A atual presidente do Brasil Dilma Rousseff foi
reeleita dia 26 de outubro, numa disputa acirrada e uma eleição
considerada difícil, apoiada por uma coligação de partidos que vão da
extrema esquerda ao Centro-Direita, e num clima de campanha que primou pela
acusação e difamação, envolvendo até mesmo processos judiciais à imprensa por
notícias que saíram a público sobre a corrupção na Petrobrás.
Não obstante nada disso demoveu um eleitorado fortemente identificado com o PT Partido dos Trabalhadores, foi esse eleitorado que deu o segundo mandato à presidente Dilma, e um quarto mandato consecutivo do PT no poder, que completará 16 anos, no fim deste novo mandato agora sufragado.
À democracia impera que se siga em frente, com respeito pela decisão que emana
do pleito desejando o melhor para o país. Aécio Neves (de centro-esquerda)
cumpriu com dignidade a sua missão, fazendo nascer um movimento de renovação
num Brasil que acorda para a cidadania ativa, pluralista e democrática.
No entanto há questões que têm de ser analisadas
nesta eleição, em primeiro lugar a qualidade da disputa eleitoral, que atingiu
níveis nunca antes vistos, em segundo, a saúde económica de um país que tem a possibilidade de ser uma potencia económica, mas está a ter piores resultados económicos
que os seus vizinhos sul-americanos, no que toca
ao índice de inflação, desemprego, juros altos, e urge pois
rever a politica económica que tem sido o "Calcanhar de Aquiles" de Dilma
Rousseff. Por último é preciso rever também o Estado do regime democrático, no
que toca à alternância de poder, que não tendo sido feita agora e que sendo
condição 'sine qua non' para
a plenitude democrática e o bom funcionamento das instituições políticas,
prorroga para os próximos quatro anos para ver se se cumpre ou não, pois só
pela alternância se pode evitar os piores vícios do poder, combater a
corrupção, o clientelismo e manter viva a chama da cidadania na construção de
um país desenvolvido.
Por Filipe de Freitas Leal
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