terça-feira, 1 de setembro de 2015

Poema # 05 - Oração de Um Ser Humano

Senhor:
Perdoa-me,
Por não ter sido um instrumento da Tua Paz.

Onde houve o Ódio, eu não levei o Amor,
Onde houve a Ofensa, eu não levei o Perdão.
Onde houve a Discórdia, eu não levei a União.
Onde houveram Dúvidas, eu não levei a Fé.
Onde houve Erros, eu não levei a Verdade.
Onde houve Desespero, eu não levei a Esperança.
Onde houve Tristeza, eu não soube levar a Alegria.
Onde reinaram as Trevas, eu não soube levar a Luz!

Por vezes procurei mais:
Ser consolado que consolar;
Ser compreendido, que compreender;
Ser amado em vez de amar,
Deixando de ser quem devia ou poderia ter sido.

Pois se é dando, que se recebe,
Esqueci de doar-me a quem mais precisava.
Se é perdoando, que se é perdoado,
Guardei rancores, magoei pessoas, fechei portas.
Se é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Só vivi para o Mundo em vez das pessoas.
Que o amanhã seja diferente,
Talvez um recomeço, mais humilde.
Que amanhã eu possa fazer a Tua vontade,
Aceitando os sacrifícios do caminho.
Que num amanhã, perto ou distante,

Eu renasça.

27/05/2012


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 04 - O Caminho, no abril que chega.

O caminho faz-se no caminhar, contínuo.
Ainda que na solidão tardia... que me acompanha.
A porta aberta deve ser transposta... sem medo.
Mais que esperar acontecer... Agir.
Deve-se ir a caminho e palmilhar, no chão.
A via que nos espera, a via que se busca,
Na ânsia.

E por fim transformar invernos em primaveras,
Na mudança.
Em flores de abril que chega,
Serenamente.
Mais forte que a minha vontade é o meu destino,
Seja qual for.

Que o que tiver de ser, será,
Certamente.
Mesmo que não queira, partir ou chegar,
Acontecerá.
Até um dia, em que não estarei mais cá,
Saberei que não vou esquecer.

12/03/2012.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 03 - Fé e Luz

Numa folha de papel em branco,
Com mão firme e a caneta em punho,
Escrevo um sentimento franco,
Entre rabiscos num rascunho,
Como saudades do futuro,
Ou obscuras certezas da procura.

Relembro os eternos valores,
Reavivo princípios de vida,
Que tão fortes como amores,
Fazem minh'alma não ser perdida,
E com fé vivo a esperança,
De que o Eterno que me dê a confiança.

Luz azul, que um dia me visitou,
De raios áureos, prata em meu olhar,
A Perplexidade me imobilizou.
Tomado de e dulcíssima vontade de orar,
Rogo-te um dom, ó luz celeste,
Faz reavivar a minha fé tão pequenina.

(1986)



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.



Poema # 02 - A Jornada da Vida

De manhã pus-me a pé e caminhei,
Senti o orvalho e a brisa da manhã,
Sofri o calor abrasador do sol do meio-dia,
De novo caminhando, continuei.

Por entre desânimos e cansaços,  
Lágrimas, sorrisos, duvidas e certezas,
A jornada prosseguiu, chegou a tarde,
Já se avista a almejada chegada.

Creio ser mais importante que o começo,
E mais querido que o Destino,
É o Ser e o saber caminhar a jornada da vida,
Suportando as pedras e as quedas,
A fome, a sede, a dor e o cansaço.
No fim sentiremos saudades da partida!...

24/01/2012

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 01 - A Humanidade Tem Sede e Fome

É de sede e de fome
Que é feita a história da humanidade.
Sede de diálogo e fome de paz,
Têm-se levantado trincheiras
Constroem-se novas barreiras,
Mais guerras, mais crises,
Graça o desemprego e a carestia.
Nos corações humanos
Cria-se o culto da violência doentia,
E sede do lucro, vinda da ganância
Da cegueira e da banalidade.

É de trabalho e pão, que a humanidade tem fome,
E é de verdade e de  justiça que tem sede.
Porque quem sofre,
São sempre os indefesos,
Os esquecidos e humilhados
De todas as cores e credos.
A História, essa é contada pelo vencedor.
A seu bel-prazer.

20/08/2011


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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