terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Bento XVI Renuncia e Abre Nova Era na Igreja

Após 6 anos e 10 meses de pontificado, Bento XVI renuncia ao papado, alegando a incompatibilidade do peso da idade, para o pleno exercício da Cadeira de São Pedro.

Passados mais de 600 anos da renuncia de um papa, com o Cisma Papal do Ocidente no Séc. XIV dividindo a Igreja entre o Papado de Roma e o Papado de Urbano VI em Roma e o Papado de Clement VII em Avignon, tendo sido por fim nomeado um terceiro  João XXIII (antipapa) para por termo ao conflito.

O que agora se passa é totalmente diferente, é uma Igreja no novo Século a tentar adaptar-se à realidade de mudanças rápidas e profundas que afetam, não só a sociedade, mas todo o mundo, da cultura religiosa à economia global, das dicotomias de um ocidente materialista e de uma cristandade em crise.

Bento XVI, numa atitude de coragem e de grande lucidez, anunciou que renuncia deixando o papado a dia 28 de fevereiro pelas 20h00 (hora local de Roma) em situação de "Sede Vacante" e será nomeado um conclave para a eleição papal. Mas deixa nas entrelinhas a necessidade de um Papa que possa ser capaz de conduzir com vigor e dinamismo os destinos da Igreja Católica em Roma e no Mundo.

Bento XVI, o Papa tímido, que não cativou as multidões como o seu antecessor, é no entanto um teólogo, cujo seu pensamento é profundo e avançado, e muito contribuiu para a reaproximação e reconciliação com o judaísmo, tendo sido o primeiro papa a pedir perdão oficialmente em nome de toda a Igreja pela inquisição e antissemitismo que o cristianismo no passado ajudou a propagar, e que tão sérias consequências ainda hoje persistem na mentalidade de muitos cristãos que desconhecem a origem judaica da Igreja de Jesus Cristo.


Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.
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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estudante de Serviço Social no  Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do humanismo, edita outros blogs, cujo teor vai da filosofia à teologia, passando pelo apoio ao estudo autodidático. (ver o Perfil  

4 comentários:

Filipe de Freitas Leal disse...

Este foi o Papa que reconheceu os erros da Igreja e pediu perdão ao povo judeu, em nome de todos os cristãos, pelo antissemitismo, pelas perseguições que os judeus viveram durante 2000 anos, culminando com a inquisição e depois pelo Holocausto, no entanto o antissemitismo ainda persiste incrustado na mente e no coração de muitos cristãos, Bento XVI iniciou o caminho da reconciliação e do perdão.

Anónimo disse...

Esse Papa, mesmo tendo pedido perdão é um Nazista.

Filipe de Freitas Leal disse...

A Humildade e a Verdade são qualidades do verdadeiro crente em D-us, aquele que pede perdão com humildade é tão grande quanto aquele que perdoa com o coração sincero.

Filipe de Freitas Leal disse...

Acusam-no de Nazista, tal não é verdade, Joseph Ratzinger foi obrigado a pertencer à juventude hitleriana, como qualquer jovem alemão na altura do III Reich, do mesmo modo que em Portugal muita gente foi obrigada a pertencer à Mocidade Portuguesa do Salazarismo de cariz nazi-fascista e até antissemita. Essa é uma verdade inegável da História de Portugal.

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