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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Fidel Castro - Morreu o Homem, Vive o Mito


Fidel Castro Ruiz, o líder cubano morreu, mas o mito vive, e vive por ter sido a imagem e o simbolo do socialismo latino-americano que influenciou a juventude e os partidos de esquerda nos anos 60 e 70 bem como marcou o curso da História do Século XX, um século marcado pela Guerra Fria e a disputa entre o mundo capitalista o mundo comunista.

Castro, foi acima de tudo uma pessoa incontornável, contudo ao mesmo tempo que foi o líder da libertação cubana e o fim do regime ditatorial de Fulgêncio Batista, foi também ele o ditador que o sucedeu, não deixando de ser um paradoxo, se por um lado libertou Cuba ao lado de Che Guevara e depois cuidou de melhorar as condições de saúde do seu povo, erradicou o analfabetismo, desenvolveu o ensino superior em cuba, foi por outro lado, o novo ditador de um regime atrelado à URSS, de cariz persecutório: Se por um lado o atraso económico deve-se ao bloqueio que os Estados Unidos impuseram e que o Papa Francisco e o Presidente Obama fizeram cair, não deixa de ser um atraso também pelo facto de que a liberdade de expressão e associação estavam vedadas em cuba durante o seu governo.

Fala-se que o Século XX, só morreu agora com o desaparecimento de Fidel Castro, o que resta saber é se o futoro nasce agora, com a ausência da Eminência Parda que era Fidel no governo do seu irmão Raul Castro, até porque agora depende muito mais dos Estados Unidos em cumprir o fim do embargo, 
quanto a cuba, cabe agora abrir a porta para a democracia e os direitos humanos. 

domingo, 24 de janeiro de 2016

Os Refugiados Judeus do Navio Saint Louis

Foi no ano de 1939, antes do rebentamento da II Guerra Mundial, o Saint Louis, o nome do transatlântico que partira de Hamburgo na Alemanha, e que hasteava a bandeira germânica, mais precisamente a bandeira do III Reich, o navio alemão levava a bordo quase mil passageiros, o capitão Gustav Schoroder, desvia a sua rota, e procura um porto seguro para desembarcar os passageiros. Porquê, porque 937 dos passageiros eram judeus, dos quais 158 eram crianças, e cujas vidas estavam condenadas na Alemanha Nazista.
O Primeiro destino que o St. Louis teve foi Havana, capital de Cuba, e foi lá que o Capitão tentou encontrar refugio para os passageiros, no entanto o regime cubano de então rejeitou dar asilo aos refugiados judeus, por ter havido alterações legais no país que impediam o desembarque de pessoas que pretendiam salvar as suas vidas e as vidas de seus filhos, pois encontravam-se em perigo na Alemanha, muitos já tinham mesmo sido vitimas de ameaças e até mesmo de perseguições.
A recusa de cuba, leva o capitão a rumar para a Florida, onde esperava encontrar uma atitude mais compreensiva e até solidária do que em Havana, contudo testemunhos da época de alguns passageiros, relatam que não se chegou a tentar entrar nos Estados Unidos da América, porque o navio St. Louis, teria sido impedido pela marinha estadunidense de continuar a sua marcha, como foram disparados tiros de advertência para se afastarem das águas territoriais estadunidenses.
O desespero de homens, mulheres e criança é grande dentro do St. Louis, a agonizante situação de incerteza, pelo que após ter sido rejeitada a entrada em Cuba, Estados Unidos e até no Canadá, o navio volta à Europa, após negociações dos Estados Unidos com países europeus para que aceitassem receber os refugiados judeus, o Navio dirigiu-se assim para o porto de Antuérpia e onde foram acolhidos a muito custo, pelo governo britânico 288, os restantes 619 refugiados judeus, foram distribuídos por França, Bélgia e Holanda, assim os judeus sentiram-se a salvo do Regime Nazista.
Esse asilo dourado e saboroso da sobrevivência dos refugiados e exilados judeus alemães, foi uma solução que se revelou uma falácia. Em setembro daquele mesmo ano de 1939, rebenta a guerra, a Alemanha invade a Polónia, e despoleta-se assim o complexa rede de alianças politicas e militares, Hitler invade a Holanda a Bélgica e a França em 1940, dos refugiados do St. Louis, 254 morreram em campos de concentração, a maioria em Auschwitz.
Os refugiados não são uma novidade, mas a realidade do sofrimento dos refugiados é perene, persistente e cheia de injustiças, caso estes refugiados tivessem sido aceites, não se teria perdido nem uma vida, a recusa equivaleu a uma condenação à morte e assim continua nos dias de hoje, o preconceito e o ódio xenófobo, racista e antissemita são condenações à morte de todos os que uma dada sociedade não aceita.





Referências:
www.holocaustonline.org
www.cibercuba.com/cuba-lecturas


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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