domingo, 1 de agosto de 2010

Festival RTP - Oração - António Calvário

Ano: 1964;
Interprete: António Calvário;
Música: João Nobre;
Letra: Francisco Nicholson e Francisco Bracinha.
Eurovisão: Representou Portugal na Dinamarca em Copenhaga.
Qualificação: 13.º lugar, 0  pontos.
Vencedor:Itália - Non ho l'età. por Gigliola Cinquetti.

Senhor,
A teus pés eu confesso
- senhor,
Meu amor maltratei!
Senhor,
Se perdão aqui peço,
Não mereço!
Senhor,
Meu amor desprezei
E pequei!
Perdão,
No entanto eu te imploro!
Senhor,
Tu, que és a redenção!
Eu sei que a perdi e que a adoro
E eu choro
Senhor,
Ao rogar seu perdão!
Senhor,
Eu confesso o perjúrio de tantas promessas!
Senhor,
Eu errei mas na vida
Encontrei a lição!
Senhor!
Eu t´ imploro, senhor, ó meu deus:
Não t´ esqueças da minha oração!
Senhor,
Ó bondade infinita, dai-me o seu perdão!
Amor
Por amor eu na vida jamais encontrara!
É tarde!
Caminho pela vida perdido na dor!
Senhor,
Este amor é mais puro que a jóia mais rara,
Que o mais puro amor!
Senhor
Se o amor é castigo,
Perdão meu senhor!



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 17 de julho de 2010

Habitação Humanista

Hoje em dia, mais que em qualquer outro tempo, e devido ao aumento demográfico, crises económicas e sociais e devido também à necessidade ecológica de reciclagem, a arquitetura encontrou uma resposta à altura das necessidades face aos problemas acima citados, a chamada arquitetura biológica por uns e a arquitetura humanista por outros, levam a ter em conta que o Humanismo é hoje a ideologia que cresce, dando resposta a muitas das preocupações sociais, e tendo o a Pessoa Humana no centro das preocupações políticas, económicas, sociais culturais e culturais, preocupando-se com pessoas, grupos, comunidades e povos.  
Vejamos aqui como se constrói uma casa económica e ecológica a partir de reciclagem de garrafas de refrigerante PET, juntando terra, argila e cimento.  
Resta-nos saber se os interesses políticos e económicos das autoridade nacionais, camarárias e respetivas fiscalizações, que estando ligadas a construtores, bancos e imobiliárias, permitiria isto?
Esperemos que sim, pois urge promover de facto a justiça aos mais pobres e ter uma verdadeira arquitetura que leve em conta as pessoas e a ecologia.
1. Preparam-se as garrafas
2 . Atam-se as garrafas

3. Enchem-se as paredes

4. Fazem-se os acabamentos

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Citações - Mahler - Sou Um Apátrida.

"Sou três vezes apátrida! 
Como natural da Boémia, na Áustria; 
como austríaco, na Alemanha; 
como judeu, no mundo inteiro. 
Em toda parte um intruso, 
em nenhum lugar desejado!"

Gustav Mahler (1860-1911)

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Música - Melech Mechaya - Dança do Desprazer

Uma novidade no mundo musical português, e ainda desconhecido do grande público, é o quinteto dos "Melech Mechaya" cujo significado é "Os Reis da Festa" formado por João Graça, Miguel Veríssimo, André Santos, João Novais e Francisco Caiado em 2006, e que se dedicam à música tradicional judaica, de estilo Klezmer, musica essa que é oriunda da Europa central, sob influencias árabe, cigana e dos Balcãs.
A música que se segue é "Dança do Desprazer", que é single do album "Budja Ba", inicialmente o grupo começou por se apresentar nos palcos de cafés e restaurantes na noite lisboeta, hoje contudo é já vão no seu quinto álbum musical, e alguns telediscos gravados, como Chapéu Preto e Aqui em Baixo tudo é simples. O grupo tem se apresentado fora de Portugal, nomeadamente Espanha, Alemanha, Suécia, Israel, Estados Unidos e Brasil.
Ver: http://www.melechmechaya.com/


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.


sábado, 19 de junho de 2010

Não Acredites Apenas.

Não acredites em alguma coisa simplesmente porque a escutaste.
Nem nas tradições, simplesmente porque provêm desde há muitas gerações.
Nem em algo só porque é falado ou é motivo de rumor por muitos.
Nem em dogmas simplesmente porque vêm escritos nos teus livros religiosos.
Nem em lendas simplesmente porque é dito pelas tuas professoras ou anciãos.
Mas, após uma observação e análise cuidada e quando encontrares que algo vai de acordo com a razão e conduz à felicidade e ao beneficio de todos, então aceita-o e vive-o.


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Hoje Chove em Sintra

Dia 11 de Junho, um dia após o dia de Camões e das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, resolvi sair e dar um passeio a pé, como habitualmente gosto de fazer, indo pensativamente a observar que chove, e chove agradavelmente em Sintra, com um doce nevoeiro ao fundo a enfeitar a paisagem já de si pitoresca.
Eis a poesia desta Sintra chuvosa, algo digno de um clima londrino, dias assim, em Sintra, atraem-nos para a divagação, e entre a neblina nas ruas com o chão molhado, o cheiro do verde húmido, a sentir a chuva bem miudinha cai molhando-me o rosto, dando ideias para a meditação.
Bela como nunca, Sintra misteriosa e doce, que nos faz descobrir em nós mesmos a contemplação que sem ela não haveria, e assim saem as mais belas e inspiradas orações de agradecimento a um Criador que nos dá esta natureza, e a gratidão pela sabedoria necessária para aprecia-la decora-la.
Em Sintra, o Criador presenteou-nos com a beleza poética de cada canto, da Vila até o Castelo, e assim passando pela Pena, Seteais e cada canto, cada rua, cada árvore em Ti se tornam mais bonitas.


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Meu Pai Manoel João Leal


Meu Pai, uma das pessoas que mais admiro, foi o meu melhor amigo de sempre, Manoel João de Freitas Leal, nasceu na Ilha da Madeira, mais precisamente na Freguesia do Monte, no Funchal a 19 de setembro de 1925, após a morte do pai (o advogado Alfredo de Freitas Leal), a família muda-se para o continente no ano de 1936, tendo-se fixando primeiramente no Bairro da Lapa em Lisboa
Estudou arquitetura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), em 1954, juntamente com outros colegas, participa da primeira exposição de Arte Moderna na Junta de Turismo de Cascais e nessa mesma época teria criado conhecido o arquiteto Raul Lino, a quem teria dedicado artigos sobre o seu livro, “A Casa Portuguesa” nos “Cadernos de Arquitetura”.
Exerceu a sua atividade profissional, principalmente como arquiteto, em particular dedicara-se à arquitetura de interiores e design, continuando simultaneamente a dedicar-se ao desenho e à pintura.
Entre 1960/61 trabalhou em Goa, no que era denominado na altura de Índia Portuguesa, composta ainda pelos enclaves de Diu e Damão, o projeto de trabalho consistia na reconstrução de monumentos históricos da Velha Goa, mais precisamente de igrejas católicas que foram construídas ainda no tempo dos descobrimentos, foi um episódio inesquecível pelo pitoresco da paisagem e o exotismo da cultura, além de ter convivido de perto com o Governador no palácio em Goa, todavia o trabalho veio a ser interrompido por força da invasão do exercito indiano e a anexação das possessões portuguesas à União Indiana por ordem de Nehru o então Primeiro Ministro da Índia.
Entre 1961 e 1969 e posteriormente ao ocorrido na India, Manoel João fundara a primeira loja em Portugal de Decoração moderna, a “Decor” com artigos vindos da Suécia e de outros países europeus, contendo também vários artigos do mais moderno design de então.
Posteriormente ingressa na revista “Arquitetura” da qual veio a ser Redator-chefe, mais tarde viria a ser diretor adjunto; Em 1969 ingressara na Radiotelevisão Portuguesa (RTP), sendo chefe do Departamento de Artes Gráficas e Visuais, simultaneamente a este cargo, organiza em setembro de 1970 uma exposição a pedido da Sociedade de Porcelanas de Alcobaça (SPAL), relativa ao primeiro concurso de Design Industrial realizado em Portugal; Fez parte do Júri juntamente com José Augusto França, Fernando Távora e Francisco Conceição Silva. Trabalhaou como arquiteto de interiores de 1972 a 1975 em associação com outros arquitectos como Emauz Silva, Moura George, entre outros, tendo feito a reforma de alguns teatros e cinemas de Lisboa, destacando-se os cinemas Roxy, Cine Alvalade, entre outros. 
Em 1972 é convidado pela Fundação Calouste Gulbenkian para um debate sobre a Reforma do Ensino Artístico em Portugal, nesse ano participa do Projeto de uma Praça Pública com Escultura na urbanização de Olivais Sul.
De 1976 emigra para o Brasil, tendo-se fixado em São Paulo, cidade onde morou até ao ano de 1992, nesse exílio voluntário por Terras de Vera Cruz, trabalha no em Arquitetura de Interiores, Design e Pintura; Foi aliás na longa estadia de São Paulo que encontrou mais estimulo e oportunidade de se dedicar à pintura onde realizou exposições: Espaço Escarpa em 1984, Galeria Humberto em 1986, Galeria Paulista em 1990 entre outras exposições coletivas.
Depois de voltar a Portugal em 1992, regressa a Lisboa , dedicando-se à pintura; Em 2001 foi à grande Retrospetiva do Pintor Balthus no Palazzo Grassi na Bienal de Veneza, dessa viagem, mesmo não tendo estado ao lado de meu pai, o modo como descreveu a exposição, e sobretudo o que é estar naquela cidade, fazia-nos sentir como se nós mesmos tivéssemos ido.
Em 2013, aos 88 anos, sofreu um acidente cardiovascular, tendo ficado com sequelas, desde então, viveu os últimos anos em Sintra na companhia do seu companheiro, cuidador e melhor amigo, o meu irmão Miguel.
Em 17 de fevereiro partiu, creio que na certeza de ter cumprido a sua missão neste mundo.
Desde criança sinto que por trás de um bom profissional há sempre um grande homem, um grande amigo, e sobretudo um ótimo pai; Não há para mim, lugar mais sagrado que a memória de um ente querido, guardado nas lembranças dos mais felizes momentos vividos. Afinal é todo o que levamos, todo o resto deixamos cá, a nossa obra, a nossa missão cumprida.

Este artigo foi inicialmente escrito em 2009 e atualizado em 2017.


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
Projeto gráfico pela Free WordPress Themes | Tema desenvolvido por 'Lasantha' - 'Premium Blogger Themes' | GreenGeeks Review