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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Globalização ou o Fim da Democracia - I

A Globalização e o liberalismo
A Globalização e o liberalismo estão a alterar os papeis entre a politica e a economia, pois submetem o papel do Estado (antes um regulador) aos grandes conglomerados económicos e financeiros (antes meros agentes).
A GLOBALIZAÇÃO não é propriamente dito exequível com um governo soberano que queria respeitar um programa de governo pelo qual fora eleito, isto porque vai contra a lógica da economia dos mercado financeiros e de grupos poderosos que tem margens anuais de lucros superiores ao PIB de países como Grécia, Irlanda e Portugal por exemplo (países que pediram resgate ao FMI e que sofreram a intervenção da Troika).
Neste sentido, pode-se observar que a democracia está a ser usada apenas como plataforma de implementação dos interesses dos grandes conglomerados, quer seja pelo Poder Executivo (governo), quer pelo legislativo e não raras vezes também pelo judiciário, ao qual cabe a responsabilidade pelo cumprimento legal, pela fiscalização das reformas implementadas, feitas através de politicas que visam reformas económicas, sociais e financeiras profundas, claramente com o intuito de retirar e afastar o Estado tanto do seu papel regulador como da sua presença em setores como a banca, os transportes públicos, as comunicações, correios, saúde, educação, energia e saneamento básico, mesmo que alguns dêem lucro, setores esses que se supõe a necessária participação de capitais públicos; posto isto, temos que as reformas liberais levadas a cabo interferem também no mercado de trabalho através de alterações à legislação laboral fragilizando os trabalhadores, bem como pela redução dos ordenados no mercado de trabalho e o fim dos apoios sociais, os quais têm vindo a gerar graves consequências sociais consideráveis, como desemprego de longa duração, emigração, empobrecimento das faixas mais idosas da população e o consequente agravamento da insustentabilidade da segurança social, que choca com o apoio estatal à banca falida, através de dinheiro público saído do bolso dos contribuintes.
O problema é morder o isco.
Um fator importante que visa essa inversão e que deve ser observado com atenção é a corrupção, por outras palavras é o isco que faltava para a implosão da democracia que tanto demorou a construir, minando um dos alicerces fundamentais que é a confiança dos cidadãos eleitores, somando-se a isto temos o quarto poder, o da imprensa com a sua voracidade em derrubar lideres e a promover outros, sobra assim, apenas um regime em que o cidadão limita-se a escolher quem é que vai exercer o cargo, não interessa se será do partido A ou do B, se é o cidadão C ou o D, acabam todos por ter de cumprir as normativas que vêm de cima, de acordo com interesses empresariais ou económicos, que são por sua vez as Multinacionais, as Agências de Rating e os Mercados Comuns como a UE, a NAFTA, Asean, entre outros, pelo que se transforma um Estado de Direito e soberano num Estado Vassalo, ou uma mera zona geográfica, como se de um simples mapa empresarial de zonas comerciais se tratasse.
A máquina que põe tudo isso a funcionar, é sem sombra de duvida a corrupção, é esse aliás o isco como acima referido, e como vem a provar as recentes revelações dos Papeis do Panamá, que é o de corromper, comprar e deixar cair na rua pela denúncia os politicos, os partidos, para desacreditar na opinião pública, não so a esquerda e a direita, mas sim todo um sistema político.
Claro que pode-se afirmar em Ciência Política que a politica é a luta pela conquista e pela manutenção do poder, mas a corrupção muda tudo isto, e o jogo politico hoje mudou de palco, não é no palanque de um líder, mas sim no escritório de um CEO, não é a falar de ideias e causas, mas sim de valores e ganhos, ou seja, por outras palavras, a Economia impôs-se à politica.
O Brasil, Portugal, Grécia e outros países que se submetem a obedecer a agenda da globalização de conglomerados e do FMI, são países cobaias, onde se verifica já, se não o fim da democracia, pelo menos uma metamorfose que visa alterar a sua função politica, para uma função meramente executiva dos interesses estabelecidos pelos mercados financeiros.
Mas porque o fim da democracia?
Os partidos continuarão a existir, e haverá eleições, contudo os governos saídos de uma Parlamento eleito não conseguirão promover reformas substanciais, tal como se observou em Portugal, quando a Troika impôs a qualquer partido e em qualquer governo as normas que devem ser cumpridas, que não podem ficar aquém das expectativas dos organismos executivos como o Eurogrupo, o FMI ou o Concelho da Europa.
Voltando atrás no tempo, quando nos anos 60 ou 70, nos países democráticos, haviam eleições, votavam-se em programas eleitorais, vimos por exemplo o caso de França em que François Mitterrand do PS, implementou uma série de reformas estruturais socializantes, ou do lado contrário, governos de direita como o de Margaret Thatcher, que impôs a privatização feroz, a luta contra os sindicatos dos mineiros e a implementação da sua politica ultra-liberal.
Hoje, não se passa assim, nos países que fazem parte da UE União Europeia por exemplo, temos um parlamento europeu que não é deliberativo e nem legislativo mas sim normativo, e temos um núcleo duro que é a Comissão Europeia, que por outras palavras é o Governo Central da Europa, de onde emanam as diretivas aos países membros, tal como o que ocorreu com a Grécia que tentou mudar o jogo, mas teve de se vergar.
Ao que parece, a Europa só não aceitou as condições que foram sugeridas pelo governo de Tsipras, porque entendia que aqueles politicos de esquerda, não poderiam influenciar o resto da Europa, entenderam que era preciso verga-los e não permitir que fossem um exemplo a seguir, e isto aconteceu mesmo depois do referendo no qual os gregos rejeitaram as politicas de austeridade da Troika, foi aqui que se viu de facto quais são as cartas em cima da mesa e quem domina o jogo, pois as mesmas propostas teriam sido aceites se os proponentes fossem da ND Nova Democracia (de direita) ou o PASOK Partido Socialista Grego (de centro-esquerda) partidos amigos ou europeístas.
Portanto conclui-se, que ao elegermos democraticamente um parlamento do qual sairá um governo, os programas eleitorais não serão implementados porque as politicas impostas não não o permitem, embora as respectivas diretivas nem sequer tenham sido escrutinadas pelos demais cidadãos europeus, torna esta prática centralizadora um ato político antidemocrático, que limita o ato de votar de cada cidadão numa simples cerimónia secundária.
É um novo colonialismo, uma nova ditadura? perguntam alguns; Mas penso que talvez nem seja isso, mas mais do que isso, uma subversão doce, disfarçada e colorida de um sistema, as pessoas, os povos a serviço de interesses poderosos, mas de forma totalmente desvinculada de humanismo e preocupações sociais.

> Continua no próximo post: Globalização ou o Fim da Democracia - II

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A Era da Incerteza # 1.2 - A Paisagem

1.2 - A Paisagem

Os economistas têm periodicamente tentado descrever o sistema económico para os leigos, como se se tratasse de uma máquina. A matéria-prima alimenta-a; os trabalhadores põe-na em movimento; os capitalistas possuem-na; o Estado, os donos da terra, os capitalistas e os trabalhadores partilham o seu produto, geralmente de uma forma clamorosamente desigual. A impressão seria melhor se se pensasse num mundo económico como uma paisagem. Antes da Revolução Industrial, esse mundo era fundamentalmente agrícola  Os batalhadores empregavam-se, na maior parte, na agricultura. Rendimento e poder, duas coisas que geralmente andam juntas, eram expressas pelo tamanho e magnificência das habitações onde as pessoas viviam; as dos trabalhadores rurais eram muitas e sórdidas, A abundância de mão-de-obra e a relativa escassez da terra favoreciam o proprietário, tal como a tradição, a posição social, as leis e a educação. A casa do dono da terra refletia esse statu privilegiado.

O Estado, por sua vez, exercia outro domínio  primordial, tanto sobre o dono da terra como sobre o trabalhador. O poder descia do governante para o dono da terra e deste para o trabalhador. À medida que o poder percorria os sucessivos escalões, o rendimento aumentava. É uma lei que convém lembrar. O rendimento flui quase sempre ao longo do mesmo eixo que o poder. mas na direção oposta.

Nem o poder estatal nem o dos possuidores da terra era absoluto. Na Inglaterra, por altura da Revolução Industrial, tanto graças à lei como à tradição, os rendeiros e os próprios trabalhadores rurais dispunham de algumas defesas mínimas contra o poder dos seus senhores. Havia leis reguladoras das suas indemnizações e expulsões que tinham de ser respeitadas. E em Runnymede, em 1215, uma grande assembleia tinha selado um compromisso histórico com a liberdade humana, de particular incidência na fixação rigorosa dos direitos da propriedade imobiliária. Em consequência disso, a posição dos grandes proprietários da terra ficou substancialmente protegida contra as incursões do rei. Contudo, a Inglaterra era um caso ímpar, Em França, os camponeses estavam muito menos protegidos contra os seus senhores; tanto os que não possuíam terras como aqueles que as tinham, eram muito mais vulneráveis às exigências do rei cada vez mais insistentes. E o mesmo se passava no resto da Europa, agravando-se à medida que se penetrava no Oriente e na Ásia. Na Índia, no longínquo domínio dos Mongóis - em cujas cortes deslumbrantes do século XVII europeus artística e arquitetónicamente mais primitivos tinha começado a abrir o seu caminho - toda a terra era considerada como uma grande plantação pertencente ao Grão-Mongol.

John Kenneth Galbraith
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Autor do blog Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

A Era da Incerteza # 1.1 A Origem

1.1 - A Origem

As ideias que explicam a moderna vida económica tomaram forma durante um longo período de tempo, tal como as constituições económicas que procuram explicar. Mas há um ponto em que todos concordam e pelo qual poderemos começar. Na última metade do século XVIII a vida económica na Grã-Bretanha e, em menor escala, em toda a Europa Ocidental e, logo a seguir, na Nova Inglaterra, foi transformada por uma sucessão de invenções mecânicas - a máquina a vapor e uma série de inovações notáveis na indústria têxtil: a lançadeira volante (que apareceu mais cedo), logo de seguida da máquina de fiação para oito fios, depois a fiadeira movida a água, a fiadeira automática aperfeiçoada e, finalmente, o tear mecânico.

A roupa era (como continua a ser) instrumento fundamental de ostentação da gente rica e uma utilidade que o pobre não podia dispensar.

A fiação manual e a tecelagem eram processos infinitamente lentos e caros; a compra, por um cidadão da classe média, de um casaco, era comparável nos tempos modernos ao de um automóvel ou até mesmo de uma casa. As novas máquinas tiraram ao fabrico dos tecidos o seu caráter familiar, transferiram-no para as fábrica e tornaram o produto barato - um artigo de consumo de massa.

Com a Revolução Têxtil, surgiu uma tendência generalizada para as modificações técnicas, e de grande confiança e orgulho nos seus resultados. foi uma coisa parecida com a eclosão  de confiança na tecnologia e nas suas maravilhas que se seguiu à Segunda Guerra Mundial. No entanto, a Revolução Industrial arrastou outra revolução no pensamento económico.

Estas ideias continham indícios do mundo futuro, mas eram também - pormenor importante - profundamente influenciadas pelo mundo até então existente, praticamente o mundo da agricultura. Nem poderia ser de outra forma. Até aí, à vida económica, com exceção de um pequeníssimo número de privilegiados, apenas se pedia que fornecesse a cada um e à sua família três coisas - comida, roupa e abrigo. Tudo isto provinha da terra. A comida em primeiro lugar, claro. E as peles, a lá e as fibras vegetais. Quanto às casas, tal como eram então provinham da floresta, da pedreira, ou do forno do tijolo mais próximos  Até à Revolução Industrial, e ainda depois dela, durante muito tempo em muitos países, toda a economia era agrícola.

John Kenneth Galbraith
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Autor do blog Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A Era da Incerteza # Introdução

Um dia, no Verão de 1973, quando a escandalosa revelação do caso Watergate era a única coisa que me ocupava o espírito, recebi um telefonema de Adrian Malone, da BBC de Londres. Malone queria saber se eu estava interessado em colaborar numa série de programas de televisão acerca de alguns aspectos não especificados da história das ideias económicas e sociais.
A proposta surgiu-me num momento excecionalmente oportuno. Os professores de Harvard são compelidos, por uma tradição que deve remontar ao tempo dos peregrinos,[1] a manifestar a sua profunda paixão pelo que ensinam. Mesmo aqueles cujo enfado é mais que visivelmente retribuído pelas suas minúsculas turmas, falam no que toca ao Clube da Faculdade, de como é profunda a sua dedicação às funções que exercem. Eu achava a perpetração dessa fraude cada vez mais difícil. Já tinha dado comigo, uma ou duas vezes, a olhar com certo fastio para filas de rostos jovens e ansiosos. Uma coisa terrível: começava a pensar em reformar-me. Porque não? Porque não experimentar o vasto e impessoal auditório da televisão? Não havia – tinham-me dito já – a menor hipótese de ouvir os telespectadores a desligar os aparelhos. Que importava se um homem adormecia, se um casal desistia? O dia não tinha corrido grande coisa, o amor tinha as suas exigências e, de qualquer forma, eu nunca o saberia. Depois de uma hesitação quase simbólica, aceitei. Reuni-me com Adrian Malone. Dick Gilling, Mick Jackson e David Kennard – os homens que iriam ser, durante os três anos seguintes, meus constantes e tão estimados companheiros de trabalho.
Depressa acordamos no título a dar à série: «A idade da Incerteza» soava bem, não limitava o pensamento e sugeria o tema básico: iríamos estabelecer o contraste entre as grandes certezas do pensamento económico do século passado e a enorme incerteza com que defrontamos os problemas da nossa época. No século passado, os capitalistas estavam convencidos do êxito do capitalismo, os socialistas, do socialismo, os imperialistas, do colonialismo, e as classes dirigentes sabiam que todos esperavam que elas governassem. Só uma ínfima parte dessa certeza sobreviveu até hoje. Dada a espantosa complexidade dos problemas que o género humano atualmente enfrenta, seria, sem dúvida, bizarro que tal certeza permanecesse.
Com o decorrer das nossas discussões, surgiu um novo tema, ao lembrarmo-nos de uma coisa que está longe de ser original: as ideias são importantes, não apenas em si mesmas, mas também na medida em que explicam ou interpretam o comportamento social. As ideias dominantes de uma época são as que guiam as pessoas e os governos. Portanto, ajudam a moldar a própria história. Aquilo que os homens pensam do poder do mercado ou dos perigos do Estado está presente na leis que esses mesmos homens decretam ou não decretam – no que exigem do governo ou confiam às foras do mercado. Assim, o tratamento que daríamos às ideias podia dividir-se, grosso modo, em duas partes: Primeiro, os homens e as ideias depois as consequências destas. Em primeiro lugar Adam Smith, Ricardo, e Malthus, a seguir, o impacto dos seus sistemas na Inglaterra, na Irlanda e no Novo Mundo: primeiro, a história das ideias económicas, depois a história da economia.
Esta divisão deveria caracterizar, não só os programas iniciais e os primeiros capítulos deste livro, mas também toda a sequência da série.
Em dada altura passaríamos dos homens às consequências, das ideias às instituições. A última das grandes figuras da economia de que me ocupo é Keynes. Isto não significa que seja a última a merecer referência; deve-se apenas ao facto de aquelas que se lhe seguiram terem nascido demasiado tarde. Que nem eles nem os seus amigos se lamentam. A televisão não vai acabar. As ideias e as instituições resultantes foram as matérias-primas com que se construíram a série e este livro, e ambos têm as suas exigências.
Um trabalho como este, para a televisão, leva, por si mesmo, a uma especialização simples e óbvia. A substância seria minha; a apresentação pertenceria aos meus colegas da BBC. Se esta divisão fosse subvertida, os resultados seriam, certamente, deploráveis. Uma apresentação eficaz – uma planificação inteligente, a busca de cenas relevantes, a fotografia e a direção – só era possível na medida em que os meus colegas mergulhassem profunda e profissionalmente nas ideias. Foi o que fizeram. E, ao fazê-lo, influenciaram grandemente o meu pensamento, contribuíram muito para a minha informação. Esses benefícios fazem parte deste livro. Em troca, embora isso fosse geralmente menos importante, sugeri cenas e locais para fotografias e, ocasionalmente, como deveria ser dado significado visual a determinadas coisas.
A minha associação com a BBC não se limitou aos produtores e aos diretores. A British Broadcasting Corporation, como muitos devem saber, é uma grande organização. No mundo da televisão responsável, há a BBC e os outros. O seu génio reside na qualidade das pessoas que atrai e também no facto de cada um sentir – os talentosos operadores de câmara, sonoplastas, luminotécnicos, assistentes de produção, colaboradores vários – que partilha verdadeiramente a responsabilidade pelo produto final.
Trabalhar para a televisão, todos os escritores que experimentaram o sabem, é muito diferente de escrever um livro. A administração do tempo tem de ser rigorosa. Uma hora de Karl Marx pode parecer interminável a alguns telespectadores, em relação à sua vida, longa, intensa, variada e prodigiosamente ativa – é apenas um minuto. Não se trata de simplificar; pode-se expor uma ideia central rapidamente, com o rigor e a clareza, e, mesmo assim, ser-se chamado à pedra. A disciplina do tempo manifesta-se na necessidade de seleção – temos de nos concentrar nos pontos mais importantes e, ainda assim, escolher alguns de entre eles. E tudo o que o autor selecionar será profundamente pessoal; que ninguém  pense que o que ele escolhe para dizer acerca de Adam Smith, Ricardo, Karl Marx, Lenine ou John Maynard Keynes, ou a própria seleção destas figura, de preferência a outras, reflete uma sabedoria imutável e objetiva. Em televisão, não se pode ser exaustivo. Apenas se pode esperar que a seleção seja razoavelmente apreciada. O que se pode propor, com toda a diplomacia e tato, aos críticos – àqueles que, na tradição do seu oficio, juntam calor e uma generosidade infalível a uma profunda perceção – é que digam se o que fizemos contribuiu alguma coisa para o conhecimento humano.
Num programa de televisão, uma parte da história é contada pelas imagens, outra pelas palavras. Ninguém pensaria em publicar um livro que contivesse as imagens sem as palavras (bom… convém ter cautela ao dizer isto: hoje, os editores publicam quase tudo). Da mesma forma, ninguém pensaria em publicar as palavras escritas para o écran. Um texto para o cinema ou para a televisão é uma coisa mutilada, uma forma sem rosto. Deve ser também concebido sem esquecer que o telespectador o ouve apenas uma vez. Quiçá em programas deste tipo se devesse proporcionar a quem os vê a possibilidade de repetir imediatamente os pontos mais difíceis. Mas tal não acontece. O autor de um livro, ao contrário, parte do princípio que o leitor, ocasionalmente, dará, às vezes, uma vista de olhos às páginas já lidas, para tornar aquilo que o autor diz ou tenta dizer.
Quando reparei a série, escrevi primeiro ensaios cuidadosos acerca dos assuntos a tratar. Foi a partir desse material básico que se desenvolveram os textos para a televisão. Com os ensaios originais, melhorados pelos «scripts», escrevi então este livro, que muitas vezes vai para além das ideias e dos acontecimentos focados no programas de televisão. Felizmente que um capítulo não tem de ser limitado ao que se pode ler numa hora – pelo menos, por enquanto. O livro tem gravuras, mas para ilustra a história. As palavras foram escritas para viverem por si mesmas. Emergi dos meus três anos com a BBC com um maior respeito pela televisão; mas de modo algum acredito que a palavra escrita seja obsoleta ou para lá caminhe.
John Kenneth Galbraith



[1] Primeiros colonos puritanos ingleses que em 1920, fundaram a colónia de Plymouth, no atual Estado de Massachustts, EUA – NT.


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Princípios de Gestão

Equipe Humanos Silhuetas Desenho Apresentação
A gestão faz parte não apenas do mundo dos negócios, ou de assuntos de Estado, mas também como é óbvio é uma farramenta necessária a todos, instituições, organizações, grupos de pessoas ou familias, no intuito de administrar os recursos disponiveis face às necessidades sentidas de modo a produzir os resultados desejados, quer seja o consumo ou produção de bens e serviços.

Aqui optei por não colocar os resumos de aulas, como noutros posts anteriormente editados, mas sim a hiperligação para o ficheiro do Resumo do livro "Princípios de Gestão (61029) em pdf, da Universidade Aberta de Portugal, da autoria de "Sebenta UA" e que conta com os seguintes capítulos:

Capítulo 01 - A gestão e a sua evolução,
Capítulo 02 - A empresa e o seu ambiente,
Capítulo 03 - Planeamento e processo de decisão,
Capítulo 04 - Tomadas de decisões,
Capítulo 05 - Organização processo e estrutura,
Capítulo 06 - Motivação,
Capítulo 07 - Lideraça,
Capítulo 08 - Comunicação,
Capítulo 09 - Comunicação na organização,
Capítulo 10 - O processo de controlo,
Capítulo 11 - Técnicas de controlo,
Capitulo 12 - Gestão do conhecimento e aprendizagem organizacional,
Capítulo 13 - Internacionalização da empresa,
Capítulo 14 - Ética e Responsabilidade social nas empresas.

Abaixo a Hiperligação para este manual e outros livros sugeridos

Princípios de Gestão (61029) Download - Aqui
Gestão Financeira - Download - Aqui
Gestão de Pessoas na Prática - Download - Aqui

Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

domingo, 1 de junho de 2014

Desemprego # 1 - Tipologias

Entende-se por desemprego, fundamentalmente a parte da população ativa de um país que não está a trabalhar, quer por conta própria (pequeno, médio ou microempresário) quer por conta de outrem (contrato com terceiros), que está disponível para trabalhar e que está à procura de trabalho. Em ralação à população ativa, pode dizer-se que corresponde à parcela da população que encontra-se entre os 16 e os 66 anos de idade, que são o primeiro ano em que se pode iniciar a atividade laboral, e o segundo que é a idade para se obter a reforma (aposentadoria).

A situação de desemprego está diretamente ligada ao mercado de trabalho, que o mesmo será dizer que neste mercado quem procura trabalho são as empresas, e quem oferece trabalho são os trabalhadores.

A diferença entre os termo trabalho e emprego, pode ser compreendida de modo simples pelo facto de trabalho ser a realização de qualquer tarefa, seja ela paga ou não, contratada ou não, enquanto emprego, é a situação especifica de um trabalhador vender (empregar) a sua força de trabalho,  bem como a disponibilidade do seu tempo e do seu saber, em troca de uma remuneração, acordada em contrato.

O desemprego está também ligado aos ciclos económicos, que variam de acordo com o crescimento da economia mundial, nacional e local, que geram oscilações da procura e da oferta, em tempos de crise, a procura diminui e com isso gera-se a queda das procuras, e consequentemente da produtividade e do emprego.

Há fundamentalmente três tipos diferentes de tipologias de desemprego, a saber
1.º - desemprego estrutural, É o tipo de desemprego que está diretamente relacionado com a oscilação da oferta e da procura no mercado de trabalho, ocorre quando as características da oferta de trabalho por parte dos indivíduos não corresponde as características pretendidas da procura de trabalho pelas empresas, ou seja, as qualificações dos trabalhadores a oferecer a força de trabalho não corresponde às necessidades do mercado, daí não se complementarem, e o desemprego permanece, podendo haver o mesmo numero de desempregados e o mesmo numero de vagas, mas que não conseguem ser preenchidas por falta de qualificações adequadas às mesmas, daí haver indivíduos que optem por procurar formação e emprego noutras áreas.
2.º - desemprego conjuntural está relacionado com a conjuntura económica de um dado país, portanto muito diretamente é afetada pelas oscilações do PIB, que segundo a teoria denominada de 'Lei de Okum', a cada quebra de 2% do PIB a taxa de desemprego aumenta 1%, é portanto um tipo de desemprego onde a procura de trabalho por parte das empresas é muito reduzida, gerando também uma quebra no nível salarial, ou podemos dizer que é uma situação de desemprego cíclica, pois é diretamente influenciada pelos ciclos económicos de receção e expansão da economia.
3.º - desemprego friccional, resulta da movimentação da mão-de-obra, de uma empresa para outra, sendo este tipo de desemprego, considerado o mais natural, pois existe sempre independentemente dos ciclos económicos, e sobretudo hoje em dia, na aldeia global, a procura de emprego é cada vez mais feita além-fronteiras.

Para além destes três tipos de desemprego, há que ainda que ter a noção das diferentes formas de emprego que são os seguintes e a sua relação social (Castel, 1995):
a-) Emprego estável - é o emprego que contribui para socialização dos indivíduos pelo trabalho
b-) Emprego precário -  É a situação de trabalho que devido à fragilidade do mesmo, coloca o trabalhador numa zona de vulnerabilidade social.
c-) Perda de emprego - É a situação que acarreta uma rutura progressiva dos laços sociais do individuo, também denominado de desfiliação.

Por Filipe de Freitas Leal


Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.





Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Menor Crescimento Económico na América Latina

Prevê-se que em 2014, o crescimento económico na América Latina, deverá abrandar, acordo com os dados fornecidos pela CEPAL Comissão Económica para a América Latina e o Caribe, será aproximadamente da ordem dos 2,7% de crescimento e isso deve-se ao baixo nível de atividade na economia do Brasil e do México.
O Brasil e o México, sofreram com a desaceleração continuada no comércio externo, a crise do mercado mundial, e especialmente na Europa, para além disso há condições mais difíceis e menos favoráveis para os mercados de exportação, e por outro lado está a abrandar naturalmente a economia depois de um boom nos anos anteriores, e a crise ainda pode causar mais desemprego e gerar assim a descida dos salários queda dos salários, devido à diminuição da procura interna.

Esta fragilidade nos mercados mostra-nos que é preciso haver uma preocupação dos governos latino-americanos para uma maior justiça social, e isso demonstra a necessidade de uma economia de rosto humanista.
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O Orçamento Europeu da Crise

O Orçamento da União Europeia para 2013, que foi feito em Bruxelas, por acordo dos 27 Estados Membros, é um orçamento mais magro, com uma redução na ordem dos 52 biliões de euros, afetando claramente os países em maiores dificuldades  como Grécia, Portugal e Espanha, no entanto, todos cantam vitórias, tentando convencer no contexto interno os seus cidadãos.

O Parlamento Europeu, votará o orçamento, e há uma clara tendência de dificultar este orçamento, pois muitos países não aceitam os cortes orçamentais previstas para este orçamento, pois para muitos, trata-se de um orçamento de austeridade, que não visa a coesão social dentro dos Estados Membros e não promoverá as políticas sociais que foram o símbolo de uma Europa a 12 no tempo do socialista Jacques Delors, bem como não promoverá o crescimento económico ou a recuperação económica tão desejada a sul.

O Orçamento europeu da austeridade, cai como uma bomba nas oposições dos países membros, quer à esquerda quer à direita, que se pergunta que políticas então promoverão o crescimento económico quer europeu quer global, e precisamente neste ano realiza-se o Global Media Forum, promovido pela cadeia alemã DW - Dewtsch Welle, com o tema "O Futuro do Crescimento - Valores económicos e a media" onde estarão representados mais de 2000 jornalistas e repórteres de 115 países, para debater a situação da economia mundial e os efeitos da mesma sobre o desenvolvimento sustentável, dos diversos povos do globo.

Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.
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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estudante de Serviço Social no  Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do humanismo, edita outros blogs, cujo teor vai da filosofia à teologia, passando pelo apoio ao estudo autodidático. (ver o Perfil  

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Carta Aberta ao Primeiro Ministro de Portugal

Sr. Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, é com espanto e grande surpresa, senão mesmo aflição, que os portugueses, vêm ser tomadas mais medidas de austeridade, que em muito afetam o nosso povo e penso que em pouco ou nada resultam para a recuperação económica do país, como aliás até aqui não resultaram.
Há muita coisa que é dita, mas há algo que tem sido esquecido nas críticas que são dirigidas a si e a todo o governo em geral, é a de que se deve procurar (no âmbito da justiça), apurar responsabilidades da atual situação, bem como punir os responsáveis, no mínimo com a inibição dos seus direitos políticos, impedidos assim do exercício do poder bem como da capacidade de serem eleitos, e isto é algo de suma importância, para que se possa recuperar a credibilidade, é deveras o que o povo exige, ainda que numa maioria silenciosa, pede que a justiça seja feita em nome da democracia e do Estado de Direito.
Outrossim, é de que as medidas que têm vindo a ser tomadas não são potencialmente promotoras do emprego, nem do desenvolvimento, e não nos deixam vislumbrar qualquer hipótese de um futuro próspero para este país, até porque se os portugueses são aconselhados a emigrar, é o mesmo que lhes dizer, não tenham esperança!
O que verdadeiramente falta a todos os governos portugueses, ou melhor a Portugal, é haver um projeto, não de governação para quatro anos, mas sim um projeto das linhas de futuro e do rumo que o País quer tomar, mediante as suas potencialidades e necessidades, e definir com clareza o que queremos para Portugal, onde queremos chegar, qual o nível de desenvolvimento a que nos propomos sacrificar, e isso tudo inclui politicas de formação e educação, politicas habitacionais, politicas de transportes públicos, politicas de saúde pública, a médio e longo prazo, num trabalho em conjunto de todo um povo, mas não é isso que se está a fazer hoje, testemunhamos exatamente o oposto, os portugueses sentem que Portugal neste momento é um comboio desgovernado pronto para descarrilar a qualquer momento, ou seja a bancarrota e a desgraça de tanta gente que lutou e acreditou nos seus políticos, no seu país, tanta gente que ama Portugal e o defende, sente-se traída, porque ao que pagaram em impostos para gerirem o país, receberam em troca a incerteza e a humilhação, e é por isso que o povo indignado se manifestará na ruas, dia 15 de Setembro.
Há que entender, que o serviço público seja ele qual for, é uma obrigação do Estado, e não tem necessariamente que gerar lucro, é para isso que se pagam impostos, é uma necessidade e um direito dos cidadãos contribuintes, que exigem que lhes sejam prestados serviços que vão da televisão (mas com qualidade por favor) ao saneamento básico, passando pelos serviços de rádio, de correios, de banco, de saúde pública (hospitais e centros de saúde), escolas, faculdades, creches, transportes públicos, e tudo isso é pago pelos contribuintes que exigem que esses serviços funcionem e não aceitam que sirvam para pagarem-se absurdos ordenados a gestores que sabem menos que os recém licenciados em administração ou economia. que aliás, muitos encontram-se no desemprego e fariam melhor serviço à nação, comparados com os Barões que ganham sem trabalhar, e sobretudo sem saber gerir.

E quando se entra ou se sai pela porta das traseiras, sendo um governante e no intuito de evitar o contacto com a população, isto é um sinal inequívoco para o povo, de que está já instalado, um processo irreversível de uma política económica e financeira de mais austeridade sem querer ouvir a opinião pública e os cidadãos, mostrando claramente o resultado de subserviência aos interesses do capitalismo financeiro, que vêm as populações como meros objetos e o país como mero produto de mercado para compra e venda.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diverso

domingo, 22 de julho de 2012

Crise - Cresce Insolvência de Famílias e Empresas

Em Portugal  verificou-se um aumentou na ordem de 83% no numero de insolvências de famílias e falências de empresas, só no primeiro semestre deste ano, o mesmo é dizer que triplicou face ao ano passado, sendo que terão dado entrada nos tribunais, cerca de 53 processos diariamente, o que acarreta que os tribunais fiquem agora totalmente repletos de processos, segundo o jornal público.
Tudo isto é consequência da crise financeira europeia que afeta vários países da zona euro e que se vive também em Portugal, em especial na Região Norte, onde o número de falências e insolvências é muito superior ao resto do país, tudo isto é vivido num ciclo vicioso de falência de empresas, desemprego e falta de capacidade financeira para os particulares continuarem a respeitar os pagamentos das suas obrigações mensais, bem como inclusive gastos de saúde e alimentação, fazendo assim com que há hoje na sociedade portuguesa verdadeiros flagelos, vividos em silêncio e no desespero de homens, mulheres, crianças e idosos que não sabem o que fazer à vida.
O mercado de trabalho está estagnado e os índices de desemprego teimam em aumentar, engrossando ainda mais as famílias falidas.
Segundo dados do jornal "Publico" registaram-se 9.637 insolvências de famílias, sendo que um dos fatores associados à crise, desemprego, endividamento e perda de recursos financeiros é também o facto de as famílias estarem mais informadas sobre este mecanismo, e de o encarar como uma saída possível, como é o caso do site "Plano Viável" de Florbela Oliveira no programa de TV "Querida Júlia" onde dá informações pertinentes ao sobre endividamento e insolvência das famílias.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Alfred Marshall

Um dos maiores economistas de sempre, que foi muito influente no seu tempo, Alfred Marshall, (nascido em Londres 1842, e falecido em Cambridge no ano de 1924.

Escreveu um célebre livro de economia "Principles of Economics" Principios de Economia, onde definiu muito claramente a noção económica de Oferta x Procura, além da Utilidade Marginal e dos custos de produção. O seu livro foi um dos principais manuais de economia por muito tempo.

A sua aptidão por matemática desde menino o levaram alto nos estudos e ingerssou na Universidade de Cambridge, tinha como objetivo ser ministro (pastor) da Igreja Anglicana, mas o seu sucesso na universidade fizeram que ingressasse na carreira académica na qual foi Professor de Economia Política, desviando-o do seu objetivo inicial, Marshall viria a ser professor de notáveis economistas como John Maynard Keynes, e os alunos de Cambridge gozaram por muito tempo de um grande prestigio devido à influência de Marshall.

Diz-se que seguiu na senda de Adam Smith, ou de John Stuart Mill ou ainda de David Ricardo, é possível, no entanto há muito de próprio nas ideias e no modo como Marshall via e encarava  a economia, daí o seu contributo que consistiu em utilizar a matemática aplicada como meio de análise do fenómeno económico.

Tal como a cultura britânica muito pragmática, Marshall levou à economia esse modo de pensar e agir, fazendo que só os factos observados, reais e lógicos fossem tido em conta no momento de decisões económicas, os seus conceitos também o foram, e por isso permaneceram e influenciaram toda a ciência económica, utilizando a noção de Tempo nos conceitos económicos, com os quais desenvolveu a teoria de custo de produção, utilidade marginal e desenvolveu a teoria da procura e da oferta.

Link:
http://www.pensamentoeconomico.ecn.br/


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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