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sexta-feira, 13 de março de 2015

Boaventura de Sousa Santos

A Sociologia de Sousa Santos é reconhecida mundialmente

É um sociólogo português, Nascido a 15 de novembro de 1940, no Município de Penacova, Distrito de Coimbra, Portugal. Doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale, Sousa Santos é Professor Catedrático da Universidade de Coimbra e Diretor do CES Centro de Estudos Sociais.

Boaventura de Sousa Santos, defente a complementaridade entre o conhecimento cientifico e o senso comum como um ideal a ser perseguido, defende ainda o ativismo dos movimentos sociais como forma de combater crises.

Tem uma vasta obra escrita, entre os quais podemos salientar O direito dos oprimidos, editado em São Paulo, Brasil pela Editora Cortez; Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos, editado em Portugal pela Almedina.

Hiperligações:
Boaventura de Sousa Santos - Site do Autor
Boaventura de Sousa Santos - Wikipedia

Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Pensamentos # 13 - Há Pessoas Boas

Ao contrário do se pensa e do que uma minoria ruidosa quer fazer crer,
há na verdade ainda muitas pessoas boas, que propagam o bem, na simplicidade com que vivem e exercem as suas profissões ou ainda no modo generoso como partilham a vida, o pão e o saber.
Filipe de Freitas Leal
16/12/13

Autor Filipe de Freitas Leal




Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Pensamentos # 10 - Saudades

As saudades são,
A medida exata de quem não se olvida,
São a história que não pode faltar.
As pessoas, são na nossa vida,
mais do que nomes,
mais do que titulos ou referências.
As pessoas na nossa vida,
com P maiusculo, 
são mais que ideias, são lembranças,
E são momentos, emoções e sentimentos.
As pessoas na nossa vida,
são parte inseparável de nós mesmos,
São a parte maior que nos constrói dia a dia.
As saudades são,
A medida exata da sua importância.


Autor Filipe de Freitas Leal



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Nobel da Paz - A Curiosa Nomeação de Putin

Vladimir Putin, aparece curiosamente nas listas de nomeados para o Prémio Nóbel da Paz, independentemente da atual crise diplomática entre a Ucrânia e a Russia.
Da lista figuram personalidades como Malala a estudante paquistanesa que sofrera um atentado por parte de um fanático talibã, o agente estadunidense Edward Snowden, entre outros tantos, numa lista em que constam ao todo mais de duas centenas de personalidades sugeridas para o prémio deste ano.
Obviamente que o que se trata aqui é que o nome de Putin foi sugerido por personalidades russas, e que o Instituto Nobel mantém o nome por uma questão de respeito, no entanto não deixa de ser curioso, que uma personalidade que foi um dos chefes da antiga KGB, e que exerceu o seu consulado na administração politica russa, primando por reprimir à força qualquer tentativa de autodeterminação dos povos, como ocorreu na Chéchénia, ou no Daguestão, feita aliás de forma persecutória e massiva, leva a perguntar-se como pode ainda assim manter-se nas listas de nomeados.
O facto de poder de alguma forma ter impedido um ataque estadunidense à Siria, e de ter sugerido o controlo das armas quimicas por parte de organismos internacionais tais como a ONU, não é considerado pela opinião pública com sendo suficientemente abonatório, visto que isso não impede o fim da carnificina em território Sírio, antes pelo contrário mais pareceu uma defesa do regime de Bashar Al-Assad.
A notícia mal chegou ao conhecimento público, gerou alguma dúvida, descrédito e acima de tudo muita gargalhada, e não é de estranhar, a imagem que Putin deixa na opinião pública mundial é de um líder que governa com mão de ferro, não esqueçamos o caso do grupo musical das Pussy Riot, que foram detidas, num ato que prova a total falta de liberdade de expressão na Russia de Putin.
A noticia correu mundo, a grande imprensa internacional, deu grande relevo, o diário espanhol El País, frisou também que para além de Putin, Malala e Snowden, encontram-se ainda nomeados para este ano o Papa Francisco, e o Presidente do Uruguai Pepe Mujica.

Autor Filipe de Freitas Leal



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 4 de março de 2014

Francisco, o Papa Humanista

O Papa Francisco, veio da América Latina, para surpreender os cristãos da Europa e do Mundo, com a sua atitude humilde e simples, mas determinado em mudar o rosto da Igreja, dando-lhe uma nova dinâmica e uma maior dimensão, ao centralizar a pessoa humana de forma mais enfática nos seus discursos.

Eu diria que na minha opinião, poderia chamar claramente este Papa, como sendo um Humanista, num dos seus discuros inflamados, deixa perceber o cerne da sua ideologia que é o de recolocar a igreja a serviço da Pessoa Humana, não raras vezes, arrisca-se, não menos vezes faz discursos que teimam (e bem) em lutar contra um Stauo Quo.


Um homem não é apenas o reflexo das suas ações, mas acima de tudo, eu creio que um Homem é a coragem das suas palavras, pelas quais se compromete, e essa forma destemida de ser e de falar, é a marca Humanizadora de Francisco I, nas palavras abaixo reproduzidas podemos sentir, essa sua energia, e ele diz o seguinte:


"Não chores pelo que perdeste, luta pelo que tens,

Não chores pelo que está morto, luta por aquilo que nasceu em ti,
Não chores por quem te abandonou, luta por quem está contigo,
Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer,
Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente,
Não chores pelo teu sofrimento, luta pela tua felicidade,
Com as coisas que vão acontecendo, aprendes que nada é impossivel de solucionar, apenas segue em frente"

De Filipe de Freitas Leal


Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.

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Sobre o Autor


 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Xanana Gusmão distinguido Doutor Honoris Causa

O atual Primeiro Ministro de Timor-Leste, e antigo ativista e lider da resistência e de luta pela libertação do povo maubere à ocupção indonésia, recebeu neste dia 7 de fevereiro o titulo de Doutor Honoris Causa, pelo ISCSP Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas que faz parte da recém unificada Universidade de Lisboa.

O tituto atribuido é mais que merecido, e é sobremaneira o reconhecimento da importância de um grande homem para o  povo timorense, de seu nome de batismo José Alexandre Gusmão, na cidade de Manatuto a 20 de junho de 1946, ainda durante o domínio português de Timor-Leste, tendo inclusive cumprido o serviço militar no exercito português, e posteriormente com cidadão portugês fora funcionário publico, o que lhe permitu continuar os estudos, é no entanto como Kay Rala Xanana Gusmão que é conhecido, tendo-se tornado no rosto mais conhecido a nível mundial da FRETILIN - Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente, e da luta timorense, tendo a viragem a favor da causa, ocorrido com o massacre do cemitério de Santa Cruz, que é mostrada em video para todo o mundo, daí intensificou-se a perseguição a Xanana Gusmão que culminara em 1992 na sua prisão e tortura, sendo só libertado em 1999, por pressão da comunidade internacional, contra o regime de Shuarto e da ocupação torcionária das forças militares indonésias, sobretudo fora a iniciativa portuguesa na altura do Governo de António Guterres que mais pressionou a comunidade internacional em 1999. Culminando na Independencia e na condução de Xanana à Presidência da República de Timor-Leste.

Xanana Gusmão, recebe este titulo pelo estratega, pelo político e pelo diplomata visionário e incansável, que teimou em acreditar que a libertação do seu povo era possivel, e fundamentalmente porque foi após a Independencia um lutador também incansável pela paz social, e as boas relações com os vizinhos indonésios.

De Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Nelson Mandela - O Guerreiro da Paz

Morreu Nelson Mandela (1918-2013), foi um lutador incansável, que sensibilizou a opinião pública internacional com a sua luta, tendo sido detido, julgado e condenado à prisão perpétua como terrorista, sabendo ainda assim ser perseverante na esperança e um arauto dos direitos humanos, uma vez liberto pelo então Presidente Frederik de Klerk, soube mais que ninguém ser um congregador de esforços de todas as etnias que formam a nacionalidade sul-africana, tendo lutado brilhantemente contra o aparthaid, pelo que veio a tornar-se de forma incontornável no guerreiro da paz e no arquiteto da liberdade.
Foi e será visto como um dos grandes Humanistas da História, um dos rostos que marcaram o Século XX, e lutando para dar à humanidade um novo século de Direitos, garantias e liberdades, foi um homem que soube aceitar ser o Pai de uma nova África do Sul, e de modo perspicaz, soube ser um político brilhante na defesa dos interesses do novo estado, rumo à concretização do seu grande sonho, de ver o fim do Aparthaid, sem que outro se erguesse, e nisto é preciso reconhecer neste grande homem incansável, um rasgo de sabedoria e destreza na condução da sua própria sucessão, dando crédito inequívoco à consolidação da África do Sul como um Estado de Direito e uma democracia jovem mas sólida, onde o revanchismo não cedeu à voz de minorias ruidosas. 
Mandela está no panteão da memória da humanidade, ao lado de outros grandes vultos da luta por um mundo melhor, como Mahatma Ghandi, Martin Luther King, Mário Rodrigues Cobos "Silo", Madre Teresa de Calcutá, entre outros tantos incógnitos de homens e mulheres que em grande dimensão, ou na circunscrição dos seus limites propuseram destemidamente uma vida pela qual não se deve temer, e encarar o próximo como um igual em direitos e dignidade.
Normalmente diz-se quando um grande homem morre que o mundo ficou mais pobre, eu digo-vos, o "Mundo acabou de ficar mais rico pois Mandela reacende neste momento, a chama por um mundo melhor" e o seu exemplo é o maior tesouro que nos deixou, outros o seguirão pois há ainda muitas lutas, e muitos aparthaids feitos de muros e barreiras que terão de ser derrubados.
Até amanhã Madiba (Mandela), estaremos todos juntos, na Festa da Vida a comemorar a liberdade a que a Humanidade tem direito.
Biografia em pdf
 Os caminhos de Mandela - Richard Stendel - Download
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

José Hermano Saraiva - O Adeus do Historiador

Portugal perdeu um dos seus mais ilustres cidadãos, trata-se do Professor José Hermano Saraiva (1919 - 2012), um dos grandes Historiadores de Portugal, que soube levar ao grande público, o gosto pela história e pela cultura do seu país, exerceu advocacia e também o ensino como professor universitário no ISCSPU Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (atual ISCSP/UTL), além disso foi  membro da Academia das Ciências de Lisboa, foi embaixador no Brasil, apresentador de Televisão, com programas de história e cultura de Portugal desde 1972, na RTP Radiotelevisão Portuguesa, com programas como "O tempo e a alma" (1972) "Horizontes da Memória" (1996), "A alma e a gente" entre outros, da RTP, canal 2 (programação de maior incidência cultural).
Foi ele que fez  tantos portugueses aprenderam a gostar e respeitar, desde a sua infância, a história e cultura, sendo um dos seus livros mais populares, "História Concisa de Portugal" (1978) da Editora Europa América e da já célebre coleção Livros de Bolso que é ainda hoje um livro de referência do grande público.
Hermano Saraiva foi também ministro da educação e cultura de 1968 a 1970, no governo de Oliveira Salazar, e posteriormente de Marcello Caetano, tendo sido no entanto afastado após a crise estudantil de 1969, que ocorreu com protestos estudantis de abril até setembro desse ano, acompanhado de greves e repressão por parte da polícia política, após o afastamento, José Hermano Saraiva seria nomeado embaixador de Portugal no Brasil, cargo que ocupou até ao 25 de abril.
Hermano Saraiva, foi sobretudo um homem que soube criar o seu espaço, e ser respeitado após a revolução dos cravos de 25 de abril de 1974, devido ao seu grande valor como pessoa e homem das letras e da cultura.
Recentemente chegou a afirmar numa entrevista ao DN Diário de Notícias, "Penso que a morte não será muito desagradável, a não ser que se sintam dores. A pessoa deixou de sentir e, serenamente, entra no vago. De um modo geral, não tenho medo da morte." Afirmou em outubro de 2011, quando do seu 92º aniversário.



Em "Horizontes da Memória" RTP 2.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 6 de maio de 2012

Fernando Lopes, Um Realizador do Cinema Novo

Cineasta português, cujo nome completo era Fernando Lopes Marques (1935-2012), nascido em Alvaiázere, no interior de Portugal, foi aos 12 anos para Lisboa, começou a trabalhar ainda menino e a estudar à noite no curso comercial, cedo se iniciou no mundo do cinema e em particular no cine-clubismo, do qual fora fundador do "Cineclube Imagem", trabalhou também na RTP Radiotelevisão Portuguesa no canal 2, onde adquiriu muita experiência como assistente de montagem e daí partiu em busca do mundo da realização como bolseiro em Londres e depois nos Estados Unidos onde viveu três anos a estudar cinema, na RTP fez um excelente trabalho e deixou um modelo do que deve ser um serviço publico cultural na televisão.
Dos seus filmes, os mais emblemáticos são:  "Belarmino" realizado em 1964, que relata a história de um lutador de box: "Uma Abelha na Chuva" de 1971 e "Crónica dos Bons Malandros" de 1984, que passa para o grande ecrã o livro de Mário Zambujal. Fernando Lopes, fez parte da corrente estética de vanguarda, denominada de Cinema Novo, que surgira nos anos 60 do séc. XX e visava precisamente romper com a estética e o cunho fascista no cinema de então.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Prémio Cervantes 2011 - Nicanor Parra


          O Prémio de Literatura em Lingua Castelhana «Miguel de Cervantes» de 2011, foi atribuído hoje dia 1 de dezembro, ao escritor e poeta chileno Nicanor Parra, é a terceira vez que um escritor chileno recebe este prémio, que é atribuído anualmente pelo Ministério da Cultura de Espanha desde 1976.
          O poeta de seu nome completo Nicanor Parra Sandoval, foi ptambém conhecido pelo pseudónimo de Don Nica, nasceu em 1914 em San Fábian no Chile, estudou Matemática, Fisica e Engenharia na Universidade de Santiago do Chile, posteriormente nos Estados Unidos e Inglaterra estudou Engenharia e tornou-se professor no seu regresso ao Chile já casado com uma sueca de nome Inga Palmer.
          Juntamente com outros escritores fundou a "La Revista Nueva", revista de critica literária que vem dar voz e espaço ao movimento denominado de Antipoesia, no mesmo ano (1935) edita o seu primeiro livro de poesia: "Gato en el camino", Parra no entanto tinha um estilo poético que se opunha ao tradicionalismo de Pablo Neruda, daí denominar aos seus escritos de "Antipoemas".
          Como poeta não poderia deixar de ser um idealista, e aos 96 anos iniciou uma greve de fome em apoio aos presos políticos das comunidades indígenas Mapuche, que reivindicavam autonomia no Chile.

El Pelegrino
Atención, señoras y señores, un momento de atención: 
Volved un instante la cabeza hacia este lado de la república,
Olvidad por una noche vuestros asuntos personales, 
El placer y el dolor pueden aguardar a la puerta: 
Una voz se oye desde este lado de la república.
¡Atención, señoras y señores! ¡un momento de atención!

Un alma que ha estado embotellada durante años
En una especie de abismo sexual e intelectual
Alimentándose escasamente por la nariz
Desea hacerse escuchar por ustedes.
Deseo que se me informe sobre algunas materias,
Necesito un poco de luz, el jardín se cubre de moscas,
Me encuentro en un desastroso estado mental,
Razono a mi manera;
Mientras digo estas cosas veo una bicicleta apoyada en un muro,
Veo un puente
Y un automóvil que desaparece entre los edificios.

Ustedes se peinan, es cierto, ustedes andan a pie por los jardines,
Debajo de la piel ustedes tienen otra piel, 
Ustedes poseen un séptimo sentido
Que les permite entrar y salir automáticamente. 
Pero yo soy un niño que llama a su madre detrás de las rocas,
Soy un peregrino que hace saltar las piedras a la altura de su nariz,
Un árbol que pide a gritos se le cubra de hojas.
      
          
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - Convertido pelo Lince

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pablo Neruda - Um Poeta Humanista

Pablo Neruda nasceu no Chile na cidade de Parral, em 1904 no dia 12 de julho, tendo sido batizado com o nome de Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto.

Neruda nasceu numa família humilde, filho de um operário dos caminhos de ferro (José Reyes Morales), e de uma professora (Rosa Basoalto Opazo) que não chegou a conhecer devido a ter sido morta quando Neruda ainda era bebé.O seu nome foi legalmente modificado para Pablo Neruda, pseudónimo adotado na juventude seguindo a influencia do escritor Checo Jan Neruda.

Formou-se em Pedagogia na Universidade do Chile em Santiago, mais tarde vai para a carreira diplomática e chega a ser Embaixador do Chile em Rangun (Birmania), entre outros países esteve em Espanha, mas foi afastado devido à Guerra Civil Espanhola.

Conotado com a ideologia comunista é apoiante de Salvador Allende, que vence as eleições pelo Partido Socialista coligado com o PCC Partido Comunista Chileno.

Recebera o Prémio Nóbel da Literatura em 1971, e fora convidado por Salvador Allende para ler poesia para mais de 70 mil pessoas no Estadio Nacional de Santiago do Chile.

Foi proscrito pelo regime de Augusto Pinochet, e morreu pouco depois, com cancro da próstata, no ano seguinte foram publicadas postumamente as suas memórias "Confesso que vivi".

Da sua extensa obra de poesia destacam-se "Vinte poemas de Amor e una cancion desesperada", "Canto General", "Crepusculário", "Confesso que vivi" entre outros.

Referencias de Consulta:

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Herbert Spencer e o Espectro de Comte

1 – Introdução

"A cultura do espírito aumenta os sentimentos
de dignidade e de independência."
Herbert Spencer
        
O presente trabalho académico, aborta a fase da fundação e consolidação da sociologia como ciência, sobre a influencia do seu principal fundador, no pensamento sociológico de Herbert Sepencer, embora tenha sido de modo transversal criticado por outros sociólogos...

2 – Spencer e o seu pensamento

"A opinião é determinada, em última análise,
pelos sentimentos e não pelo intelecto."
Herbert Spencer

Herbert Spencer foi um filósofo e sociólogo inglês, nascido em 1820 e falecido em 1903, conhecido por ser um pensador evolucionista, tentou aplicar as suas ideias de evolucionismo à Biologia, Psicologia, Sociologia, ética e também à política.

É de Spencer a ideia da Selecção natural em sociedade, pela eliminação dos mais fracos, ideia hoje denominada de “darwinismo social”, as suas principais obras foram “A Filosofia Sintética” em 1896 e “Social Statics”.

Spencer influenciou muito o pensamento científico estadunidense, não tendo no entanto influência expressiva no pensamento francês devido às críticas vindas de Durkheim e dos positivistas comteanos em particular. Era admirador de Charles Darwin e do seu evolucionismo.

Tanto Auguste Comte como Herbert Spencer eram os autores dos novos sistemas filosóficos que, acreditavam, terem sido construídos sobre as bases firmes da ciência, e ambos estavam convencidos de que a sociedade deveria ser reconstruída de acordo com as verdades de suas filosofias. No entanto os positivistas acreditavam que Spencer tinha sido influenciado sobremaneira por Augusto Comte, mesmo que de forma inconsciente essa critica acentuou-se inclusive quando da classificação Spenceriana da ciência.

Spencer viveu ainda perto de meio século após a morte de Augusto Comte, tendo atingido um grau de importância que deveria tê-lo permitido ignorar as provocações dos seus críticos positivistas, que o abalavam, sobretudo quando os positivistas receberam apoio de críticos não positivistas. No entanto era ele mesmo um positivista.

O século XX eclipsou as teorias de ambos, dificilmente se veria o interesse que despertaram no século XIX, época da unificação do conhecimento científico e da descoberta das leis da sociedade que haviam sido o grande sonho da ciência e filosofia.



3 – Spencer e a classificação das ciências

"A civilização é um progresso de homogeneidade
Indefinida e incoerente rumo a uma
heterogeneidade definida e coerente."
Herbert Spencer

Recentemente estudiosos do assunto, afirmam que Spencer tenha tido um grande grau de independência face a Comte no seu pensamento filosófico sociológico.1*.

As divergências fundamentais entre ambos, deviam-se sobretudo a Comte ter tido uma visão fixa das espécies e a acreditar que era o último grande expoente do universo equiparado a Newton, Spencer ao contrário era um defensor da ideia da evolução, tendo ficado horrorizado com o apoio que as afirmações de Comte receberam, sendo o conflito entre Spencer e o positivismo essencialmente baseado na classificação das ciências e da religião da humanidade.

A filosofia positivista de Auguste Comte foi construída em dois princípios interligados, “a lei dos três estágios” e a “classificação das ciências”.

A lei dos três estágios para Comte foi derivada da evolução da mente colectiva da humanidade através de três grandes fases - a teológica, a metafísica e a positivista.

A “Classificação das Ciências” representa a ordem hierárquica em que o "resumo" das ciências - matemática, astronomia, física, química, biologia, sociologia, e (depois) ética - atingem a fase positivista.2* Montada como um sistema de escada, foi destinado a demonstrar que tinha chegado o momento para a sociologia entrar na fase positiva. Como as outras ciências, a sociologia devia ser estudada por um método peculiar para si, a história.

Comte começara a esboçar os padrões gerais e os detalhes minuciosos da sociedade e da religião do futuro, e baseado na visão do alto da escada se tornara evidente uma vez que as ciências mais elevadas foram dependentes das anteriores, Comte proclamava, a loucura daqueles que buscam o conhecimento completo, visto ser possível obter uma síntese do conhecimento que deveria ser no entanto subjectiva, esta ideia é a herança que Comte herdara do século XVIII, como a missão de trazer a unidade do conhecimento com o propósito de servir a humanidade.

Quando Spencer chegou a Londres em 1848, já os escritos de Comte e das suas ideias positivistas eram lidas e conhecidas em Inglaterra, tendo inclusive recebido tanto admiradores como críticos. Não se sabe ao certo em que época Spencer tenha tomado conhecimento das ideias e da obra de Comte. 3* Ambos encontraram-se brevemente em 1856, que foi um encontro estéril de frutos intelectuais. 

Spencer escreveu um livro denominado “a génese da ciência” que inicialmente fora escrito em artigos de revista, onde criticava as ideias de Comte em particular na divisão comteana da ciência.

Para simbolizar a organização e classificação do conhecimento, Spencer em vez da escada de Conte, preferiu usar uma árvore (tronco comum e ramificações sugerindo constante interacção, bem como evolução do homogéneo para o heterogéneo e do simples para o complexo, bem como do mais desorganizado para o mais organizado.

É baseado nestes princípios que Spencer desenvolve os seus conceitos sociológicos, onde ele vê a sociedade como um organismo vivo, em constante mutação e progresso.           
A partir do livro “Principles of Psychology” (1855) inicia-se a noção científica de medir diferenças. 4*

Portanto podemos aferir, que Spencer baseado inicialmente no positivismo, acaba por criticar Comte, devido à sua ideia de evolucionismo social, propondo uma classificação científica baseada nessas ideias que haviam sido fundamentadas já na Biologia inicialmente, mas estendeu à sociologia, economia e política, formando um sistema coerente do conhecimento científico e filosófico do seu tempo, de acordo com os ideais do Liberalismo da época.

Em suma é a critica a Comte e a “Reelaboração” de uma Classificação das Ciências, que está a maior contribuição de Herbert Spencer para as ciências, sobretudo no final do séc. XIX e inicio do séc. XX. Classificação essa que divide em três grupos: 1º - As Ciências Abstractas (lógica e matemática); 2º - As Ciências Concretas (astronomia, geologia, biologia e psicologia) e 3º - As Ciências Concreto-Abstratas (mecânica, física, química.).


É também de Herbert Spencer a defesa de um ensino básico obrigatório e laico, bem como das ideias liberais da não intromissão do Estado na economia.


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Referências:

1. W. M. Simon, o positivismo europeu no século XIX: Um Ensaio em História Intelectual (Ithaca, 1963), p.217-19
2. "Ética," a ciência abstracta de indivíduo, não fazia parte da hierarquia desenvolvidas em Auguste Comte, Cours de philosophie positive (1830-1842). Foi adicionado em 1852, quando Comte estava escrevendo o Système de politique positive (1851-1854).
3. Comentários do Cours ou partes dele apareceram na Edinburgh Review, LXVII (1838), 271-308, e em Blackwood's Magazine, LIII (1843), 397-414. Comte foi elogiado em JS Mill, A System of Logic (Londres, 1843), e no GH Lewes, Uma História Biográfica da Filosofia (Londres, 1845-1846). Ele se correspondia com Mill, Alexander Bain, e Lewes, entre outros, nas Ilhas Britânicas. Ele tinha um número de admiradores de Oxford, que formaram o núcleo do positivismo organizado na Inglaterra.
4. Herbert Spencer, "A Génese da Ciência," As discussões recentes na ciência, Filosofia e Moral (Nova Iorque, 1871), p. 190-201.

4 – Bibliografia

Eisen, Sidney. Herbert Spencer and the Spectre of Comte – Journal of British Studies, Vol. 7, Nº. 1 (Nov., 1967) pp. 48-67
Stolley, Kathy S. The Basics of Sociology  Greenwood Press – London 2005. Pp 4 e 37
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Links:


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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