sábado, 9 de março de 2013

Música - Aimee Mann - Wise up





It's not.. what you thought...
When you first... began it.
You got... what you want...
Now you can hardly stand it, though,
By now you know, it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.

You're sure... there's a cure...
And you have finally found it.
You think... one drink...
Will shrink you to... your underground
And living down, but it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.

Prepare a list for what you need,
Before you sign away the deed,
'Cause it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.

No, it's not going to stop,
Till you wise up.
No, it's not going to stop,
So just give up.

Se tocar
Não é o que você pensou
Quando você começou isso
Você conseguiu o que queria
Agora você mal consegue suportar, embora
Agora você saiba, isso não vai parar
Isso não vai parar
Isso não vai parar
Até você se tocar

Você está certo de que existe uma cura
E que você finalmente encontrou ela.
Você pensa que um drinque
Vai encolher você, até você quase desaparecer
E estar no chão, mas isso não vai parar
Isso não vai parar
Isso não vai parar
Até você se tocar

Prepare uma lista do que você precisa
Antes que a morte venha te buscar
Porque isso não vai parar
Isso não vai parar
Isso não vai parar
Até você se tocar

Não, isso não vai parar
Até você se tocar
Não, isso não vai parar
Então simplesmente desista


sexta-feira, 8 de março de 2013

Pedro Abrunhosa - Momento

Uma espécie de céu, um pedaço de mar
Uma mão que doeu, um dia devagar
Um Domingo perfeito, uma toalha no chão
Um caminho cansado, um traço de avião

Uma sombra sozinha, uma luz inquieta
Um desvio na rua, uma voz de poeta
Uma garrafa vazia, um cinzeiro apagado
Um hotel numa esquina, um sono acordado

Um secreto adeus, um café a fechar
Um aviso na porta, um bilhete no ar
Uma praça aberta, uma rua perdida
Uma noite encantada, para o resto da vida

Pedes-me um momento agarras as palavras,
Escondes-te no tempo, porque o tempo tem asas
Levas a cidade, solta me o cabelo
Perdes-te comigo, porque o mundo é o momento



Pedes-me um momento agarras as palavras,
Escondes-te no tempo, porque o tempo tem asas
Levas a cidade, solta me o cabelo
Perdes-te comigo, porque o mundo é o momento

Uma estrada infinita, um anuncio discreto,
Uma curva fechada, um poema deserto,
Uma cidade distante, um vestido molhado,
Uma chuva divina, um desejo apertado.

Uma noite esquecida, uma praia qualquer,
Um suspiro escondido, numa pele de mulher,
Um encontro em segredo, uma duna ancorada,
Dois corpos despidos, abraçados no nada.

Uma estrela cadente, um olhar que se afasta
Um choro escondido, quando um beijo não basta
Um semáforo aberto, um adeus para sempre
Uma ferida que dói, não por fora, por dentro

Pedes-me um momento agarras as palavras,
Escondes-te no tempo, porque o tempo tem asas
Levas a cidade, solta me o cabelo
Perdes-te comigo, porque o mundo é o momento

Pedes-me um momento agarras as palavras,
Escondes-te no tempo, porque o tempo tem asas
Levas a cidade, solta me o cabelo
Perdes-te comigo, porque o mundo é o momento


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.


quarta-feira, 6 de março de 2013

Hugo Chavez - O Adeus a Um Líder Controverso

Morreu Hugo Chavez Frias, aos 58 anos, após longa luta contra o cancro, e deixa na história do seu país, uma liderança marcante, as reações à sua morte, não se fizeram esperar, dos maiores admiradores aos mais acérrimos opositores, a sua morte foi sentida, e a sua imagem respeitada, admitindo que foi um grande líder incontornável, embora algumas das suas medidas políticas possam ter sido consideradas controversas, tendo governado com algum autoritarismo, Chavez tentou lutar por maior justiça social, no seu país onde as desigualdades contrastavam com uma economia rica em petróleo, contudo as medidas económicas foram prejudiciais, mas à História caberá julga-lo pelo que fez de bem e de mal.
Preso político após um golpe de estado falhado, o Comandante chegou ao poder pela via democrática, chegou a ser deposto, mas reconduzido ao cargo por aclamação popular, audaz e corajoso, pôs termo ao domínio dos velhos partidos outrora dominantes, como o democrata-cristão COPEI, e lançou as bases de uma nova república e de uma nova constituição, com uma ampla maioria de esquerda, que pela mão de Chavez veio a formar-se no PSUV Partido Socialista Unificado da Venezuela.
Hugo Chavez, marcou e cativou não só as gentes simples e sofridas da Venezuela, mas foi ele que como líder histórico, fez surgir na América do Sul, uma nova esquerda, cujo objetivo era a luta contra o imperialismo "ianque" e libertar os povos da América, como ele dizia.
Desde Ban Ki-Moon da ONU, passando por líderes europeus e até Obama, as condolências ao povo da Venezuela, foram acompanhadas de pesar pela perda e de respeito pelo homem que lutou pelos seus ideais e pelo seu povo, Dilma Roussef afirmou que Chavez era um amigo do Brasil e do povo latino americano, já em Portugal o Secretário de Estado das Comunidades afirmou que Chavez foi um grande admirador de Portugal, e dos portugueses, (havendo uma considerável comunidade de portugueses oriundos da Ilha da Madeira, em sua maioria), tendo visitado Portugal várias quatro vezes, pelo que encetou amplas relações comerciais entre ambos os países.
A amizade de Cuba e o apego à vida, foram notórios nos seus últimos momentos, é o que se encontra ao visitar o pertil no Twitter, onde Chavez escreveu: "Gracias a Fidel y Raul y a toda Cuba!! Gracias a Venezuela por tanto amor!!!" ou ainda no seu ultimo twitt: "Sigo aferrado a Cristo y confiado en mis medicos y enfermeras. Hasta la victoria siempre!!!


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 3 de março de 2013

Casa Grande & Senzala - Gilberto Freyre

Gilberto Freyre, sociólogo  antropólogo, ensaísta, escritor e pintor,  nasceu  na capital do Estado do Pernambuco, Recife, precisamente no último ano do século XIX, 1900, fou numa família de ascendência portuguesa, veio a falecer na mesma cidade em 1987; Em criança recusava-se a aprender a ler, apenas desenhava, quase que compulsivamente, fazendo do desenho a sua linguagem, a sua expressão e o modo como compreendia o mundo à sua volta; Após receber a visita de um professor inglês, ingressa na Escola Americana Batista de Pernambuco com oito anos de idade, e muito mais tarde frequentou os estudos superiores na Universidade de Colúmbia nos Estados Unidos, onde conheceu Franz Boas antropólogo estadunidense de origem judaica, que influenciara Freyre no estudo da antropologia, muito embora Freyre tenha sido conhecido mais como um dos pais da sociologia brasileira, e do movimento modernista da década de 20 do século XX.

Gilberto Freyre, em 1933 escreve o livro que sem duvida seria a sua maior obra prima, obra incontornável para a sociologia e antropologia brasileira de modo incomparável; Tendo em conta o que estava em questão na altura, que era a de saber definir a identidade do povo brasileiro, ou seja era saber na formação na nação brasileira, quem seria brasileiro de facto, e neste sentido, a contribuição do pensamento de Freyre veio responder a esta questão, de quais os povos ou etnias que formavam a multiplicidade cultural do Brasil, seria a que verdadeiramente pudesse ser chamada de brasileira. Claro está que por trás desta preocupação,que vinha já do tempo da independência do Brasil face à antiga metrópole colonial portuguesa em 1822, e que se agudizara com o fim da escravidão, iniciada com as leis abolicionistas, tais como a Lei do Ventre Livre de 1871 e depois a Lei Áurea a 13 de maio de 1888 promovida pela Princesa Isabel, que como consequência trouxe a revolta dos fazendeiros ricos e o derrube da monarquia em 1889, levando D. Pedro II para o exílio em França com toda a corte brasileira.



Há no entanto um dado que deve ser tido em conta, trata-se do Regime do Estado Novo, e do governo de Getúlio Vargas, de cariz social-fascista, cujas preocupações seriam a de criar uma Nação forte e próspera, mas para o qual faltava-lhe a tal identidade, sem a qual não seria possível,  a resposta que Gilberto Freyre trouxe com o seu livro. "Casa Grande & Senzala" serviu como uma luva, e aglutinou em toda a sociedade brasileira, a consciência que formava com sucesso, a primeira grande nação multicultural do mundo.

Gilberto Freyre, afirmava que o que deveras é o brasileiro, é todo o conjunto étnico e cultural dos seus elementos formadores, o indígena  o colonizador português e o escravo negro, estes três grupos étnicos formam a primeira grande nação multicultural do Mundo, muito antes de países como os EUA, Canadá ou Austrália entre outros, foi o Brasil o pioneiro como uma grande nação multicultural e de integração de novas culturas vindas de vagas de emigração da Europa do Leste e da Ásia.

Gilberto Freyre afirma em seu livro que o que permitiu ao Brasil, ser essa mescla morena de povos, foi o modo como os portugueses colonizaram o Brasil, mantendo-o unido e por não terem tido como os espanhóis  franceses e sobretudo os ingleses uma noção etnocêntrica de superioridade racial sobre o nativo, o que permitiu o cruzamento dos portugueses com outros grupos étnicos, até como forma de povoar o vasto território do Brasil, algo que é retratado na literatura como por exemplo o romance Iracema de José de Alencar, ou ainda na numismática (na figura à esquerda) com a nota de quinhentos cruzeiros (Cr$ 500,00) em circulação nos anos 70, onde se perfilam todas as etnias brasileiras, formadas por essa riquíssima mescla.

Os ingleses evitavam o cruzamento com mulheres de outros povos, os portugueses não, tendo por isso criado os mestiços, caboclo (miscigenação étnica entre português e indígena  do cafuso (miscigenação entre as etnias negra com índigena) e do mulato, que é a miscigenação das etnias portuguesa e negra), e após a independência tendo se iniciado a imigração no Brasil, com a vinda de outros povos, tais como os japoneses,  acentuou-se a miscigenação, surgindo cruzamentos entre os recém chegados asiáticos com a população brasileira.

A maneira como Gilberto Freyre resolve esta questão cultural, é como a descoberta da pólvora para mudar o Brasil, é inclusive algo que promove a unidade nacional, sob os aplausos do regime de Getúlio Vargas, a imprensa expande a notícia por todo o Brasil, o livro faz escola, e Gilberto é consagrado como um dos maiores sociólogos brasileiros reconhecido a nível mundial.

O Titulo da sua obra é baseada na organização social e económica brasileira no tempo da formação e sobretudo da colonização portuguesa, Casa Grande é a casa do colonizador português  e a Senzala o lugar onde vivem os escravos outro elemento formador da brasilidade. E esse conjunto reproduz a filosofia da época de uma sociedade agricola, patriarcal, católica.

Claro está que o mundo mudou, a sociologia mudou com o Mundo, e sobretudo os regimes politicos brasileiros mudaram, sendo que hoje há uma certa tendencia da sociologia brasileira ligada aos movimentos de esquerda ou a movimentos negros, criticam a obra de Freyre.


O sociólogo brasileiro Gilberto Freyre
Certo é no entanto, com ou sem criticas, que a sua obra, por mais erros que possa ter, trouxe no fundo ao Brasil do seu tempo, a resposta que precisava para se lançar como um projeto nacional, tendo trazido um grande contributo que no fundo é mais democrático do que parece, pois para Gilberto Freyre todos são brasileiros sem distinção, o indígena  o português, o negro, mas também os diversos imigrantes que foram formar o arco-íris da brasilidade, que se reflete na cultura, desde a gastronomia à linguagem, bem como no modo de pensar e ser do povo brasileiro, e também na sua organização social e política.

Para além de Casa Grande e Senzala (1933), Freyre escreveu ainda, Nordeste ( 1937), O Mundo que o português criou (1940), Problemas Brasileiros de Antropologia (1943), Sociologia (1945) Ordem e Progresso (1957) obra esta que lembra o ideal positivista de 
Augusto Comte, e ainda, Brasis, Brasil e Brasília(1968) um estudo sociológico e antropológico do Brasil.

Hiperligação para Baixar.
 Casa Grande & Senzala PDF.
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Referências Bibliográficas.
Gilberto Freyre. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-03-03]
Vários Autores. (2007) Sociologia Ensino Médio. SEED, Paraná, Brasil, pgs 53-55.
Gilberto Freyre. (2007) Casa Grande & Senzala. Ed. Record, Rio de Janeiro, Brasil.

Cláudia Castelo. (2011) Uma Incursão no Lusotropicalismo de Gilberto Freyre. IICT, Lisboa 

Autor do blog Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 2 de março de 2013

2 de Março | Portugal Manifesta-se nas Ruas

As políticas de austeridade, que têm vindo a ser tomadas em Portugal, agravaram ainda mais a situação do país, e sobretudo dos portugueses, com uma taxa de desemprego que ronda oficialmente os 19%, com tendência a subir devido às constantes falências e despedimentos dos trabalhadores.

Para agravar ainda mais, dos 27 países da União Europeia, 20 estão em crise e com uma divida pública excessiva, o que provoca a contração dos mercados e o agravamento da crise económica em toda a zona Euro, e obviamente afeta ainda mais economias frágeis como a portuguesa, nesse sentido os portugueses saem hoje à Rua em sinal de protesto e dizendo Basta e "Que se lixe a Troika, O Povo é quem mais ordena", cantando Grândola Vila Morena para este governo e o seu ministro das finanças, no sentido de que se demitam, mas também vão dizer basta a um Presidente da República que além de estar ausente, é totalmente conivente com este estado de coisas (até porque muito disto é fruto dos seus 10 anos de governo de 1985 a 1995) e da sua política de destruição do tecido produtivo português como as pescas, a industria de conservas, a política do betão, de  só ter sabido fazer auto-estradas (para as importações), e de uma subserviência cega às ordens de Bruxelas, que em nada tiveram em conta um projeto para o futuro de Portugal e dos portugueses.

Tal como em 15 de setembro de 2012, acredita-se que saiam à rua por todo o país, mais de dois milhões de portugueses, de todas as correntes políticas e ideológicas, de diferentes faixas etárias, onde sairão à rua famílias inteiras em sinal de protesto, e este movimento já conta com mais de 2.000.000 de aderentes no Facebook, pelo que se espera um grande número de manifestantes em todas as capitais de Distrito, como Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Évora, Beja entre outras; mas também, é uma  manifestação em simultâneo com outros países europeus que organizam hoje manifestações contra a austeridade e as políticas económicas da UE. As manifestações contra o governo de direita e a auteridade imposta pelos credores e os bancos, teve impacto na imprensa e nas TV's a nível internacional.

Abaixo um video da manifestação em Lisboa, na Avenida da Liberdade, que culminou no Terreiro do Paço.

             
Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas os.

 
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