domingo, 19 de maio de 2013

Poema # 20 - Profundamente


Há algo de profundamente belo,
Em cada alma humana,
Há beleza em todos os rostos,
Sorrisos e olhares.
Há algo tão sublime numa vida
Que nasce e que passa.

E na passagem perdendo a sua pureza,
Reencontra-a na humildade,
Forjada na caminhada da vida,
Em direção ao outro

E no encontro sereno com a finitude.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Os Campos das Políticas de Emprego e Formação


Antes de definir o campo da Política de Emprego e Formação Profissional, é necessário primeiro trabalhar os conceitos de políticas públicas, politicas sociais e por fim a política de emprego.
As Políticas Públicas, são respostas que o Estado pode dar, sendo orientações gerais, face às necessidades sociais, económicas, administrativas, entre outras, através de normas, leis, programas ou por outras palavras, os determinados instrumentos que formam as medidas de intervenção do Estado na resolução ou auxilio dos problemas suscitados.
As medidas, propriamente ditas, podem não se traduzir em programas, mas instrumentos de orientação e determinação do foco das orientações com vista à ação.
Derivam das políticas públicas, as Políticas Sociais, que são as políticas públicas cujo teor responde às necessidade surgidas na sociedade, que visam promover o bem estar social.
As Políticas de Emprego e Formação Profissional, são um conjunto de intervenções que visam diretamente melhorar o funcionamento dos mercados de trabalho, e dessa forma, pretendem alcançar resultados socialmente desejados (Scmid, O'Realy, Schomann 1997:8)
Temos assim que das Políticas Públicas derivam as Políticas Sociais, e desta as respectivas politicas no campo social, como as Políticas de Saúde, de Habitação, da Família, entre outras como as Políticas de Emprego e Formação Profissional, que é o foco deste artigo.
No entanto para adentrarmos no mundo do Trabalho, quer em termos políticos quer em termos de políticas sociais, é necessário trabalharmos o conceito do que é Trabalho e Emprego. O conceito de Trabalho é um conceito antigo, vindo das sociedades coletoras, e implica toda a ação com vista a produzir um bem ou responder a uma necessidade, desse modo tudo o que eu faço, é trabalho, e nesse sentido o trabalho em si, que pode ser remunerado, livre, negociado, formalizado com contrato, ou pelo contrário pode não ser nada disto que aqui falo. Isto é, há uma necessidade de separarmos o trabalho livre e pessoal, realizado pela nossa livre vontade em atividades domésticas e estritamente pessoais, do trabalho produtivo que não é livre e é feito a troco de um rendimento vendendo a força de trabalho a uma outra pessoa ou empresa, ou seja a quem detém o Capital, e este resume-se em bens de produção. Há em contrapartida, trabalho doméstico não remunerado mas produtivo, trabalho voluntário, clandestino e trabalho forçado, (exemplo a escravatura permitida, que outrora era praticada em todo o Mundo).
Do outro lado temos o Emprego, que é um conceito relativamente novo, emergente portanto desde o Séc. XVIII com a Revolução Industrial, em que o trabalhador emprega a sua força de trabalho em troca de uma remuneração, que é Pago, Livre, Negociado (havendo um mercado) e é formalizado (tendo um contrato que abrange direitos e deveres de ambas as partes). O emprego, é também conhecido pelo termo Trabalho Assalariado, há no entanto outras formas atípicas de emprego.
Por outras palavras, a "Política de Emprego, é entendida como um instrumento de garantia do direito de acesso e tem por objetivo a prevenção e resolução dos problemas de emprego, incluindo as melhorias da qualidade do emprego, a promoção do pleno emprego, o combate ao desemprego, (...) e aumentar os níveis de bem-estar da população" Moreira (2000).
As políticas públicas, não são tomadas pelos governantes de forma unilateral, o setor privado da sociedade e da economia é tido obviamente em conta, é o setor privado que mostra ao governo as lacunas do mercado de trabalho e da formação profissional, pelo que as políticas visam responder precisamente às necessidades sentidas no mercado de trabalho, e também à formação profissional, com intuito de combater o desemprego, de aumentar a competitividade dos trabalhadores e da economia como um todo.
Assim, as políticas de emprego, de trabalho e de formação Profissional, fazem parte das Políticas de Trabalho, e dividem-se em dois grupos, as PE Políticas de Emprego, e as PFP Politicas de Formação Profissional.
A decisão não deixa de ser controversa, na medida em que os funcionários, que são na maioria autónomos (os chamados recibos verdes) infelizmente não só não sabem do seu futuro, com poderão ter de enfrentar uma situação de desemprego.
Outrossim, os restantes GIP's que estejam ligados diretamente às Câmaras Municipais, permanecerão operacionais.
Como consequência desta medida inédita, a morosidade dos serviços poderá fazer-se sentir, tendo em conta que os utentes terão que se deslocar para mais longe e enfrentar um maior tempo de espera.

Quanto à medida em si, deixa sérias duvidas, porque se o serviço existiu desde 2010 nas escolas, porque só agora é que deixa de fazer sentido?

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Poema # 19 - A Força dos Versos

A poesia é a minha única arma,
Nos papeis em verso,
Ou nas paredes pintadas,
É a mais bela forma de luta.

E na nossa indignação,
Façamos da poesia o nosso clamor,
Parem agora e oiçam o verso,
Que vos fala doravante de amor.

E Perpetuada em paredes brancas,
Poesia pintada que nos fala destemida,
De um eco, de um grito com fulgor,
Que nos liberta do temor.

Firmemente é mais forte que eu,
Poesia viva, que de mim viveu,
Sendo minha alegria e meu pranto
É também frase de luta e de encanto.



Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Poema # 18 - Se Os Meus Olhos Falassem

Se os meus olhos falassem, falavam de ti,
Desde que te vi, os teus encantam os meus,
Ilhado em pensamentos, sonhei e me vi,
Com rubor a pedir um beijo dos teus.

Observam-te meus olhos como quem adora,
Como se quisessem dizer com encanto,
Estou aqui, não me irei nunca embora,
Na eternidade destes versos, neste encanto.

Ah, doce melodia que sopra minha boca
Porque meus olhos querendo falar,
Não falam, calam-se com brilho,
E gritam teu nome com luz e cores.

Se os meus olhos falassem,
Falariam de ti e dos sonhos meus,
E de quando meus olhos te viram sorrir
Desabou em mim todo o meu mundo,
Para que novamente, possa ressurgir,
Com novas cores, em tons de alegria.

A tua singela tristeza é sinal do desassossego,
No qual meus olhos só vêm tons cinzentos,
De que se reveste dos dias, o mais nebuloso.
E seja a tua felicidade o espelho de um desejo,
Ainda que estejas distante, ou no tempo tardia.
Permaneces, como meus olhos te viram um dia.

Autor Filipe de Freitas Leal




Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 30 de abril de 2013

1º de Maio - Dia dos Trabalhadores

O dia 1º de Maio, como "Dia Internacional dos Trabalhadores" tem a sua origem nos EUA Estados Unidos da América, num movimento reivindicativo saíram à rua mais de 500 mil pessoas precisamente no dia 1 de maio de 1886, em que pretendiam a jornada de 8 horas de trabalho por dia, condições mais humanas. Essa passeata foi esmagada violentamente pela policia de Chicago, dispersando a manifestação deixando no entanto um saldo enorme de feridos e perto de duas dezenas de operários mortos.
No dia 4 de maio de 1886 os operários indignados com tamanha repressão policial e exploração capitalista, voltaram às ruas, 8 lideres sindicais foram presos, 4 executados e outros três condenados a prisão perpétua.
A repressão que se viu nas ruas de Chicago contra os operários indignou o mundo inteiro, tanto que em 1888, as pressões internacionais fizeram com que a Justiça Estadunidense anulasse a condenação e libertasse os 3 prisioneiros.
Em 1889 o Congresso Internacional Operário, decretou em Paris, que o dia 1 de maio seria doravante o Dia Internacional dos Trabalhadores em homenagem aos operários mártires de Chicago. Curiosamente os EUA ainda hoje não celebram este dia.

Desde a restauração da democracia em Portugal, que se celebra a 1º de maio, o Dia dos Trabalhadores, ou mais comummente Dia Internacional dos Trabalhadores, que é comemorado em vários países em todo o globo, tal como Portugal, que só começou a comemorar livremente este dia após o 25 de Abril, o mesmo passou a acontecer com outros países que conquistaram a sua democracia.
Em Portugal no ano de 1974, celebrou-se pela primeira vez, o Dia dos Trabalhadores em Liberdade, com uma festa contagiante por todo o país, não se via o povo português assim à mais de 40 anos, o Culminar da Festa foi no Estádio do FNAT Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho, que foi rebatizado de Estádio 1º de Maio, onde estiveram presentes à altura Álvaro Cunhal do PCP, Mário Soares do PS(ASP) e Francisco Pereira de Moura do MDP(CDE), bem como a presença de lideres do movimento das Forças Armadas e líderes sindicais como a CGTP-IN Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (fundada em 1970) e da UGT União Geral dos Trabalhadores (Fundada em 1978 de uma cisão da CGTP).

Autor: Filipe de Freitas Leal (Este artigo foi originalmente escrito em 30/04/2012)




Este artigo respeita as normas do Novo Acordo Ortográfico
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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

Poema # 17 - Adormecer é Voar

No descanso do corpo, adormeço,
Cansada minha alma desperta,
Elevam-se meus sonhos e voo alto,
Como se deixasse de estar no sono,
Acordo num sonho, noutro lugar,
Que apraz-me e conhece-me.


Adormecer é reencontrar minh'alma,
É perder-me e encontrar a calma,
Longe de tudo e perto de ti,
É ver o mais belo e límpido céu,
Enquanto na noite meu corpo dorme,
Tecendo meus desígnios até amanhecer.
Porque adormecer é voar,
Confiante na direção de um sonho.

Autor: Filipe de Freitas Leal (in Facebook 29/04/2013)



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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Fusão das Universidades Clássica e Técnica de Lisboa

Consolidou-se a fusão das anteriores Universidade de Lisboa UL, fundada em 1911 e Universidade Técnica de Lisboa, UTL criada em 1930 e à qual o ISCSP que foi criado em 1906 veio a fazer parte.
A concretização desta fusão dá-se ao ser publicado em Diário da República a 19 de abril, os estatutos que consolidam a fusão de ambas as universidades lisboetas, normalmente denominadas por "a Clássica"  e "a Técnica", e que no processo de fusão tem vindo a ser popularmente denominadas de "a Nova Universidade de Lisboa", nome que se confunde com uma terceira, que é a UNL Universidade Nova de Lisboa, e que mesmo sendo pública, não faz parte do processo de fusão universitária, que foi proposto pelo governo.
Após a publicação dos estatutos, iniciou-se o processo eleitoral para dar lugar à eleição da direção da nova UL e do Senado Universitário, eleições que foram realizadas a 22 de abril de 2013, tendo sido eleito para o ultimo reitor da UTL, Antórnio da Cruz Serra, para desempenhar o cargo de primeiro Reitor da Universidade de Lisboa já unificada, e foi devido à sua enorme capacidade pessoal e humana, de dinamização e convergência, bem com é também simbolicamente o rosto certo de uma perfeita fusão no ensino superior português.

Esta fusão faz dos alunos iscspianos, alunos de uma nova Universidade de Lisboa, e da qual eu sou um entre tantos outros que vivi a experiencia de iniciarmos o curso em 2010, numa universidade, e concluirmos o nosso curso noutra, além de sentirmos que isto torna-nos alunos de um conjunto universitário mais alargado, em numero de alunos, em numero de docentes, mas também aumentando assim os esforços da investigação cientifica, em todas as áreas do saber e imprime a todos os alunos e docentes um cunho de renome, passamos todos a fazer parte de uma das grandes e conceituada como a maior Universidade à escala portuguesa e europeia, e da Europa para o Mundo, fazendo com que sintamos ainda mais orgulho das instituições onde fazemos a nossa formação, orgulho de todo o conjunto de alunos, professores, investigadores e todo o pessoal discente, que fazem da universidade a nossa casa, e nos ajudam a projetar o nosso futuro.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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