segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A Época da Comunicação Sem Diálogo

Apesar da utilidade dos Smartphones, o seu uso exagerado, é cada vez mais comum, inclusive cada vez mais torna-se um habito às refeições, as pessoas ficarem ligadas aos telemóveis (celulares) a trocar mensagens, a ver posts nas redes sociais, e assim cada vez menos ficam ligadas a quem está presente à sua frente para para conversar, ouvir o que o outro tem a dizer.

O hábito generalizado a nível global, suscitou preocupação de vários sociólogos e também lideres religiosos, entre eles o Papa Francisco, com a sua exortação contra o uso da Televisão e dos telemóveis durante as refeições, como forma de promover o diálogo e os laços fraternais e familiares.

Tem-se vindo a observar na comunidade cientifica, nomeadamente por médicos e psicólogos, uma crescente preocupação com este fenómeno, vindo a advertir os utilizadores para os efeitos nocivos de um hábito com sinais de uma verdadeira patologia social e psíquica, com efeitos nefastos na alimentação e regulação do sono, bem como dos problemas de saúde que podem surgir.

O problema como relata a revista Época (Brasil) é que o vicio, começa de pequenino, na Televisão por cabo, nos video-jogos, e na internet, passando ao telemóvel (celular) já com tendência para a adição, pelo que os bons hábitos sociais herdados são completamente destruídos.

Posto isto, sinto-me cada vez mais estranho num mundo que se afasta das pessoas e liga-se à máquina, a nova religião, o novo D-us, que  parece ter todos os santos remédios, para todas as malditas maleitas. Ou no fundo uma grande falácia, de um tempo novo em que a Filosofia, a religião e as tradições com todo o humanismo que possam ter, foram literalmente deitadas fora para a lata do lixo, por uma mera cultura de massas, que claramente desumaniza.

Por outras palavras, há a inversão da função dos meios de comunicação, que em vez de aproximar as pessoas e convida-las ao diálogo, vicia-as, e fa-las agastarem-se do seu semelhante, assim e para ilustrar deixo aqui uma celebre frase, "É o sábado feito para o homem ou o homem feito para o sábado?", talvez muitos hoje, terão já esquecido quem a proferiu.

Autor Filipe de Freitas Leal




Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 29 de novembro de 2015

Cartoon # 25 - Coligação Anti-ISIS

Um cartoon que descreve  das alianças estratégicas e a geopolítica que nela subjaz, revelando o emaranhado e complicado fenómeno que é a Guerra Civil da Síria e o Estado Islâmico.

A autoria do Cartoon é do estadunidense Pat Bagley editado pelo jornal The Salt Lake Tribune, no Estado do Utah, EUA.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 28 de novembro de 2015

Cartoon # 24 - Cavaco, o Espantalho da República

Um dos últimos trabalhos do Cartoonista português António, ou mais precisamente António Moreira Antunes, cujos cartoons são publicados no semanário Expresso, aqui uma sátira à natureza da politica presidencial de Cavaco Silva.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A Primeira Mulher Negra como Ministra em Portugal

Fez-se história em Portugal, se por um lado, António Costa é o primeiro governante não branco, de origem indiana em toda a Europa, Francisca Van Dunem, reforça a história, sendo a primeira mulher negra a entrar para o governo português, após ter sido indicada como Ministra da Justiça do XXI Governo, da II República Portuguesa, passados 41 anos após a instauração da democracia, e do fim do colonialismo português em África.

Francisca Van Dunem (60 anos), de ascendência angolana, nasceu em Angola, na cidade de Luanda, naturalizada portuguesa, é procuradora há mais de 30 anos, e muito conceituada pelo seus pares, pelo profissionalismo, pela honestidade e o modo afável como lida com as pessoas.

Portugal e a democracia portuguesa estão hoje de parabéns. Não é todos os dias que se faz história.

Autor Filipe de Freitas Leal



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

António Costa - O Obama Português

Decorridos que estão, um mês após o ato eleitoral, que deu uma vitória tímida ao governo de Passos Coelho, e um resultado inconclusivo, que fez essa vitória tornar-se numa grande derrota no Parlamento, tendo gerado uma crise política inédita no Parlamentarismo português, resolveu-se o impasse com a nomeação de António Costa, o líder socialista de origem goesa, que agregou uma grande aliança à esquerda, uma aliança com o PS Partido Socialista, BE Bloco de Esquerda, PCP Partido Comunista Português e o PEV Partido Ecologista "Os Verdes", tendo quebrado até agora todos os tabus que existiam na politica portuguesa após o 25 de abril de 1974.

O maior feito é o de ser considerado o Obama português, visto que é pela primeira vez que um país europeu tem um governante não branco, espera-se agora que o parlamentarismo funcione, e que a sociedade portuguesa, esteja definitivamente esclarecida, que no sistema político do seu país, os chefes de governo não são eleitos mas sim nomeados.

Os meses que se seguem não serão fáceis para António Costa e o governo socialista, com apoio parlamentar da esquerda (bloquistas, comunistas e ecologistas) sobretudo devido à antipatia que o Presidente Cavaco Silva nutre pela esquerda, e teima em não disfarçar essa mesma antipatia, pelo que usará provavelmente o seu poder de veto no que for aprovado no parlamento que não seja da sua vontade.

Lembremo-nos que em Portugal, o Presidente da República faz as vezes do Senado, visto o parlamento português ser unicameral.

Autor Filipe de Freitas Leal




Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Cavaco Silva - Um Presidente Sem Alma

Cavaco Silva, é de todos os Presidentes da República que Portugal teve, o mais só e o mais mal amado, sai da Presidência com o mais baixo índice de popularidade que um político pode ter; Mas isso não é por acaso, é sim, fruto da sua ação à frente dos destinos do país e fruto das consequências das políticas que impôs com veemência aos portugueses durante os 10 anos, que esteve à frente do governo como primeiro ministro, e agora os 10 anos que Presidiu a República, de modo que é como se não tivesse qualidades a serem salientadas.

Mas como descrever um homem sem qualidades? Sendo que pode-se descrever uma pessoa pela alma que carrega, pela aura que emana dela, ou por outras palavras, pelo seu carisma. Ora neste sentido, é difícil ver-se algum carisma, nem na imprensa se encontra facilmente relatos de qualidades em Cavaco Silva, apenas se pode vislumbrar no horizonte da sua história política, o conservadorismo político, o pragmatismo ultra-liberal enquanto primeiro ministro, e o facciosismo político enquanto Presidente, contudo há algo que se pode acrescentar, que no fim amargo da sua presidência mereceu a derrota política da direita, que fez com que mostrasse aos portugueses que Cavaco agiu por espírito de matilha e com laivos de vingança em adiar uma solução governativa ao país, pareceu ser arrogante à opinião publica,  as exigências que Cavaco fez a António Costa face ao acordo de esquerda, pelo que se presume que foi a contra gosto que Cavaco nomeou António Costa para um governo de esquerda.

Claramente foi parcial, em dar posse a Passos Coelho, sendo que no parlamentarismo o governo emana de uma maioria no Parlamento, e o cargo de chefe de governo não é um cargo de eleição, mas sim de nomeação.

Mais grave, e a saber que o país tinha urgência numa solução governativa, adia as decisões, e viaja à Ilha da Madeira, numa visita totalmente sem urgência, quando regressa, substitui o Concelho de Estado por uma longa audição de figuras consideradas públicas, que substituam assim a voz dos eleitores nas urnas no dia 4 de outubro.

Espera-se que os próximos inquilinos do Palácio de Belém, sejam merecedores da História a que irão pertencer, porque este que sai, não o foi de todo. 

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Pensamento - 45 - Tornar-se Humano

"É pelo sorriso que nos tornamos pessoas iguais, e é pela felicidade que proporcionamos ao outro, que nos tornamos verdadeiramente humanos".

In twitter, 24/11/2015

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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