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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Marcelo Rebelo de Sousa o Presidente do Consenso

Marcelo Rebelo de Sousa, venceu as eleições presidenciais em Portugal, mas tal não se pode afirmar como sendo uma derrota da esquerda e uma vitória da direita, a ser vitória é única e exclusivamente do próprio Marcelo Rebelo de Sousa e do seu discurso de concórdia, e porque avançou contra tudo e contra todos, rumando sozinho à Presidência, e sozinho esteve no discurso da sua vitória, no qual foi dizendo claramente aos portugueses que vem desdramatizar a vida política portuguesa. Marcelo tinha apresentado a sua candidatura no dia 6 de outubro de 2015, um dia após as eleições legislativas, das quais surgiu uma maioria de esquerda no Parlamento, o PSD só o viria a apoiar mais tarde, devido às mudanças políticas, à desistência de Rui Rio, e porque as sondagens davam-no como um candidato independente eleito logo à primeira volta com mais de 50% das intenções de voto, a muito custo os sociais-democratas apoiaram Marcelo.
Por outro lado também não se pode atribuir uma derrota à esquerda, que ao Partido Socialista, que acabou por não ter candidato oficial, e das suas fileiras saíram 5 candidatos, considerados independentes ainda que socialistas, já o Bloco de Esquerda obteve uma votação que consolidou a sua ascensão política em detrimento da queda acentuada da ortodoxia comunista.
Marcelo, o candidato apoiado pelos partidos do centro-direita PSD Partido Social Democrata e o PP Partido Popular, obteve 52% dos votos, seguido de Sampaio da Nóvoa, que é independente mas apoiado por uma parte do PS Partido Socialista, que obteve 22,9% dos votos, seguindo-se Marisa Matias do Bloco de Esquerda com 11,10%, todos os restantes candidatos, ficaram abaixo dos 5%, como foi o caso de Maria de Belém Roseira, também independente e apoiada por uma reduzida ala socialista, e o mesmo a Henrique Neto.
Viramos uma página da nossa história, este é o Novo Presidente de todos os portugueses, mesmo dos que como eu não votaram nele. Os portugueses gostaram do modo conciliador com que se dirigiu ao povo no discurso de vitória, dando um sinal de esperança, resta-nos desejar felicidades e sucesso no desempenho das funções que lhe foram confiadas.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Porque é que eu voto em Sampaio da Nóvoa

Eu pessoalmente voto em Sampaio da Nóvoa, por duas razões fundamentais, primeiro pela sua independência face ao poder político e partidário durante quase toda a sua vida, o que representa uma capacidade de isenção importante para o exercício pleno e qualificado da Presidência da República em nome de todos os cidadãos.
Segundo pela forma clara, lúcida e rica com que se dirige ao país, o seu discurso é um discurso Humanista e de diálogo, de abrangência, mas também de justiça social e de pontes para se construir um tempo novo.
Para além disso, apraz-me a maneira frontal e serena com que olha, a expressão facial, o tom de voz, o modo com discursa e como gesticula revelam a pessoa que está para além das aparências e das cores partidárias.
Penso que caso Sampaio da Nóvoa não venha a ser eleito, não deveria desistir de contribuir para a política de rosto humano, para uma política não do possível mas do necessário, não do óbvio mas do objetivo, não do rápido mas de uma politica como um projeto para as gerações futuras.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Presidenciais em Portugal: Esquerda X Direita

Portugal vai a votos dia 22 de janeiro para escolher o novo Presidente da República, contudo, nunca uma campanha eleitoral fora tão diferente das anteriores como esta, primeiro porque foi extremamente morna e apagada, segundo porque para os portugueses tanto faz quem seja o próximo presidente, será obviamente muito melhor e mais competente do que Cavaco Silva, que sai com o mais baixo índice de popularidade que algum ex-presidente possa ter tido.
Ao que pretendiam ver nesta campanha uma eleição partidária enganaram-se, curiosamente a esmagadora maioria dos candidatos é independente, ou diz-se independente. O que no entanto não impede a dicotomia esquerda x direita que se traduz num duelo entre dois colegas (professores catedráticos da Universidade de Lisboa) Marcelo e Sampaio.
Marcelo Rebelo de Sousa, (67 anos) fundador do PSD e ex-diretor do semanário “Expresso”, candidatou-se como independente, mas acabou por receber o apoio oficial do seu partido e do Partido Popular. Contudo Marcelo não é afeto à área da atual direção do Partido, que aliás não queria a sua candidatura, tendo preferido apresentar Rui Rio que no entanto não quis avançar.
Marcelo conta com 51,8% de intenções de voto, em sondagens com uma margem de erro de 3%, o que poderá traduzir-se numa votação entre os 48 e os 54%, caso se concretize os 51 ou 54% Marcelo será o novo presidente eleito logo à primeira volta, caso seja os 48%, concorrerá numa segunda volta com o segundo colocado.
Sampaio da Nóvoa, (61 anos), foi professor catedrático e ex-reitor da Universidade de Lisboa, é candidato independente, mas militante do PS Partido Socialista, recebendo apoio de uma parte considerável do seu partido, incluindo do Primeiro Ministro António Costa, Mário Soares, Ramalho Eanes, Jorge Sampaio entre outros, recebe apoio dos partidos Livre/Tempo de Avançar, MRPP. Sampaio tem nas sondagens cerca de 22% das intenções de voto, tem no entanto a hipótese de ir disputar uma segunda volta com Marcelo. É aliás a quem darei o meu voto, depois explicarei porquê.
Outros candidatos, vindos do PS são: Maria de Belém Roseira, (66 anos) ex-ministra da Saúde de António Guterres, tem 8% das intenções de voto; Henrique Neto, (79 anos) é empresário de indústria de moldes, conta com o apoio de uma pequena parte do partido, tem 1% das intenções de voto; Vitorino Silva, (44 anos) conhecido como Tino de Rãs é calceteiro e conta apenas com apoios regionais, devido à sua experiencia autárquica, tem 2% das intenções de voto; Cândido Ferreira, (66 anos) é médico, obtém algum apoio dos organismos socialista do norte de Portugal, com 1% das intenções de voto.
Com tantos candidatos vindos do seio do Partido Socialista, e nenhum com apoio oficial do partido, o que faz dispersar votos, devido a uma continua teimosia em evitar o sistema de primárias como faz os Estados Unidos da América, o PS faz entender aos eleitores que não está na disputa para ganhar estas eleições acabando por entregar a vitória de mão beijada a Marcelo Rebelo de Sousa.
Os demais candidatos são maioritariamente de Esquerda: Marisa Matias, (39 anos) socióloga, eurodeputada pelo Bloco de Esquerda, conta com 8% das intenções de voto; Edgar Silva, (53 anos) ex-sacerdote católico, deputado regional na Madeira, apoiado pela CDU (PCP/PEV), tem 3% das intenções de voto; Paulo Morais, (52 anos) é formado em Matemática, Professor universitário e empresário, de tendência do centro-direita, foi militante do PSD, tendo trabalhado com Rui Rio, tem 3% das intenções de voto; Jorge Sequeira, (49 anos) é professor universitário e psicólogo, tem 1% nas intenções de voto.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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