domingo, 11 de outubro de 2015

Jacques Brel - Ne Me Quitte Pas

Ne Me Quitte Pas / Não Me Deixes

Não me deixes
Devemos esquecer
Tudo pode ser esquecido
Que já tenha passado
Esquecer o tempo
Dos mal-entendidos
E o tempo perdido
Tentando saber como
Esquecer as horas
Que as vezes matavam
Com golpes de porquês
O coração da felicidade
Não me deixes


Oferecer-te-ei
Pérolas de chuva
Vindas de países
Onde não chove
Eu vou cavar a terra
Até após a minha morte
Para cobrir o teu corpo
De ouro e de luzes
Eu farei um reino
Onde o amor será rei
Onde o amor será lei
Onde serás a rainha
Não me deixes

Não me deixes
Eu inventarei
Palavras sem sentido
Que tu compreenderás
Eu falar-te-ei
Sobre os amantes
Que viram duas vezes
Seus corações a incendiar-se
Eu contar-te-ei
A história deste rei
Morto por não poder
Conhecer-te
Não me deixes

Muitas vezes vimos
Renascer o fogo
Do vulcão antigo
Que pensávamos estar velho demais
Dizem que existem
Terras ardidas
Onde nasce mais trigo
Do que num melhor Abril
E quando vem a noite
Para que o céu flameja
Não é que o vermelho e o negro
Se casam
Não me deixes

Não me deixes
Não vou mais chorar
Não vou mais falar
Esconderei-me-ei aqui
Para contemplar-te
Dançar, sorrir
E para te ouvir
Cantar e depois rir
Deixa que eu me torne
A sombra da tua sombra
A sombra da tua mão
A sombra da tua mão
Não me deixes

Autor Filipe de Freitas Leal



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diverso

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