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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Carta Aberta ao Primeiro Ministro de Portugal

Sr. Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, é com espanto e grande surpresa, senão mesmo aflição, que os portugueses, vêm ser tomadas mais medidas de austeridade, que em muito afetam o nosso povo e penso que em pouco ou nada resultam para a recuperação económica do país, como aliás até aqui não resultaram.
Há muita coisa que é dita, mas há algo que tem sido esquecido nas críticas que são dirigidas a si e a todo o governo em geral, é a de que se deve procurar (no âmbito da justiça), apurar responsabilidades da atual situação, bem como punir os responsáveis, no mínimo com a inibição dos seus direitos políticos, impedidos assim do exercício do poder bem como da capacidade de serem eleitos, e isto é algo de suma importância, para que se possa recuperar a credibilidade, é deveras o que o povo exige, ainda que numa maioria silenciosa, pede que a justiça seja feita em nome da democracia e do Estado de Direito.
Outrossim, é de que as medidas que têm vindo a ser tomadas não são potencialmente promotoras do emprego, nem do desenvolvimento, e não nos deixam vislumbrar qualquer hipótese de um futuro próspero para este país, até porque se os portugueses são aconselhados a emigrar, é o mesmo que lhes dizer, não tenham esperança!
O que verdadeiramente falta a todos os governos portugueses, ou melhor a Portugal, é haver um projeto, não de governação para quatro anos, mas sim um projeto das linhas de futuro e do rumo que o País quer tomar, mediante as suas potencialidades e necessidades, e definir com clareza o que queremos para Portugal, onde queremos chegar, qual o nível de desenvolvimento a que nos propomos sacrificar, e isso tudo inclui politicas de formação e educação, politicas habitacionais, politicas de transportes públicos, politicas de saúde pública, a médio e longo prazo, num trabalho em conjunto de todo um povo, mas não é isso que se está a fazer hoje, testemunhamos exatamente o oposto, os portugueses sentem que Portugal neste momento é um comboio desgovernado pronto para descarrilar a qualquer momento, ou seja a bancarrota e a desgraça de tanta gente que lutou e acreditou nos seus políticos, no seu país, tanta gente que ama Portugal e o defende, sente-se traída, porque ao que pagaram em impostos para gerirem o país, receberam em troca a incerteza e a humilhação, e é por isso que o povo indignado se manifestará na ruas, dia 15 de Setembro.
Há que entender, que o serviço público seja ele qual for, é uma obrigação do Estado, e não tem necessariamente que gerar lucro, é para isso que se pagam impostos, é uma necessidade e um direito dos cidadãos contribuintes, que exigem que lhes sejam prestados serviços que vão da televisão (mas com qualidade por favor) ao saneamento básico, passando pelos serviços de rádio, de correios, de banco, de saúde pública (hospitais e centros de saúde), escolas, faculdades, creches, transportes públicos, e tudo isso é pago pelos contribuintes que exigem que esses serviços funcionem e não aceitam que sirvam para pagarem-se absurdos ordenados a gestores que sabem menos que os recém licenciados em administração ou economia. que aliás, muitos encontram-se no desemprego e fariam melhor serviço à nação, comparados com os Barões que ganham sem trabalhar, e sobretudo sem saber gerir.

E quando se entra ou se sai pela porta das traseiras, sendo um governante e no intuito de evitar o contacto com a população, isto é um sinal inequívoco para o povo, de que está já instalado, um processo irreversível de uma política económica e financeira de mais austeridade sem querer ouvir a opinião pública e os cidadãos, mostrando claramente o resultado de subserviência aos interesses do capitalismo financeiro, que vêm as populações como meros objetos e o país como mero produto de mercado para compra e venda.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diverso

 
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