitamento à violência por parte da Aljazeera, tendo o governo retirando as credenciais aos jornalistas desse canal. O mundo em uníssono condenou Israel por ato antidemocrático e contrário à liberdade de expressão.

O que se passa aqui? Que contradição é esta? Claramente há dois pesos e duas medidas. Simplesmente lamentável a atitude tendenciosa de criticar a atitude de Israel que foi semelhante à do mundo árabe.

Simplesmente é importante que se saiba, que não há direitos absolutos, os direitos da liberdade de expressão, terminam quando um direito maior se sobrepõe, o direito à integridade física dos cidadãos, o direito à vida e à paz.

Autor: Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Os Refugiados Judeus do Navio Saint Louis

Foi no ano de 1939, antes do rebentamento da II Guerra Mundial, o Saint Louis, o nome do transatlântico que partira de Hamburgo na Alemanha, e que hasteava a bandeira germânica, mais precisamente a bandeira do III Reich, o navio alemão levava a bordo quase mil passageiros, o capitão Gustav Schoroder, desvia a sua rota, e procura um porto seguro para desembarcar os passageiros. Porquê, porque 937 dos passageiros eram judeus, dos quais 158 eram crianças, e cujas vidas estavam condenadas na Alemanha Nazista.
O Primeiro destino que o St. Louis teve foi Havana, capital de Cuba, e foi lá que o Capitão tentou encontrar refugio para os passageiros, no entanto o regime cubano de então rejeitou dar asilo aos refugiados judeus, por ter havido alterações legais no país que impediam o desembarque de pessoas que pretendiam salvar as suas vidas e as vidas de seus filhos, pois encontravam-se em perigo na Alemanha, muitos já tinham mesmo sido vitimas de ameaças e até mesmo de perseguições.
A recusa de cuba, leva o capitão a rumar para a Florida, onde esperava encontrar uma atitude mais compreensiva e até solidária do que em Havana, contudo testemunhos da época de alguns passageiros, relatam que não se chegou a tentar entrar nos Estados Unidos da América, porque o navio St. Louis, teria sido impedido pela marinha estadunidense de continuar a sua marcha, como foram disparados tiros de advertência para se afastarem das águas territoriais estadunidenses.
O desespero de homens, mulheres e criança é grande dentro do St. Louis, a agonizante situação de incerteza, pelo que após ter sido rejeitada a entrada em Cuba, Estados Unidos e até no Canadá, o navio volta à Europa, após negociações dos Estados Unidos com países europeus para que aceitassem receber os refugiados judeus, o Navio dirigiu-se assim para o porto de Antuérpia e onde foram acolhidos a muito custo, pelo governo britânico 288, os restantes 619 refugiados judeus, foram distribuídos por França, Bélgia e Holanda, assim os judeus sentiram-se a salvo do Regime Nazista.
Esse asilo dourado e saboroso da sobrevivência dos refugiados e exilados judeus alemães, foi uma solução que se revelou uma falácia. Em setembro daquele mesmo ano de 1939, rebenta a guerra, a Alemanha invade a Polónia, e despoleta-se assim o complexa rede de alianças politicas e militares, Hitler invade a Holanda a Bélgica e a França em 1940, dos refugiados do St. Louis, 254 morreram em campos de concentração, a maioria em Auschwitz.
Os refugiados não são uma novidade, mas a realidade do sofrimento dos refugiados é perene, persistente e cheia de injustiças, caso estes refugiados tivessem sido aceites, não se teria perdido nem uma vida, a recusa equivaleu a uma condenação à morte e assim continua nos dias de hoje, o preconceito e o ódio xenófobo, racista e antissemita são condenações à morte de todos os que uma dada sociedade não aceita.





Referências:
www.holocaustonline.org
www.cibercuba.com/cuba-lecturas


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

O Reacendimento do Antissemitismo na Europa

Helle Thorning-schmidt depoisitando flores na sinagoga

Copenhaga viveu um fim de semana de terror, visto ter havido ataques terroristas num Centro Cultural da capital dinamarquesa, onde se encontrava o embaixador de França, e um famoso cartoonista sueco, perseguido por uma fátua,(sentencia da pena capital, proferida por um imã) por ter desenhado o profeta Maomé como sendo um cão.

Este foi o primeiro atentado de ontem, tendo feito uma vitima mortal e três policias feridos.

Segui-se o terror com o atentado ainda na capital a uma sinagoga, por volta das 2h00 da madrugada, da qual uma pessoa perdeu a vida e duas ficaram feridas, e cinco policias ficaram feridos. Não é claro que ambos os ataques estejam ligados entre si, ma tudo indica que no primeiro há claramente um cariz de fundamentalismo islâmico, e no segundo atentado um claro objetivo antissemita. O autor dos atentados foi abatido, e estão-se a proceder a investigações sobre a natureza e o móbil deste atentado.

O que mais há a lamentar é que a médio prazo, a maior vitima destes atentados todos, seja a tolerância, mesmo que o objetivo dos ataque seja em primeira análise contra a opinião pública ou a comunidade de confissão judaica, o objetivo é claramente a de criar um estado de medo e convidando-nos para lutar no campo que só os fundamentalistas conhecem: a vingança e o ódio, e isso não poderá ser feito, há que manter a união dos povos de uma Europa pluricultural.

A Primeira-Ministra dinamarquesa Helle Thorning-schmidt, afirmou "faremos de tudo para proteger a comunidade judaica do nosso país", 

Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 17 de agosto de 2014

Antissemitismo em Jornal Português


Foi deveras, um dos mais polémicos e infelizes cartoons / charges que o jornal português DN 'Diário de Notícias' publicou a 1 de agosto, tendo inclusive suscitado a indignação e protestos da Embaixadora de Israel Tzipora Rimon, e do Presidente da CIL Comunidade Israelita de Lisboa José Carp.

Do meu ponto de vista, trada-se de um desenho de extremo mau gosto, e injusto na medida em que  tenta comparar com igual, o Holocausto sofrido pelos judeus, ao combate contra o terrorismo que Israel trava em Gaza.

O desenho da autoria de André Carrilho, intitulado "Evolução das Espécies", denota não só ignorância dos factos históricos e das circunstâncias do tempo do III Reich, bem como desconhecimento total da realidade politica que se vive no médio oriente. Levando-nos a crer que o desenho possa ter sido intencional e com um propositado sentido antissemita.

E se não há antissemitism em Portugal, eu gostaria que me dissessem e me explicassem, porque infelizmente não sou omnisciente e nem génio para saber tudo nem tenho a pretensão de ser o dono da verdade, mas tenho a ambição de ser um buscador incansável do conhecimento e da verdade, tal como ela deve ser conhecida, com espírito crítico e humilidade.

Por favor, digam-me então o que vem a ser isto?!?.

Este artigo respeita as normas do Novo Acordo Ortográfico

Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

 
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