domingo, 13 de setembro de 2020

Espanhol ou Castelhano, qual o certo?


Quando se inicia o estudo do idioma espanhol, deparamo-nos com um certo conflito de alguns professores que fazem acepção dos termos espanhol e castelhano, como se de duas línguas diferentes se tratasse.

Tendo em conta que o que hoje se denomina espanhol, é o idioma falado no antigo Reino de Castela, que após a conquista militar de outros territórios, impôs a sua língua, por forma a criar uma unidade nacional linguística, o que é obviamente legítimo, devido a essa política, os castelhanos dominantes, rebatizaram o seu próprio idioma de “Espanhol”, cujo significado ideológico desse ato, representava desde então, que passava a ser aquela, e não outra, a língua de toda a Espanha, contrapondo os outros idiomas que passam a ser tidos meramente como línguas regionais, tais como o Galego, Basco e o Catalão.

Portanto, quando tentamos distinguir o espanhol do castelhano, estamos a cometer um grande equivoco, porque ambos os termos são a mesma língua, tanto é assim que alguns países sul americanos, utilizam o termo castelhano como o Peru, Bolívia, Venezuela, Chile, Argentina, Paraguai e El Salvador, e outros como a Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Uruguai, entre outros optaram pelo termo espanhol; em Espanha, ambos os termos são adotados pelos seus cidadãos, sendo mais utilizado o termo castelhano na Galiza e na Catalunha, por razões óbvias.

Para fecharmos o tema, nada melhor do que irmos buscar à própria constituição espanhola, que refere no Artigo 3º. Que o castelhano é a língua oficial do Estado, língua que todos os espanhóis têm o dever de conhece-la e o direito de usa-la.



Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Trabalhou como Técnico de Serviço Social numa ONG vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e ao apoio de famílias em vulnerabilidade social, é Blogger desde 2007 e escritor desde 2015, tem livros publicados da poesia à política, passando pelo Serviço Social.

Os Nomes das Letras Latinas

O Alfabeto Latino foi criado pelos romanos no século VI AEC (Antes da Era Comum) a partir do alfabeto etrusco, e este por sua vez deriva do alfabeto grego, todavia os nomes das letras foram definidos mais tarde, apenas no século II AEC pelo erudito e gramático romano de nome Tulius Varro.
É importante frisarmos que algumas letras não existiam na altura, tal como a letra J sendo usado apenas o I e uma outra letra, que existia o som mas não tinha ainda formato era a letra U, no seu lugar era utilizado com a forma gráfica de V, inicialmente as letras eram também apenas maiúsculas, só séculos mais tarde é que se estabeleceu o actual alfabeto romano de forma permanente com letras maiúsculas e minúsculas sem alterar os nomes das letras baptizadas por Tullius Varro.
Abaixo temos o quadro com o nome que cada letra latina tem. Todavia, convém não confundirmos o nome das letras com o seu som vocálico; dentre elas há uma letra que nem sequer tem som, é o 'H', cujas palavras iniciadas têm o som inicial de A, O, ou U, consoante a segunda letra, como habitar, hábito, hoje, hora, humano, húmido, hotel, há ainda outras sete letras, cujo som inicial do respectivo nome assemelha-se ao som de 'é', são o E, o F, L, M, N, R e o S, tal como na tabela abaixo.

Letra
Nome
Exemplo
A
a
Á
Água
B
b
Berço
C
c
Cedo
D
d
Dedo
E
e
É
Eco
F
f
Éfe
Face, (Efectivo)
G
g
Gente
H
h
Agá
Sem som (Haver, Herói, Hino, Hoje)
I
i
I
Iluminar
J
j
Jóta
Jovem
K
k
Kapa
Karma e em palavras de origem estrangeira
L
l
Éle
Ler - (Elite)
M
m
Éme
Mãe - (Emérito)
N
n
Éne
Nadar - (Energia)
O
o
Ó
Ódio - Óptimo
P
p
Peso
Q
q
Quê
Queijo
R
r
Érre
Rei - (Erróneo)
S
s
Ésse
Sábio - (Essénio)
T
t
Ter
U
u
U
Uva
V
v
Ver
W
w
Dabliu
Apenas para palavras de origem estrangeira
X
x
Xis
Xisto
Y
y
Ípsilon
Apenas para palavras de origem estrangeira
Z
z
Zelo

Se preferir pode ouvir o artigo.

Referências de consulta:
Ciberdúvidas - Sobre o nome das letras
Omelete Linguística - O Nome das Letras vem do Latim
Letratura - http://letratura.blogspot.pt


Autor: Filipe de Freitas Leal
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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

10 Conselhos para Manter a Saúde Mental


Já diz a célebre frase latina, do tempo do Império Romano, “Mens sana in corpore sano” ou seja, mente sã em corpo são, por outras palavras é o modo de manter a mente sã para ter também uma óptima saúde física, e ao que parece é bem verdade. De facto, ter uma mente sã é uma necessidade cada vez mais premente nos dias actuais, as desordens mentais, entendidas como problemas psíquicos, advém do modo de vida a que somos submetidos ao longo do tempo, mas apesar da azafama da vida moderna, e do stress em tempos de pandemia, manter a mente sã não é nada impossível, ora vejamos abaixo alguns conselhos.
1 - Criar hábitos
A Rotina mói, mas sem ela, não conseguiríamos organizar o nosso tempo, e desfrutar do gozo de ter um dia bem-sucedido, o que significa que uma dose certa de rotina na nossa vida é também importante e até necessária, organize o dia na véspera, registe horas e agende tarefas para que se criem novos hábitos.
2 - Manter o pensamento positivo
Manter pensamentos positivos é um dos mecanismos mais importantes que temos ao nosso alcance, a mente quer ser alimentada com pensamentos construtivos e positivos, ainda que tenhamos um grande problema, o desespero por si só não resolve, aliás só piora, daí a importância de se pensar de forma positiva, que permite encontrar uma solução com a calma e o raciocínio necessários, no restante, é pensar positivamente na vida em si, a vida flui e pensar positivamente faz com que flua a nosso favor, para tal, rodeie-se de pessoas positivas e desfrute momentos prazerosos, ao ler livros agradáveis, filmes divertidos e faça também uma revisão de cada dia que passou, onde deverá anotar apenas os aspectos positivos do dia, pode fazer também uma lista do que conseguiu conquistar e evoluir no ultimo ano, se quiser pode alargar o tempo, e verá que há muitas conquistas a celebrar, veja-se como uma pessoa vitoriosa.
3 - Adaptar-se às mudanças
O mundo está em constante mudança, nós mesmos ao longo dos anos estamos diferentes, mais maduros, com outra química, e isso tem que ser visto com naturalidade e de forma positiva. Adaptação ao meio, impões conhecer e respeitar a cultura vigente, não significa que você terá que ser igual, mas que está capaz de aceitar e respeitar a mentalidade em voga; actualize-se em relação às novas tecnologias para manter-se em contacto.
4 - Alimentação saudável
A ligação que há entre o corpo e a mente, é mutua, se por um lado o pensamento positivo e a mente sã, ajudam-nos a manter o corpo saudável, o contrário também é bem verdade, daí a importância de uma dieta equilibrada, que deverá fazer para manter o seu peso ideal, mas também a sua mente desperta e activa. Procure informar-se de quais são os alimentos adequados à sua dieta e os que mais beneficiam a actividade cerebral, após isso faça uma lista e siga-a rigorosamente, este é um dos hábitos a criar, caso ainda não o tenha.
5 - Exercícios físicos e caminhadas
Mais uma vez, o corpo a potenciar uma mente sã, aqui através dos exercícios físicos, que poderá fazer em casa, ou num ginásio, todavia também poderá fazer num parque ou ainda complementar com caminhadas por lugares agradáveis aos fins de semana, ou durante alguns dias da semana em horas vagas. Os exercícios tonificam os músculos, aumentam a auto-estima e ajudam-nos a queimar calorias, mantendo o peso ideal, além disso, os exercícios auxiliam a oxigenação do cérebro, sobretudo os aeróbicos, ou as caminhadas e andar de bicicleta, mesmo que bicicleta estática em casa. Além disso os exercícios físicos que ajudam a oxigenar o cérebro ajudam a evitar em 50% o aparecimento de doenças cognitivas ou degenerativas como o Alzheimer.
6 - Ouvir música clássica
Ouvir música clássica é muito prazeroso, produz uma sensação de bem-estar e relaxamento, (para quem tem o hábito) mas ainda assim, para quem não tem o habito ou o gosto pela música clássica, é altura de pensar sobre isso, pois estudos científicos realizados em 2015 pela Universidade de Helsínquia, revelaram que a Música Clássica activa os genes envolvidos na sinapse, na aprendizagem, na memória e na produção de dopamina, e contribui para evitar o aparecimento de doenças degenerativas, ou seja é um ganho muito importante a nível mental e um acumulo de saúde. A música clássica é oriunda da Europa, mas não é por acaso que se popularizou a nível mundial e hoje é escutada e até 'cultivada' em todas as culturas ao redor do mundo.
7 - Hábitos de leitura
A leitura é um dos exercícios que mais beneficia a capacidade de raciocínio e mantém o cérebro activo, estimula a criatividade, desenvolve o senso critico, e permite ainda desenvolver a empatia, ou seja, é como fazermos ginástica, ler e reflectir no que se lê é uma actividade prazerosa e que garante-nos um grau de longevidade da nossa saúde mental. Faça uma lista do que gostaria de ler, mantenha sempre o foco em leituras que sejam agradáveis e positivas, para quem não tem o habito de ler todos os dias, eis mais uma oportunidade para um novo hábito.
8 - Aprender Línguas
Tal como a leitura, a aprendizagem de um novo idioma, é um exercício muito bom para manter a mente sã, é uma verdadeira ginástica para o cérebro, nos tempos actuais, e com o desenvolvimento tecnológico, aprender um idioma sozinho a partir de casa em frente ao computador é algo mais comum, cada vez mais, ouvimos falar de pessoa que após os 40 e 50 anos dedicam-se a estudar idiomas, alguns até mesmo depois de reformados ou aposentados, e porquê? Porque sentem-se bem, a conquista de aprender uma nova língua, gera um grau de satisfação imenso, óptimo para aumentar a auto-estima, mas também geram ainda mais, o aguçar da curiosidade de aprender mais e mais, os benefícios da aprendizagem de idiomas, estão focados na concentração, melhora ou mantém vivas as capacidades congénitas, evitando a senilidade, ajudam nas funções de linguagem, raciocínio e comunicação.
9 - Amizades e convívios
Manter as amizades e conviver é excelente, sobretudo, quando temos conteúdo para partilhar, os livros que lemos, as viagens que fizemos, as coisas novas que aprendemos, etc. O convívio e a manutenção das amizades são importantes para a nossa saúde mental, porque somos animais sociais, animais de convívio, não fomos feitos para estar sós, mas antes para sentirmo-nos úteis dentro de uma comunidade, e as amizades servem para manter esses laços humanos que nos são tão caros, sentir que temos alguém que nos escuta, sabermos ser também o ombro amigo de alguém é o que dá sentido à vida, mas para além do apoio em momentos difíceis, há a partilha dos momentos agradáveis que se passam juntos. Os momentos de convívio com amigos e familiares dão uma sensação de conforto e pertença e de segurança que são muito importantes para a psique.
10 - Ter um sono satisfatório
Depois de tudo, resta falar ainda, do descanso, que é importantíssimo para o nosso cérebro, é o sono, o descanso, não apenas do corpo, mas também, e sobretudo do cérebro.
Algumas pessoas, acordam com a sensação de que estão cansadas, como se não dormissem, isso revela que tiveram um mau sono, ou seja, o cérebro não descansou, e isso afeta enormemente a saúde e até o resultado das actividades do dia, parece que as coisas não correm bem, isto porque dormir pouco afecta o cérebro da mesma forma que o álcool; por outro lado, quando dormimos o suficiente (que varia de pessoa para pessoa) sentimos o corpo descansado, e a mente arejada para um novo dia, que a principio, nos correrá bem.
Por isso, é aconselhável manter o controle das horas dormidas, manter o hábito de horas certas para se deitar, e levantar, e não apenas porque tem que trabalhar no dia seguinte, mas que deverá ser um habito a manter, tanto para a saúde mental, como física, e verá os benefícios do descanso no bom funcionamento do seu cérebro, como a memória, o raciocínio e até mesmo do bom funcionamento do metabolismo.

Autor Filipe de Freitas Leal

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Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Trabalhou como Técnico de Serviço Social numa ONG vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e ao apoio de famílias em vulnerabilidade social, é Blogger desde 2007 e escritor desde 2015, tem livros publicados da poesia à política, passando pelo Serviço Social.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O Que São as NUTS?

NUTS é um acrónimo de Nomenclatura de Unidades Territoriais para fins Estatísticos, é um modelo de divisão territorial para fins estatísticos da União Europeia, que foi criado em 1970 pela então CEE Comunidade Económica Europeia para fins estatísticos e para a atribuição de subsídios para o desenvolvimento das regiões dos países membros da Europa comunitária.
Na maioria dos países essa divisão é feita aproveitando a divisão existente em  Províncias, Estados, Regiões Administrativas, no caso de Portugal havia os distritos que só têm finalidade eleitoral, tendo sido criada uma nova divisão territorial para os diferentes níveis de NUTS (I, II e III).

NUTS Por níveis 

A Nomenclatura de  Unidades Territoriais divide-se em três níveis, o primeiro NUTS I é composta por três unidades, por Portugal Continental e as regiões autónomas dos Açores e da Madeira; a NUTS II, é composta por 7 regiões, sendo 5 no Continente, Norte, Centro, Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve e mais as duas Regiões autónomas dos Açores e Madeira; Por fim, a NUTS III, é composta por 25 unidades territoriais, das quais 23 no Continente e as duas regiões autónomas já citadas acima.

UAL Unidades Administrativas Locais 

Além dos três níveis de NUTS há a divisão do poder local, denominada das Unidades Administrativas Locais, a UAL I é composta por 308 municípios, a UAL II, é a subdivisão dos municípios em Freguesias, sendo o total de 3091 unidades.


Autor Filipe de Freitas Leal


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Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Trabalhou como Técnico de Serviço Social numa ONG vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e ao apoio de famílias em vulnerabilidade social, é Blogger desde 2007 e escritor desde 2015, tem livros publicados da poesia à política, passando pelo Serviço Social.

sábado, 15 de agosto de 2020

Crise Demográfica - O Problema Europeu


A ascensão dos partidos de Extrema-direita na Europa e de sentimentos de xenofobia e racismo, têm vindo a recrudescer no seio da União Europeia, através de choque e confronto de culturas entre população autóctone e imigrante. Mas por outro lado, estão a ofuscar o verdadeiro problema que está por trás disso, a crise demográfica verificada com a queda de natalidade e as consequências que terá para o futuro da Europa.
Num estudo publicado pela Pordata, e realizado pela União Europeia, sobre o índice de fecundidade, efetuado entre os 27 Estados membros da UE, Portugal ficou em 20.ª posição com 1,4 filhos por mulher e a Alemanha em 13.ª com 1,6 filhos por mulher, esta queda de natalidade vem acentuando de forma acelerada o declínio da população, pela incapacidade de reposição da população autóctone. A Taxa de reposição populacional teria que ser no mínimo de 2,2 filhos por mulher, todavia, nenhum país da Europa tem este índice.
Os países que se encontram nos últimos lugares são Chipre, Itália, Espanha e Malta com 1,3 filhos por mulher. Ou seja, a incapacidade de a Europa repor a sua população autóctone é negativa, pelo que os Estados membros recorrem à Imigração de mão-de-obra estrangeira para poder repor o índice populacional e manter a dimensão da economia e a capacidade de consumo no mercado interno.
Os estudos Demográficos juntamente com estudos sociológicos, ajudam-nos a obter respostas para podermos compreender aspetos importantes na alteração da cultura e dos valores, bem como das relações sociais que surgem entre a população autóctone e a população imigrante, fazendo surgir mais questões, como:
1 - "Será que haverá uma simbiose de culturas, ou manter-se-ão separadas num "Melting Pot" típico de uma sociedade multicultural e multiétnica?
2 - "A cultura tradicional dos povos europeus conseguirá ceder lugar às tradições trazidas pelos imigrantes?
3 - "Visto que há uma séria crise demográfica denominada por "Envelhecimento Populacional", verificada no Topo da pirâmide pela longevidade da população adulta, e na  Base, pela redução da natalidade, resta saber quais as consequências para os Estados europeus devido ao declínio da sua população"?


Autor Filipe de Freitas Leal

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Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Trabalhou como Técnico de Serviço Social numa ONG vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e ao apoio de famílias em vulnerabilidade social, é Blogger desde 2007 e escritor desde 2015, tem livros publicados da poesia à política, passando pelo Serviço Social.

 
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