Mostrar mensagens com a etiqueta Conflito israelo-árabe. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Conflito israelo-árabe. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

As Causas do Conflito Israelo-árabe (4)


Um dos maiores antissemitas do Irão foi o ex-presidente Ahmadinejad, que certa vez afirmou: "Se o Holocausto existiu e se foram os alemães os responsáveis pelo Holocausto, então que tivessem criado Israel na Alemanha".

Ora, o que Ahmadinejad não sabe e nem entende, é que os Judeus não têm ligação à Alemanha e sofreriam ataques, como o do fatídico 7 de outubro de 2023.
Não esqueçamos que mesmo depois do Holocausto, ocorreu um enorme Pogrom na Polónia, onde foram reavivadas as acusações de libelo de sangue contra os judeus, na Alemanha não seria diferente, porque é a Pátria dos Povos Germânicos, sendo assim, se é para lutar por uma pátria judaica, então só a Palestina vale a luta, porque é a Terra ancestral dos judeus, e de onde sempre residiu um número remanescente.

Nem seria diferente se tal como sugerido no início do século XX, se se colocasse todos os judeus da Europa no Alentejo (sul de Portugal), ou outras propostas que iam no sentido de os "despejar" em Angola (na altura era uma Província ultramarina de Portugal, daí o facto de Salazar chamar à I República, de a Republica Judaica).

Ouve ideias de nos enviarem para o Quénia, Etiópia, mas em vão, porque todas essas terras tinham gente autóctone, gente que chama àquela terra de sua pátria; então a solução para o problema judaico ou Questão Judaica que continuava a ensombrar a Europa era, até que Balfour deu força ao movimento do Sionismo ao declarar: "Os judeus têm o direito de criar um estado judaico na sua pátria ancestral na Palestina". Há que lembrar, que naquela altura os judeus nascidos na Palestina eram igualmente palestinianos, tal como eram palestinianos os árabes e os cristãos lá nascidos, a Palestina nunca fora uma Nação no sentido étnico, tal como o Alentejo ou as Beiras não o são, são meramente partes territoriais da nação, etnia ou outro adjetivo para a nacionalidade portuguesa.

Nesse sentido e após a trágica experiência do Holocausto Nazi-fascista com a sua Solução Filal que levou à morte de 6 milhões de judeus nos campos de extermínio, por isso a a comunidade internacional viu a necessidade e a possibilidade de promover a Partilha da Palestina em 1947 entre palestinianos judeus e palestinianos árabes.

E não, Ahmadinejad não tinha, nem tem nenhuma razão, é apenas um Senhor da Guerra, um antissemita, um antissionista, um antijudaico, um antiocidental, presidiu o Irão, uma ditadura teocrática que persegue os curdos e minorias religiosas. O Irão que é hoje o Desestabilizador continental que ao promover a Guerra e não a paz, pode conduzir a região do Médio Oriente para uma grande guerra.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

As Causas do Conflito Israelo-árabe (3)


Se me perguntarem se concordo com a continuação dos ataques com bombardeamentos em Gaza, afirmo que não concordo, tal como muita gente em Israel também não concorda, como os familiares dos reféns, os partidos da oposição e até a imprensa, porque acham contraproducente, ou até mesmo perigoso para Israel, na medida em que a paciência dos Sunitas tem limites e podem virar o tabuleiro de xadrez ao contrário. E é isso que o Irão e o Hamas querem, quantos mais mártires melhor para os terroristas, porque colocam os europeus contra Israel, contra o Sionismo e por extensão, contra todos os judeus.

Mas há muitos Palestinianos revoltados com o Hamas, dizem os civis que são usados como carne para canhão, enquanto os terroristas estão escondidos e a sobreviver. Muito embora, segundo a BBC tenham morrido perto de 8 mil terroristas do Hamas segundo cálculos divulgados por ONG's a partir de especialistas em contabilizar baixas em conflitos de guerra.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

As Causas do Conflito Israelo-árabe (2)


O Antissemitismo que se vive na Europa desde o Primeiro Século. Começou no Egipto em Alexandria no Ano 38 EC (Era Comum) onde ocorreu o primeiro grande massacre contra o povo judeu. Posteriormente após o fim do Império Romano, os judeus que foram expulsos da sua terra que passava a chamar-se Palestina (romanização de Filisteia) estavam já espalhados por toda a Europa. todavia, não tinham o reconhecimento da cidadania, os judeus eram como párias nas sociedades nas quais viviam, e por não aceitarem o cristianismo na Europa, e mais tarde o Islamismo no Médio Oriente, começaram a agravar-se as questões de ódio religioso, é então que surge a "Questão Judaica" dado que se agravara o sentimento de ódio religioso. A questão judaica é isso mesmo, uma questão "o que fazer com os judeus"? Como resolver este problema? A Resposta da Revolução À questão judaica, por parte da França durante a Revolução Francesa foi a emancipação dos judeus, mas 143 anos depois, a resposta à mesma questão foi a "Solução Final", parte do programa do Partido Nazi da Alemanha de Hitler, que levou a cabo um dos maiores Pogroms de toda a história, denominado de "A noite de cristal" ou "Kristallnacht", que ocorreu na noite de 9 para 10 de novembro de 1938.

É simples, somos odiados porque somos fiéis e Leais à Torá e a HaShem. Isso de ser diferente já há dois mil anos era motivo de segregação, persecução e morte e continua a ser até aos dias de hoje.
Mas sem o Antissemitismo, os judeus não quereriam voltar à Palestina, tão verdade como não quiseram os Sefarditas e os judeus progressistas americanos, para eles a Terra prometida era onde havia prosperidade. Mas para os judeus europeus, não havia outra saída, depois de expulsões , inquisição, perseguição e pogroms; a saída senão o Sionismo, e assim, encarar a Palestina como a terra prometida tal como está na Torá, mais não seja para serem judeus livres e sem perseguição.
A razão mais dramática que fortaleceu o movimento sionista foi a Shoá, o seja, o Holocausto.
O verdadeiro significado de Sionismo é apenas e somente o Regresso a Tzyion (Sião em português) nada mais do que isto, não significa fascismo, nem apartheid, nem nenhuma outra alcunha ou rótulo imposto pela esquerda (quase toda ela foco de Antissemitismo).Sim porque ser contra Israel é uma forma de Antissemitismo, dar novo rótulo ao Sionismo é Antissemitismo, e pior de tudo, os antissemitas de esquerda defendem a Palestina Livre,.mas não se esforçam em conduzir o mundo árabe a reconhecer o Estado de Israel. Portanto, contribuem para apoiar o Terrorismo e não para promover a solução dos dois Estados e muito menos a paz.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

As Causas do Conflito Israelo-árabe (1)


A origem e a causa do conflito Israelo-árabe é antiga, é o Antissemitismo que se vive na Europa desde o Primeiro Século. Começou no Egipto em Alexandria no Ano 38 EC (Era Comum).

Foi o Anrissemitismo que tornou imperioso o retorno dos judeus à Palestina.
Claro que já lá estavam os árabes, mas em qualquer lugar para onde fossem já lá estaria gente, e avaria problemas na certa, a diferença é que se era para ter problemas, então que fosse na Palestina porque os judeus têm ligação religiosa e histórica aquela terra. É o único argumento que nos vale, não fomos aceites na Europa, como cidadãos só a partir da Revolução Francesa os judeus foram emancipados, em Portugal só no terceiro quartel do século XIX, mas na Rússia só com a Revolução Bolchevique.
Quando a ONU decidiu pela Resolução 181, pela partilha da Palestina, os árabes palestinianos estavam dispostos a aceitar a divisão, mas os outros árabes, os egípcios, os sauditas, os jordanianos, os sítios, etc, não aceitaram a partilha, e a questão é meramente por motivos religiosos, a Palestina que nunca foi uma nação mas sim uma Província, todavia é solo sagrado do Islão e não pode ser governado por infiéis, sejam cristãos como no Líbano, quer sejam judeus como em Israel.
A esmagadora maioria dos Palestinianos estão fartos do Hamas, e do que este lhes faz, querem viver, e é o Hamas que é a principal razão de não haver um Estado Palestiniano livre. Claro que Netanyahu também não é a favor dos dois Estados, mas sem esta solução o que ele irá fazer? Anexar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e se o fizer terá que dar a cidadania aos árabes palestinianos, e isso seria o princípio do fim de Israel.
A Separação em dois estados é a única solução, nem que seja de costas voltadas um para o outro, devido ao ódio que se gerou nestes últimos 75 anos, mas que seja permitido criar o Estado Livre e soberano da Palestina e permitir a Paz tão almejada.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Bring Them Home Now - O Drama dos Reféns


Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23 no sul de Israel, reféns que são usados como moeda de troca por parte do grupo terrorista Hamas. Dos reféns acima referidos, acredita-se que cerca de 30 já tenham falecido, restando pouco mais de 100.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.



sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Está tudo errado debaixo do Sol.

A maioria das pessoas toma partido de um dos lados do conflito israelo-árabe por puro sectarismo, quer seja ideológico, quer seja religioso, ou pura e simplesmente porque a posição de A ou de B agrada-lhes mais. Todavia as coisas não são assim tão fáceis de definir, nada é tão linear como o nascimento e a morte, a vida é feita de nuances, e por trás das aparências há a natureza dos factos, aquilo a que chamamos verdade ou mentira, honestidade ou engano, temos portanto, de estar bem informados e ser sobretudo desconfiados (perante os discursos odiosos de quem quer que seja), devemos também ser críticos connosco próprios, só assim podemos ter claramente uma posição, caso contrário, seremos mero gado, seremos manipulados e usados por interesses que nem conhecemos, e as nossas opiniões, serão fruto da manipulação dos média, e pior ainda das redes sociais, não serão nossas opiniões e nem livres, senão na aparência.

É por este motivo que considero perigosas as posições de uma parte da Esquerda perante o que se passa no conflito Israelo-árabe, porque são formadas por questões ideológicas, baseadas na aparência dos factos, e porque em verdade, este conflito ultrapassa a lógica ocidental, liberal e agnóstica. Porque a esquerda está muito aquém da verdade dos factos, tudo o que pensa, expressa e prega sobre os judeus e muçulmanos parte de uma premissa e uma atitude de menosprezo e presunção de superioridade moral e intelectual que de facto não têm.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

O Ressurgimento de Israel em 1948


A origem do Ressurgimento de Israel na verdade foi causado pelo Antissemitismo endémico na Europa cristã e xenófoba. O antissemitismo que esteve presente e activo antes e após o Holocausto, viu-se os massacres na Ucrânia perpetrados por Stepan Bandera, viu-se o ressurgimento de Pogroms e as acusações de
libelo de sangue na Polónia após o fim da II Grande Guerra, não havia outra saída que não a de regressar à terra ancestral, a antiga Judeia que passara a chamar-se Palestina..

Os judeus são há muito odiados, porque pura e simplesmente são judeus, da mesma maneira que se odeia uma pessoa só por ser negra, ou seja, pela cor da pele, ou um cigano pelo seu modus vivendi, ou uma outra pessoa por ser de outra etnia, de outra classe, de outra preferência sexual, mas sem dúvida a questão religiosa tem um peso tenebroso no que concerne aos crimes de ódio.

Ser judeu não é pêra-doce, são odiados porque não aceitaram Cristo, são odiados porque não aceitaram o Islão; são odiados porque creem apenas em Deus; São odiados porque não renunciaram às suas tradições, usos e costumes; são odiados porque são considerados espiritualmente inferiores, e por fim, por causa de tanto ódio precisava já há muito de ter a sua própria terra como espaço vital para a Nação Judaica e por isso tornaram-se ainda mais odiados.
Mas por mais que se explique, muitos não conseguem compreender que sem Israel ou melhor, sem um Estado Judaico, os judeus em todo o mundo ficam fragilizados perante perseguições, opressão, segregação e em última análise o genocídio.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

Israel Vs Hamas - A Solução dos Dois Estados


Em verdade, a Solução dos 2 Estados, aprovada pela Resolução 181 da ONU em 1947, foi o que legitimou e permitiu o ressurgimento de Israel, como um Estado Refúgio para todos os judeus perseguidos, porque era uma necessidade imperiosa regressar a Eretz Yisrael após o Holocausto, resta lembrar que na altura a Palestina tinha apenas 1,6 milhões de habitantes, salvo erro, dos quais 600 mil eram judeus, havia espaço para ambos os povos e os dois países soberanos lado a lado, nem foram os árabes palestinianos que recusaram, foram os outros árabes.
Portanto, Israel historicamente nunca esteve contra a solução dos dois Estados, e sempre que esse acordo esteve muito próximo de se concretizar, os árabes recusaram-no pura e simplesmente, tal como o Hamas que pedia tréguas, recusou há dias a proposta de Israel de dois meses de cessar-fogo. Ao recusar a proposta mostram quem são de facto.
Mas hoje o Xadrez político mudou, as peças do jogo que está em cima da mesa é o interesse internacional para se evitar a escalada da guerra e um conflito Mundial, os sauditas, o Emirados Árabes, o Bahrein e outros países árabes querem a solução dos dois Estados porque Israel é já uma realidade inegável e não vai voltar atrás, os judeus não têm para onde ir, e além disso, a guerra que no fundo o Hamas impõe aos palestinianos com um sofrimento sem fim, é na verdade usada para que os mártires (escudos humanos) apareçam nos média internacionais para conquistar apoio para uma causa que não é de facto a libertação dos árabes da Palestina, mas sim a destruição do Estado Judaico de Israel, que os muçulmanos radicais e fanáticos consideram estar em solo sagrado do Islão.
Mas os árabes modernos não são os mesmos de há 80 anos, querem paz e progresso e para tal, há que isolar o Irão e silenciar os seus proxys, o Hamas, o Hezbollah e os Houthis.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

O Bluff de Netanyahu pelos Acordos de Abraão


Netanyahu ao recusar a solução dos dois Estados, na verdade poderá estar a fazer bluff, não é uma certeza, mas faz sentido, caso se verifique, pois poderá ser uma mera estratégia política, na medida em que pretende obter garantias de reconhecimento e segurança para o Estado de Israel perante os países árabes sunitas e assim, isolar e enfraquecer a posição do Irão e dos seus proxys como o Hamas e o Hezbollah. E obtidas as garantias de paz e reconhecimento político, aceitará a criação de um Estado Palestiniano desmilitarizado e livre do Terrorismo.

O tempo não tardará a dizer se estou certo ou errado.
Aliás, a proposta de Israel de oferecer um cessar-fogo de dois meses em troca da libertação dos reféns, que foi recusada pelo Hamas, mostra ao mundo quem está a ter má vontade política neste conflito.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 31 de dezembro de 2023

As Razões de Um Espaço Vital para Israel


Foi o antissemitismo que levou à criação do Movimento Sionista em 1897 dirigido por Theodor Herzl, pela necessidade de um espaço Vital para a segurança da nação israelita, do qual a Inquisição, os pogroms e o holocausto foram os exemplos mais marcantes da caça às bruxas que foi o conjunto dos pensamentos ideológicos e teológicos que sustentaram o Antissemitismo, tornando o povo judeu no bode-expiatório para todos os males sociais.

Foi o antissemitismo, a intolerância e os respectivos discursos de ódio, que causaram a necessidade dos israelitas deixarem a Europa e retornarem a Tzion, uma dos montes de Jerusalém, daí o termo Sionismo, que nada mais foi do que a unica resposta capaz e corajosa para salvar toda uma nação que toda a Europa queria ver ou convertida à força, expulsa ou exterminada.

Houve claro propostas antes da Declaração de Balfour, que indicavam a possibilidade de colocar todos os judeus, por exemplo no Quenia, no Uganda, e ate propostas de os levar para Angola ou até mesmo no Alentejo no sul de Portugal, daí que Oliveira Salazar (Presidente do Conselho no Estado Novo) chamou à I República, a República Judaízante, porque dizia ele, que os republicanos perseguiam a Igreja mas queriam resolver os problemas dos judeus.

Mas Theodor Herzl sabia e bem que, fossem para onde fossem os judeus haveria sempre problemas, sobretudo se os judeus não tivessem tido no passado uma ligação à terra, e assim, o único lugar para poder voltar e enfrentas esses problemas com determinação era a Palestina, a Terra dos Antepassados, o Israel e a Judéia Biblicos que são a base da fé, da cultura e das tradições judaicas. Só haviam duas opções para os judeus, ou eram aceites e amados no lugar onde há quase dois mil anos viviam, ou tinham que regressar a Israel.

E para termos a prova de que é verdade o que eu afirmo neste post, basta observar o crescimento do antissemitismo na Europa, onde os ataques a judeus aumentaram. Mas para além disso, as razões para um espaço vital, são hoje, mais do que nunca uma questão existencial, e prendem-se com o combate ao terrorismo patrocinado pelo Irão.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Conflito Israelo-árabe - A Desinformação

Quem conseguiu sobreviver a 350 anos de escravidão, aos 70 anos de cativeiro, a 2000 anos de Diáspora forçada, com consecutivas expulsões, inquisição, pogroms e por fim ao Holocausto, sobreviverá também uma vez mais ao Terrorismo e à nojenta Propaganda Antissemita que hoje é movida contra o povo judeu. A razão destes ataques não é luta por território, porque aos árabes não falta território, a razão é puro ódio religioso e étnico e, porque sabem que os judeus jamais assimilar-se-ão a nenhuma outra civilização. Além disso, na verdade, não é um "barrete amarelo da inquisição" ou uma "estrela amarela" que distingue os judeus como povo, o que distingue os judeus é a Torá. Assim, há mais de 3500 anos que dizem e continuam a dizer esta frase: "AM YISRAEL CHAI" que significa "o Povo de Israel Vive".

Ao contrário do que pensa a opinião pública; Não há colonialismo de Israel, o que houve foi que a Palestina não quis criar o seu próprio estado soberano em 1948 de acordo com o plano da ONU, e os países árabes aconselharam os palestinianos a retirar-se para preparar a invasão no dia a seguir a ser criado o Estado Judaico para destruir Israel e massacrar os judeus, assim, seis países árabes invadiram Israel em simultâneo, invasões que se repetiram até 1973, e com esses conflitos Israel ocupou espaços vitais de defesa, Mas sempre quis a paz e a paz foi recusada. O problema é que para os islamitas aquele solo é sagrado e não pode ser governado por não muçulmanos (impios) o mesmo se passou no Líbano quando o Presidente em 1975 era um Cristão, despoletou uma sangrenta guerra civil, porque não queriam ser governados por cristãos. Pensem nisto.

O que se lê numa imprensa panfletária com um discurso de propaganda é que Israel não deixou a Palestina criar o seu próprio estado e que inclusive “roeram a corda” a vários acordos. Mas isso é totalmente falso, e são estas falsas notícias que circulam pela imprensa tendenciosa que estão a deformar a opinião pública contra Israel e o povo judeu e que em nada contribuem para a paz nem ajudam a encontrar uma solução para o problema. E para confirmarmos que é totalmente falsa esta ideia, basta olhar para a história quando Ben Gurion no dia da declaração da Independência em 14 de maio de 1948 estendeu a mão amiga aos Palestinianos, seriam dois Estados soberanos lado a lado; mas os palestinianos não aceitaram, aconselhados por outros países árabes. Sem esquecermos que o líder palestiniano da altura era o Mufti de Jerusalém, um antissemita encarniçado que foi visitar Hitler durante a II Guerra Mundial, e pediu-lhe o compromisso da “SOLUÇÃO FINAL”, para que judeu nenhum fugisse para a Palestina, sabiam disto?

Claro que a esmagadora maioria das pessoas bem-intencionadas, mas mal informadas, não sabia deste facto histórico, quando sabem argumentam que esta história é escrita de muitas maneiras, assim como a Bíblia que alegam, podemos ler de várias versões. Pois bem, os factos históricos só têm uma versão, são facto irrefutáveis, a menos que haja falsificação da informação ou omissão da mesma, que não é o caso. Quanto à Bíblia, ou mais precisamente à Torá sagrada, só há uma única versão desde há 3500 anos, porque para o judaísmo só há uma única versão, para ilustrar, foram descobertos em 1947 rolos de pergaminhos da Torá em Qumran perto do mar morto, foram comparados com rolos escritos atualmente pelos escribas e são exatamente iguais, não alterou uma única virgula na Torá, quanto à Bíblia cristã há várias versões e os originais escritos inicialmente em hebraico e aramaico do tempo de Jesus desapareceram, e o que há são versões gregas. Portanto nós os judeus só temos uma versão.

Voltando à questão dos últimos ataques terroristas, é claro que o Hammas sabia que ao atacar Israel iria gerar a necessidade de Israel se defender, foi por isso que o fiz, não foram os despejos de 4 famílias em Jerusalém que causou o ataque, tal não justifica uma ação de tamanha envergadura e irresponsabilidade. Sabe-se que o Hammas é financiado pelo governo do Irão, e queria isso mesmo, ser atacado por Israel, para colocar o mundo árabe de novo unido à causa terrorista.

No entanto as notícias são distorcidas de tal forma que dá a entender para a opinião pública que é Israel quem começa os ataques, mas é preciso recordar que tais ataques só começam pelo Hammas em Gaza, não pela Autoridade Palestiniana na Cisjordânia, e porquê? Porque o Hammas age à revelia da Autoridade Palestiniana, contra a vontade dos infelizes que vivem em Gaza, obedece aos interesses do Irão que os financia e beneficia de imprensa ingénua e tendenciosa e uma Esquerda radical que ou é liderada por tontos que não entendem nada de geopolítica e história do Médio-Oriente ou não dizem a verdade a ninguém, (e isto é que não se entende, como é que a Esquerda que sempre se arvora como a voz da verdade, acaba por apoiar o Hammas).

Outra realidade dura e que a imprensa não informa e a Esquerda não quer admitir é que o Hammas usa as populações de Gaza como escudos humanos, para que sendo vítimas mortais, sirvam como forma de unir o mundo árabe (e não só) para a causa palestiniana, mas, a causa palestiniana hoje está associada à causa xiita iraniana. Daí que os países árabes sunitas como os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, o Marrocos e até a Arábia Saudita estão a aproximar-se de Israel; para os ocidentais isto é um xadrez complicado de entender.

No entanto, se me perguntarem sobre os assentamentos, claro que também não sou a favor, porque atiçam o ódio contra Israel, mas creio que no fundo serão oportunamente usados como moeda de troca num processo de paz verdadeiro e bem-intencionado, para que seja duradouro, desejamos a paz por isso a nossa palavra mais usada é Shalom, (Paz) tendo como solução dos dois Estados soberanos lado a lado.

Mas é preciso que se diga também que nos dias de hoje Defender o Hammas é varrer o lixo e esconde-lo debaixo do tapete, porque o Hammas não é o legítimo representante do povo palestiniano, e uma vez mais volto a dizer, está a agir à revelia da Autoridade Palestiniana e contra a vontade dos habitantes de Gaza que são usados propositadamente como escudos humanos, para que os europeus acreditem que aquele grupo fascista é o lado bom e a vitima, pois nada justifica o que o Hammas faz, que é colocar em risco a própria população, além de que é irracional crer que Israel não tenha o direito de se defender do Terrorismo; Além disso, ainda que tenham havido erros históricos, não se corrige um erro com outro erro. Há que sentar-se à mesa e mutuamente reconhecerem-se como Estados soberanos, que tanto Israel tem direito de existir como País independente, tal como a Palestina o tem, mas sem o Hammas claro, e desde que a Palestina aceite ser verdadeiramente um Estado de Direito plenamente democrático tal como é Israel.


sábado, 29 de dezembro de 2018

Morreu Amos Oz - Escritor e Pacifista

Morreu aos 79 anos, um dos mais proeminentes escritores israelitas. Israel e o Mundo perderam um escritor emblemático, a Paz perdeu a voz de um grande lutador e ativista. Amos Oz, não resistiu na sua luta contra um cancro; nascido em Jerusalém no ano de 1939, no seio de uma família lituana, aos doze anos de idade, ficou órfão de mãe, que sofrendo de depressão suicidara-se, aos 15 anos fora viver num Kibutz, de onde saiu para se formar em Letras e Filosofia na Universidade Hebraica de Jerusalém.
Logotio do Movimento Paz Agora.
Autor de uma vasta obra, escreveu livros, que vão dos ensaios aos romances, passando por contos, poesia e textos políticos, entre os quais destacam-se "A Caixa Negra", "Uma História de Amor e Trevas", "Contra o Fanatismo", "Os Judeus e as Palavras", entre outros. 
Lutou ao lado dos seus compatriotas nas guerras dos Seis Dias e posteriormente na Guerra do Yiom Kippur, mais tarde, cria o movimento pacifista Shalom Achshav! שלום עכשיו (Paz Agora!), pois, acreditava que a paz era possível, bem como a existência de dois países e dois Estados, embora fosse criticado por isso, devido ao facto de os movimentos radicais palestinianos continuarem a não reconhecer o direito do Estado Israelita. 
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Ataques Terroristas Contra Israel

Desde 2014 que os ataques a Israel não se intensificavam como neste ano, desde o fim de maio, e por consequência do reconhecimento de Jerusalém como legítima Capital de Israel, a revolta palestiniana para reverter o irreversível, foi ter procedido, desde novembro de 2017, a uma nova onda de violência junto à fronteira com Israel atacando as autoridades israelitas, não tendo sido suficiente, surgiu na mesma altura a onda dos cometas incendiários (papagaios e balões) que causaram uma enorme devastação com incêndios em reservas florestais, áreas agrícolas e mesmo em meio urbano, incêndios em prédios dentro das cidades israelitas.

O reconhecimento de Jerusalém por parte dos EUA no governo de Donald Trump, colocou em prática o que há há muito estava previsto, a transferência da Embaixada dos Estados Unidos de Tel-Aviv para Jerusalém, ato que foi seguido por outros países, como a Chéquia, Guatemala, Filipinas, Roménia, Honduras, Togo, entre outros; 

Os Governos ocidentais condenaram os ataques terroristas

Embora costumem demorar muito para reconhecer os ataques, a maioria dos países ocidentais condenou oficialmente os ataques terroristas, devido aos danos ambientais e às vitimas inocentes, como foi o caso da declaração oficial do Parlamento português e do Primeiro Ministro António Costa, sensibilizados pela amplitude dos incêndios causados pelos cometas lançados pelo Hamas. O governo brasileiro também a par de outros países ocidentais colocou-se veementemente contra a ofensiva terrorista,  inclusive porque o reconhecimento de Jerusalém como Capital de Israel não justifica tal agressão, pois na verdade, trata-se do reconhecimento de um facto irreversível, visto que em nada coloca em causa a Independência de um futuro Estado muçulmano na Palestina, A capital é onde se encontra a sede do Poder político, que é por sinal onde estão sediados os três poderes em  Israel, o Presidente, o Governo, o Parlamento e o Supremo Tribunal, logo é efetivamente a capital do Estado de Israel.

A questão agora é saber, se a ofensiva terrorista para por aqui, ou se se irá intensificar uma escalada de violência ainda maior, o conflito já dura há 70 anos, mas o teor ideológico não ajuda nas negociações para um entendimento, nomeadamente dos lideres palestinianos mais radicais, como os do Hamas, cujo programa político não é o entendimento ou a paz, mas antes a extinção do Estado judaico, e cuja ideologia em muito se assemelha ao nazi-fascismo, símbolos que foram usados nos balões e papagaios incendiários lançados pelos terroristas. 

quinta-feira, 21 de junho de 2018

O Conflito Israelo-árabe no solo otomano

Recentemente voltou-se a falar do conflito israelo-árabe, sobretudo depois da inauguração da Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, a Capital de Israel, todavia, apesar da informação veiculada nos media, a esmagadora maioria da população mundial, ou desconhece o assunto, ou tem uma ideia enviesada do mesmo. De forma a podermos ter uma visão mais precisa sobre o problema, é necessário recuar no tempo e voltarmos ao Império Otomano, ou talvez ainda devemos recuar um pouco mais no tempo.

O Conflito Israelo-árabe no solo otomano
Quanto ao conflito israelo-árabe, ao qual vários líderes políticos de ambas as partes sentaram-se à mesa para negociar um acordo de paz, podemos dizer que é um conflito de difícil definição, à partida é de Guerra de Guerrilha Urbana, obviamente não é mais uma guerra convencional, como fora em 1948 e em 1967, respetivamente a Guerra da Independência de Israel e a Guerra do Yom Kippur.
As origens deste conflito são anteriores à criação do Estado de Israel, e até mesmo surgiram antes do fim do Império Otomano, quando a Palestina era uma mera província deste, no qual viviam em aparente paz, tanto judeus como árabes, ambos eram palestinianos, na medida que nasceram na província otomana da Palestina, não se tratou nunca de uma etnia ou sequer de uma nação, no entanto os judeus por não serem muçulmanos eram preteridos não ocupando cargos públicos e não podendo ter as melhores terras ou propriedades. Para ilustrarmos, observamos que no final do séc. XIX um grupo de judeus quis comprar vários hectares para poder construir uma cidade sua, o Império Otomano, vendeu-lhes um pântano perto da antiga cidade de Jafa, onde em 1909 tinha sido erigida Tel-Aviv como subúrbio dessa cidade velha, após muito esforço e a morte de mais de um milhar de operários judeus causados pela malária e febre-amarela contraída nos pântanos, entretanto drenados. Hoje Tel-Aviv é a cidade mais moderna, mais desenvolvida e a mais rica de todo o Oriente Médio.
Após o fim da I Guerra Mundial e da consequente desintegração do Império Otomano, as potências europeias dividiram entre si, os despojos deste invejado império, o Líbano e a Síria ficam a ser um protetorado francês, a Palestina, que incluía o que é hoje a Jordânia, juntamente com o Iraque passaram a ser protetorados do Reino Unido. Nessa altura o então Primeiro-ministro britânico Balfour, em consequência do que durante seculos fora o problema da questão judaica, redige uma declaração na qual afirma o direito do povo judeu à autodeterminação, ou seja, o direito a ter a sua própria terra, dando um novo folego ao movimento sionista e à emigração judaica da Europa para a Palestina.
A emigração judaica acentuou-se após a II Guerra Mundial pela migração massiva dos sobreviventes do Holocausto, tendo sido, no entanto, proibida por algum tempo pelas autoridades britânicas na Palestina, devido a isso, alguns barcos ficaram sem poder desembarcar os passageiros, o navio Êxodos, foi um deles, memorizado nas telas do cinema.
Acentuam-se assim, a guerra de guerrilha na Palestina, de um lado os muçulmanos com as forças militares árabes, sendo lideradas por Amin al-Husayni o Mufti de Jerusalém, o mesmo que se havia encontrado com Hitler, a quem lhe pedira a garantia de que os judeus não migrassem para a Palestina, além de defender a ‘Solução Final’ face ao problema judaico, ou seja, o extermínio nos campos de Auschwitz ou Bergen-Belsen entre tantos outros. Por outro lado, os movimentos guerrilheiros israelitas como a Haganáh, o Etzel, o Lechi e o Irgun, tinham atividades paramilitares contra o domínio britânico e as forças militares árabes.
Dos movimentos acima citados, os três primeiros vieram a juntar-se quando foram criadas as IDF forças de defesa de Israel em 1948, o Irgun foi o mais encarniçado movimento terrorista, tendo atacado alvos tanto árabes como britânicos.
Após o Reino Unido abandonar o território, com o fim do Mandato Britânico, sem que tenha dado posse a autoridades israelitas e árabes, de acordo com o estipulado na Partilha da Palestina, tal como previsto na Resolução 181 da ONU, os israelitas proclamam pela voz de David Bem-Gurion a independência de Israel, acenando para o reconhecimento de um Estado Árabe na Palestina, oferecendo a cooperação e a amizade, entretanto, os palestinianos árabes aconselhados por lideres dos países árabes, não aceitaram criar o seu próprio Estado na região, e muito menos, reconhecer o Estado Judaico; A 14 de maio Israel proclamara a independência, no dia 15 era invadido por cinco exércitos árabes, Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque, os mesmos países que aconselharam os palestinianos a não criar um Estado e a abandonar as suas casas, queimando-as bem como aos campos que deixaram para trás, seguindo o conselho dos países que fizeram outrora parte do Império Otomano.
Aqui está a chave da compreensão do problema da Palestina ou do conflito israelo-árabe, cada estado depois de desmembrado o Império Otomano pode existir normal e livremente, desde que governado por fiéis, ou seja, por muçulmanos, o que claramente não é o caso de Israel, que é considerado uma parte do antigo território otomano que passava a ser governado por judeus, ou seja por “infiéis”, esta teoria é corroborada pela Guerra civil do Líbano, tendo rebentado em 1975, quando os muçulmanos rebelaram-se contra os cristãos maronitas que estavam no governo, ora os cristãos ainda que menos odiados que os judeus, não deixam de ser considerados “infiéis” ou “impios” na cultura mais radical da religião islâmica, ou melhor dizendo, o solo do que fora o Império Otomano é sagrado e consagrado apenas aos muçulmanos, nesta perspetiva, qualquer negociação de paz do conflito israelo-árabe torna-se inviável.
No entanto e mesmo tendo conhecimento que a política esbarra incapaz no campo da crença, os esforços para a paz nunca foram abandonados por ambas as partes, sendo que desses acordos destacamos o de Oslo, que envolveu em 1993 o então Presidente estadunidense Bill Clinton, o então Primeiro-ministro israelita Itzaac Rabin e o Presidente da Autoridade Palestiniana Yasser Arafat, este último dera um precioso contributo para a paz, ao renunciar à luta armada em 1988, reconhecendo o direito da existência do Estado de Israel, o que levou ao afastamento do Partido Hammas em seu apoio político, pois trata-se de uma facção da OLP que mantém no seu conteúdo programático o não reconhecimento de Israel como Estado, bem como o objetivo da destruição total de Israel.
Negociações de Paz Israelo-árabe - Acordos de Oslo
·       Fim das hostilidades
·       Retirada das IDF da Faixa de Gaza
·       Criação da Autoridade Palestiniana
·       Retirada de Israel do Sul do Líbano
·       Estatuto de Jerusalém
·       Fim dos Colonatos judaicos na Cisjordânia
Os acordos tinham pontos chaves que eram melindrosos, de tal forma, que apesar de ser possível a retirada de Israel do Sul do Líbano e das IDF da Faixa de Gaza, além de ser criada a Autoridade Palestiniana, não se cumpriu, todavia, o fim das hostilidades pelos movimentos radicais islâmicos; Israel não renuncia a ter Jerusalém como sua capital, tal como Berlim, que fora a Capital da Alemanha Oriental, ainda que dividida; para além de tudo, soma-se à retirada dos colonatos na Cisjordânia, o assassinato de Itzaac Rabin em 1995.
As negociações deste conflito têm tido fases de avanços e recuos, muitos outros acordos têm sido preparados, mas não avançam nos aspectos políticos, devido ao fundamentalismo islâmico do Hammas ou aos colonatos judaicos na Cisjordânia.
Atualmente muito ainda há para se negociar, as principais questões para um acordo, são as seguintes:
·     Estatuto de Jerusalém como capital de Israel;
·     Segurança de Israel e combate ao Terrorismo;
·     Reconhecimento do direito a Israel existir como Estado independente, por parte dos palestinianos e em particular do Hammas.
·     Retirada dos colonatos israelitas na Cisjordânia;
·     Redefinição das Fronteiras para os limites anteriores a 1967 (exigência palestiniana).
Destas questões, muitas delas são de difícil negociação, nomeadamente as questões fronteiriças que Israel não pretende rever, outro é o estatuto de Jerusalém, a cidade santa, que os palestinianos e nem os demais países árabes aceitam, devido a motivações de cariz exclusivamente religioso.

 
Projeto gráfico pela Free WordPress Themes | Tema desenvolvido por 'Lasantha' - 'Premium Blogger Themes' | GreenGeeks Review