Não tecerei um
único fio de critica,
À perfeição dos teus versos ó poetisa,
Vive-se e sente-se poesia,
À perfeição dos teus versos ó poetisa,
Vive-se e sente-se poesia,
Ó lírica Alma que em folhas brancas vive e versa,
Os mais luminosos
sonhos que sonhaste,
E saem de ti, sons de
outro canto que cantaste.
Vives só, como se fosses eterna poesia,
Fazendo de
ti própria, a arte que és deveras,
Fazendo da tua
noite iluminada o nosso dia.
Sentes e vives na
carne a matéria-prima,
De se escrever com
primazia e excelência,
Tudo o que a alma
vive e na boca rima,
Das nossas sinas,
recitadas com eloquência.
Da doçura do
lirismo que os teu lábios cantam,
À amargura viva das
dores que se versam.
Teus versos são tua
voz, que nos canta e fala,
E são silêncios do
teu olhar, devolvidos em poesia,
E são gritos de força, pelo amor que no beijo a boca cala.
(Poema em homenagem a Florbela Espanca, a poetisa das poetisas, que melhor
versou sobre a alma humana)
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