sábado, 25 de maio de 2019

Lista de Partidos Políticos Europeus

O Parlamento Europeu é um órgão consultivo da  UE - União Europeia, onde estão representados os 27 países da União Europeia, com 751 eurodeputados; sendo formado por 8 grupos políticos, a partir de partidos nacionais dos Estados Membros, que toda via desaparecem para dar lugar a uma voz em uníssono dentro de um grupo ideológico correspondente. Assim temos abaixo a lista dos principais partidos ou grupos políticos europeus e o respectivo número de assentos conquistados nas ultimas eleições em maio de 2019.
Os resultados eleitorais, mostram-nos uma descida dos partidos tradicionais, como o PPE e o S&D, que perderam deputados, descendo respectivamente de 214 para 182, e, de 191 para 147,  tendo havido uma subida considerável em todas as outras forças, à exceção da Esquerda Unitária, que desce de 52 para 39 assentos, e há ainda um grupo de 29 eurodeputados que não estão filiados a nenhum grupo.
PPE - Partido Popular Europeu - Fundado em julho de 1976, é formado por partidos democratas-cristãos e conservadores, é a chamada Direita Europeia, sendo neste momento o maior grupo político no Parlamento Europeu em Estrasburgo, engloba vários partidos membros, como o principal sendo a CDU alemã, o PP espanhol, a Forza Italia, a Nova Democracia da Grécia, o  CDS-PP e o PSD de Portugal . 182 assentos (24,23%).

S&D - Socialistas e Democratas, forma o segundo maior grupo político, juntando o PSE - Partido Socialista Europeu, fundado em 1992, com outros grupos da esquerda democrata europeia, engloba diferentes grupos de corrente socialista, social-democrata e trabalhista da Europa, tem como membros, entre outros, os seguintes partidos, sendo o maioritário o SPD alemão, o Labor Party, do Reino Unido, o PS francês, o PSOE espanhol, o PD italiano, o PAZOK da Grécia e ainda o português  PS - Partido Socialista. 147 assentos, (19,57%).


ALDE - Aliança dos Democratas e Liberais Europeusfundada em junho de 2004, é o quarto maior grupo político no Parlamento Europeu, formado por partidos de Centro-direita, neo-liberais e reformistas, bem como federalistas europeus, é na verdade uma Aliança entre dois partidos europeus a ALD - Aliança dos  Liberais e Democratas e o PDE Partido Democrático Europeu e Reformistas do Renaissancetem como membros, a soma dos partidos associados de cada grupo dentro da aliança, entre outros, o PNB PNV- Partido Nacionalista Basco, o MD - Movimento Democrático (França), os Liberais Democratas do Reino Unido109 assentos (14,51%).

VE-ALE - Verdes Europeus e Aliança Livre Europeiafundado em 1999, é formada por partidos ecologistas e ambientalista europeus, e formam uma coligação no Parlamento Europeu com o EFA - European Free Aliance e o Volt Europa, que é composta na sua esmagadora maioria por partidos independentistas, alguns anti-federalistastem como membros, entre outros, o Partido Nacional Escocês, a ERC - Esquerda Republicana Catalá e de  Portugal o PAN - Pessoas, Animais e Natureza. 69 assentos (9,19%).
RCE/ECR - Reformistas e Conservadores Europeus - fundado 2009, é o terceiro maior grupo político no Parlamento Europeu, engloba os partidos de Direita, conservadores e nacionalistas e alguns anti-europeístas, tem como membros, entre outros, os seguintes partidos, sendo o maioritário o Conservative Party do Reino Unido; o Partido Lei e Justiça da Polónia; o ODS - Partido Democrático Cívico da Chéquia; Não há partidos portugueses nem espanhóis neste grupo. 59 assentos (7,86%).

ENL - Europa das Nações e da Liberdade, criado em junho de 2015, é um grupo político formado por vários partidos políticos europeus de extrema-direita, como a francesa FN - Frente  Nacional de Marine Le Pen, a italiana  Lega Nord e o holandês  Partido da Liberdade, o espectro político deste grupo é formado por ultra-nacionalistas, euro-cépticos, e combate o federalismo europeu e a politica europeia de imigração. 58 assentos (7,72).

ELDD/EFDD - Europa da Liberdade e da Democracia Diretacriado em julho de 2009, forma o sétimo maior grupo político, constituído por partidos nacionalistas e independentistas de Direita e euro-cépticos, dentre os quais o Brexit Party do Reino Unido, que elegeu sozinho 29 eurodeputados juntando-se ao UKIP - United Kingdom Independence Party e ao italiano Movimento 5 Estrelas. 54 assentos (7,19%).

GUE-NGL- Grupo da Esquerda Unitária Europeia - Esquerda Nórdica Europeia, grupo fundado em 1995, está coligado com o GCEE - Grupo Confederal da Esquerda Européia, formando juntos, o oitavo maior grupo político europeu, está formado por partidos de ecologistas e ambientalistas e pela Esquerda ortodoxa, reformista e a esquerda escandinava; tem como membros, entre outros, a Aliança de Esquerda, da Finlândia; da Dinamarca o Movimento Popular Contra a UE, da Suécia o Partido da Esquerda, de Portugal o PCP - Partido Comunista Português, o PEV - Partido Ecologista "Os Verdes" e o BE - Bloco de Esquerda. 38 assentos (5,06%).
PDE - Partido Democrático Europeu fundada em 2004, é um partido político de ambito europeu, faz parte integrante da coligação ALDE no Parlamento Europeu, tendo-se aliado ao ALD - Aliança dos  Liberais e Democratas, o PDE é um partido político europeu de centro-direita, tem como base ideológica o Liberalismo e o federalismo europeu, tem como membros, entre outros, o PNV- Partido Nacionalista Basco, o MD - Movimento Democrático (França), o PDE - Partido Democrático Europeu de Itália, entre outros.
GCEE - Grupo Confederado da Esquerda Europeia, é um partido político de âmbito europeu, que congrega partidos da Esquerda e Extrema-Esquerda, foi fundado em 2004, faz parte do  grupo parlamentar do GUE/NGL o quinto maior grupo político no Parlamento Europeu, formado por partidos de Esquerda de tendência Marxista, Neo-Marxista, tais como comunistas e revisionistas de esquerda; tem como membros, entre outros, o PCE - Partido Comunista de Espanha, a IU - Izquierda Unida (Espanha), PCF - Partido Comunista Francês, o Siriza da Grécia, o PRC - Partido de Refundação Comunista de Itália, o BE - Bloco de Esquerda (Portugal).
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Eleições Europeias com Discursos Vazios


É com um discurso vazio, que no domingo os europeus vão às urnas para escolher os "eurodeputados", cada país irá eleger um número de deputados consoante a sua dimensão populacional, todavia, os deputados não representam os seus países, senão que os representam integrados dentro de forças políticas exclusivamente europeias, e é neste sentido que se nota a incongruência de um discurso eleitoral desfocado dos problemas europeus, ou por outras palavras, os candidatos por partidos nacionais, focam o seu discurso nas problemáticas locais e nacionais, e fogem da "realpolitik" que deverá focar a política externa europeia, as politicas económicas comuns e os destinos da Europa como um bloco unido, sobretudo com a possível saída do Reino Unido, e a Ascenção galopante de China.
Exceptuando-se o Reino Unido (sobretudo com o Brexit Party), que irá tratar desta eleição europeia como um segundo refendo ao Brexit, na grande maioria dos países europeus, esta-se a discutir o cenário político interno, sobretudo como é o caso de Portugal que irá ter eleições legislativas em outubro, e cuja oposição tenta fazer desta eleição uma sondagem eleitoral.
No entanto é necessário tentarmos compreender, se este cenário é do interesse do poder estabelecido em Bruxelas, ou pelo contrário é ainda, a tentativa (falhada) dos Estados semi-soberanos, passarem uma imagem de total independência face à União Europeia, quando se sabe de ante-mão, que cada vez mais os Estados Membros, são cada vez mais, independentes, politica e economicamente da Confederação em que se uniram.
Somando-se a esta situação, verifica-se que na eleição para o Parlamento Europeu, (segundo sondagens realizadas em vários órgãos de comunicação social) que a grande maioria dos eleitores europeus, não sabe extamente para que serve o Parlamento Europeu e nem o que realmente faz o deputado desse órgão. Trata-se de um organismo que não é legislativo, mas meramente consultivo, e no qual os partidos nacionais desaparecem, formando grupos parlamentares exclusivamente europeus, como o PPE - Partido Popular Europeu de Direita, ou o PSE - Partido Socialista Europeu de Centro-Esquerda, devido a isto, é de salientar, que a Eleição para o Parlamento Europeu deveria ser feita principalmente com partidos europeus, associados a partidos nacionais, e não feita por partidos nacionais que não fazem chegar aos seus eleitores o real projeto que irão defender dentro do partido europeu a que estão associados. Assim soma e segue a Europa a caminho de uma Federação, deixando alheados do processo os eleitores europeus das várias nações que compõe a Federação.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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