segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Cores para o Ano Novo

Os leitores deste blog, merecem bem mais que uma simples mensagem de Boas Festas, ou de uma foto no mural da nossa página no "Facebook" ou no "Twitter", os leitores merecem uma mensagem personalizada e sincera.
Eis aqui, bem ao jeito de "O Blog Humanista"  uma mensagem de um grande apreço por todos e de votos para um Ano Novo, diferente em todos os sentidos possíveis, nomeadamente no que se refere à Paz, à luta por um mundo melhor, que não podem parar de ser no fundo o nosso sonho, o nosso objetivo.
As Cores e os Sonhos
A todos, votos de,
Um Ano Novo cheio de cores.
Cores por fora, alegria.
Cores por dentro, felicidade.
Cores de todas as cores, igualdade.
Cores quentes, de amor.
O azul, da beleza.
O amarelo, da alegria.
O verde, da esperança.
Cor de laranja, o humanismo.
O Branco que não vê cores, a Paz.
E que nos olhos de todas as cores,
As sementes dos vossos projetos,
Façam Nascer, árvores robustas,
Árvores perenes e coloridas,
Projetando-nos os símbolos.
dos nossos mais belos sonhos.

Feliz Ano Novo a Todos os Leitores.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Músicas - Canção da América - Milton Nascimento






Esta é uma das canções da minha juventude, uma das muitas que me marcaram, tal como marcam os bons livros, as boas músicas, também são os tijolos que erguem o edifício dos nossos ideais, sobre o qual se assentam as telhas dos princípios na convivência dos valores. Este é um hino à amizade, uma amizade fundada em valores de partilha do saber, e da importância do ser.

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi

Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou

E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito

Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.


Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Estágio em Deficiência e Direitos Humanos



Portfólio de Estágio
Observatório Nacional
Sobre Deficiência e Direitos Humanos  

“A cegueira que cega, cerrando os olhos, não é a maior cegueira;
A que cega deixando os olhos abertos, essa é a mais cega de todas”
Padre António Vieira

1 Prefácio
Ao assumir esta cadeira de Laboratório de Observação I, pretendi, poder adquirir mais conhecimentos, que pudessem vir a ser-me úteis no meu aprendizado de Serviço Social, e simultaneamente ser enriquecedor do ponto de vista pessoal. Apresentaram-me um o Projeto do Observatório Nacional da Deficiência e Direitos Humanos, cujo objetivo é o de monitorizar em que medida os direitos humanos são adotados e aplicados na defesa das pessoas portadoras de deficiência, Ambos os objetivos foram atingidos, enriqueci imensamente do ponto de vista pessoal e educacional, e porque do mesmo modo que o caminho faz-se caminhando, assim é a aprendizagem, é no campo a estudar e a conhecer a realidade, ancoramos a teoria aprendida à realidade que vivemos no campo.
Houve como é natural de se prever, dificuldades pelo caminho, nomeadamente a falta de tempo, e o próprio desconhecimento de determinados aspetos que dizem respeito à deficiência, como a acessibilidades de diversa ordem, tais como páginas de web para cegos, ou a via pública que é por vezes mais um sinal de exclusão para os deficientes motores.
Mas o resultado final é de que me levou a pensar que é de suma importância para os alunos do Serviço Social, o contacto com o CAPP a nível de aprendizagem e colaboração em projetos similares em que os alunos possam participar, pois é muito enriquecedor.
2 – Resumo.
No estágio de laboratório foram-me entregues tarefas, referentes ao Projeto do “Observatório Nacional da Deficiência e Direitos Humanos (ONDHu); O projeto é realizado pela CAPP Centro Administrativo e de Políticas Públicas, do ISCSP, e está sob a orientação e responsabilidade da Professora Doutora Paula Campos Pinto, e fazem também parte do projeto o Professor Doutor Fausto Amaro, Professora Doutora Maria Engrácia Cardim e Diana Teixeira, com trabalhei, o projeto é uma iniciativa do INR Instituto Nacional de Reabilitação, do ISCSP Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e da Fundação Calouste Gulbenkian, estando associadas ao projeto como parceiros, várias organizações e associações como a ACAPO - Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal;  ADFA - Associação Portuguesa de Deficientes das Forças Armadas, entre outras entidades similares.
No âmbito da Comemoração do Dia Internacional das Pessoas Com Deficiência, a 3/12/12 propus como uma das tarefas a criação de um site que me permitiu contactar a dificuldade da inacessibilidade de muitas páginas da web para as pessoas cegas, com muita pena minha, pois até o meu blog pessoal está inacessível.
Outra das tarefas que me foram apresentadas, foi atualizar a agenda de contactos de várias associações e entidades de solidariedade social, que me permitiu conhecer variadíssimas delas, algumas que desconhecia a sua existência e fazem parte da minha área de residência, o que me permitirá aumentar o leque de futuras ações de estágio ou de voluntariado.
Seguiu-se a pesquisa de teses, dissertações e trabalhos académicos, com o objetivo de conhecer o que é que se está a produzir no âmbito académico da lusofonia sobre a temática da deficiência, tendo sido o Brasil, o país que escolhido para a pesquisa, pela sua dimensão populacional e geográfica, e a respetiva facilidade de pesquisa na web.
Por último, a Diana Teixeira, pediu-me para fazer clipping de notícias da imprensa brasileira, com o intuito de se conhecer de que modo e com que abrangência se comemorou o dia 3 de dezembro no Brasil.
Palavras-chave: Direitos Humanos, Pessoas com deficiência, Acessibilidades.
3 – Atividades Realizadas
Tarefas já citadas no Resumo as tarefas são as seguintes:
1. Criar uma página web para o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência - 3/12.
2. Atualização de dados de IPSS’s de Associações de Defesa das Pessoas com Deficiência.
3. Procurar trabalhos académicos, teses ou dissertações do Brasil, sobre a situação das pessoas com deficiência.
4. Procurar informação (clipping) do sobre a comemorado o Dia 3 de dezembro de 2012 no Brasil.
A primeira das tarefa, por sinal autoproposta, foi de uma grande utilidade para conhecer a realidade sobre a inacessibilidade dos cegos a navegar na internet, não tinha conhecimento do quão difícil é criar um site sem erros de leitura, e de acordo com o padrão de acessibilidade W3C.
Para o devido efeito cheguei a criar uma página no blogger, de longe o mais fácil de se fazer, mas totalmente sem acessibilidade visual, migrei par ao Word Press, o problema reduziu mas manteve a inacessibilidade, e tentei outros meios mas foi infrutífero de todo, pelo que teve de ser abandonada a tentativa de criar um site, acabei por descobrir no entanto que a inacessibilidade visual na net, é muito maior do que se pensa comummente, e até o meu blog está repleto de erros de acessibilidade o que é deveras desanimador, tendo em conta que a OMS Organização Mundial da Saúde estima que haja no mundo todo cerca de 180 milhões de cegos, sendo 45 milhões totalmente cegos e 135 milhões apresentam diferentes graus de baixa visão, sendo ainda que a maioria destas pessoas está situada nos países subdesenvolvidos.[1]
A atualização da “Base de Dados”, foi outra das tarefas, que apesar da morosidade permitiu-me ter conhecimento de inúmeras instituições, a natureza da sua vocação ou área de intervenção, e perceber que há inúmeras associações e instituições para a defesa dos direitos dos deficientes, bem como a promoção da sua inclusão social, mas são associações que na maioria das vezes são meramente locais e carecem de recursos, pelo que recorrem (e a meu ver bem) ao voluntariado como forma de suprimir essa dificuldade, como é o caso de uma instituição denominada “Coração Amarelo” no Cacém, instituição inclusive que cheguei a contactar pessoalmente, que não sendo no entanto uma porta aberta para um futuro estágio é no entanto uma porta para ações de voluntariado.
A busca de trabalhos académicos, teses ou dissertações, foi uma das tarefas que achei interessante pela ideia em si, conhecer a realidade sobre o que se está a produzir a nível académico nas universidades do país irmão, e dar-nos assim a conhecer o modo como é encarada e vivida a deficiência no Brasil, no entanto foi interrompido por motivos de iniciar com alguma urgência a última das quatro tarefas, o “Clipping” de notícias sobre a comemoração no Brasil do “Dia Internacional das Pessoas Com Deficiência” a 3 de dezembro.
Esta última tarefa, salientou que a medida das necessidades requer métodos adequados para a resolução de objetivos. Digo isto porque ao contrário de Portugal no Estado de São Paulo (Brasil) há uma Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência, o que a meu ver mostra um grande empenho na promoção da inclusão social, nas políticas públicas e sociais.
4 – Dificuldades Encontradas
Uma das lições aprendidas neste pequeno estágio é que cerca de 10% de toda a humanidade, cerca de 650 milhões de Pessoas, são portadores de algum tipo de deficiência. É a maior minoria do Mundo e urge uma maior consciencialização desta realidade. Fundamentalmente senti duas grandes dificuldades na execução das tarefas, uma é técnica, a outra a escassez do tempo.
1 – A primeira grande dificuldade, foi lidar com a falta de tempo na execução da própria tarefa, e com a inacessibilidade das páginas criadas para a comemoração do dia 3 de 12, mas aprender a lidar com isso também foi uma grande lição.
2 – A outra aprendizagem é a lidar com os contratempos e aprender que em tudo há ganhos e perdas, neste estágio, ao contrário do que pensei, 3 horas semanais, são muito pouco na pesquisa de dados, a internet é extremamente extensa, a busca de informação requer manejo e organização, ao mesmo tempo que é um mundo imenso de informação, são poucas as páginas verdadeiramente fiáveis no que toca a informações credíveis.
A imprensa escrita brasileira, não fez um destaque excecional, há notícias que foram no entanto veiculadas pela net, através da Secretaria dos Direitos das Pessoas com Deficiência.
5 – Conclusão e Sugestões
Nem tudo são rosas, nem tudo é mau, houve o fator positivo do trabalho realizado, que é a aprendizagem, e passo a citar 3 grandes lições aprendidas:
1 – O nível de inacessibilidade que sofrem as pessoas com deficiência nas ruas e nas estações de transportes públicos, bem como a grande exclusão social de parte dos que sofrem deficiência, é o exemplo das páginas da Net inacessíveis.
2 – Os direitos que visam a inclusão ainda têm um grande caminho pela frente.
3 – O Poder de ser ativista como a forma de alterar a situação, Em Portugal estima-se que sejam cerca 9.6% da População as pessoas com algum tipo de deficiência, cidadãos que antes de tudo, são pessoas portadoras de cidadania e direitos, Aprendi com a Diana Freitas, que ser ativista e ao acreditar no seu projeto podemos contribuir para uma sociedade mais justa, e com maior acessibilidade para os Deficientes Motores em Lisboa, Projeto 131, aliás vencedor
Sugestão - Penso que este projeto deveria ser apresentado a mais estudantes de Serviço Social, não só como estágio mas até como voluntariado das tarefas, penso ser bom para os alunos e útil para o projeto.
6 – Infografia
Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br
Fundação Dorina Novil Para Cegos http://www.fundacaodorina.org.br/deficiencia-visual
Ficha Técnica
Aluno: Filipe de Freitas Leal
Curso: Serviço Social - 3º Ano – Pós-Laboral
Cadeira: Laboratórios de Observação I – 1º Sem.
Orientador: Professora Doutora Maria Engrácia Cardim
Supervisor: Professora Doutora Paula Campos Pinto e Diana Teixeira
Instituição: CAPP Centro de Administração e Políticas Públicas
Local: Lisboa – Polo Universitário da Ajuda (ISCSP)
Projeto: Observatório Nacional da Deficiência e Direitos Humanos.
Supervisor: Professora Doutora Paula Campos Pinto
Tarefa: Recolha de Teses / Dissertações

Tema: A Deficiência (exclusão/inclusão)




LINKS DE TESES E DISSERTAÇÕES SOBRE A DEFICIENCIA.

Lúcio Mauro Reis – Inclusão e exclusão na escola
2 - Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência no Brasil
Marina Codo Andrade Teixeira – Fundação Getúlio Vargas
3 - A Integração das Pessoas com Deficiência na Educação Superior no Brasil
Maria Teresa Moreno Valdez – Universidade de Fortaleza
4 - Género, corpo e sexualidade: Processos de significação e suas implicações na constituição de mulheres com “Deficiência Física”.
Marivete Gesser – Universidade Federal de Santa Catarina
5 - Análise das conceções de gestores sobre deficiência em pessoas que ocupam postos de trabalho em uma rede de supermercados.
Roberta Bezerra Brite – Uferj Universidade Federal do Rio de Janeiro
6 –  Acessibilidade de deficientes visuais em ambientes digitais/virtuais
Andréa Poletto Sonza – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
7 – Educar para a Diversidade: Um olhar sobre as políticas públicas para a Educação Especial desenvolvidas no município de Sobral (1995-2006)
Marla Vieria Moreira da Silva – Universidade Estadual do Ceará
8 – Inclusão de Pessoas Portadoras de Deficiência no Mercado de Trabalho: Desafios e Tendências.
Jorge Luiz Moraes Doval . Universidade Federal do Rio Grande do Sul

LINKS REFERENTES AO DIA 3 DE DEZEMBRO NO BRASIL.

1 – Começa a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Deficiente: 
Local: Brasília; Tema: Um Olhar Através da Convenção da ONU Sobre os Direitos da Pessoas com Deficiência; Data: 03/12/2012.
2 – Revista “Sentidos” Nº 72: Dia Internacional da Pessoa com Deficiência é comemorado em todo o mundo 
Local: Editada em São Paulo; Tema: Comemoração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência; Data: 0Edição de 12/2012.
3 – Mobilidade Urbana Sustentável: “Agenda do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. 
Local: São Paulo; Tema: Comemoração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência; Data: de 01 a 3/12/2012.
4 – Mobilidade Urbana Sustentável: “Agenda do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. 
Local: São Paulo; Tema: Agenda com eventos sobre a Comemoração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência em São Paulo; Data: de 01 a 3/12/2012.
5 – 9ª Passeata em comemoração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. 
Local: São Paulo – Avenida Paulista; Tema: Passeata organizada pelo Sindicato dos comerciários e a consultoria TRInclusão; Data: de 01/12/2012.
6 – 3ª Virada Inclusiva 2012 – Celebrando o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. 
Local: Diversos Municípios do São Paulo; Tema: Evento de grande dimensão, contando com Shows, Teatro, Exposições, Atividades desportivas, culturais; Data: de 1 a 3/12/2012.
7 – Secretaria dos Direitos Humanos (RJ) Conferência celebra o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. 
Local: Diversos Municípios do São Paulo; Tema: Evento de grande dimensão, contando com Shows, Teatro, Exposições, Atividades desportivas, culturais; Data: de 1 a 3/12/2012.
8 –  Jornal “Folha de São Paulo” - 3ª Virada Inclusiva Acontece em SP. 
Local: São Paulo; Tema: Noticias com o programa da “Virada Inclusiva”; Data: 1/12/2012.
9 –  Direito Para Todos – “Sei o que sou não tenho de dar satisfações a ninguém” 
Local: Belo Horizonte (MG); Tema: “Sei o que sou, não tenho de dar satisfações a ninguém”; Data: 3/12/2012.
10 –  UFF Universidade Federal Fluminense – “Hoje é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência” 
Local: Rio de Janeiro (RJ); Tema: “Agenda de eventos alusivos às comemorações do dia 3 de dezembro”; Data: 3/12/2012.
11 –  Prefeitura de Curitiba: Fórum destaca direitos da pessoa com deficiência 
Local: Curitiba (PR); Tema: Fórum de palestras e conferências, mas também conta com eventos musicais e exposições de artes visuais; Data: 3/12/2012.



[1]  Fundação Dorina Novil para Cegos -  http://www.fundacaodorina.org.br/deficiencia-visual/ (19/12/12)



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 16 de dezembro de 2012

A Presidente e a Revista do Brasil


Muito recentemente encontrei na internet uma revista mensal denominada "Revista do Brasil", que é vendida em bancas de jornais e distribuída através dos sindicatos de diversos setores da sociedade brasileira, desde indústria, à banca, passando pelo comércio, contando com a colaboração de um enorme equipa de sindicalistas, professores e intelectuais, com o objetivo de proporcionar ao cidadão comum, ao trabalhador assalariado, uma informação livre, com qualidade e sem meias verdades, é no meu entender um serviço público de grande qualidade e importância.
O Projeto que tem no fundo um cariz humanista, com o intuito de humanizar o acesso da informação a toda a classe trabalhadora, e com isso proporcionar consciencialização, iniciou em 2006 e não para de crescer e fazer cada vez mais simpatizantes, em todo o Brasil e através da internet com um portal, e das redes sociais (facebook, orkut e twitter) atingiu público além fronteiras, nomeadamente no mundo da lusofonia; O projeto desenvolveu-se a partir do "Jornal Brasil Atual" e agora além da revista mensal, do jornal e da Editora Atitude, tem também um espaço radiofónico homónimo do jornal, através da "Rádio Terra FM".
A linha editorial do projeto é progressista, e tem uma linguagem acessível, usando por vezes neologismos, no entanto há um que me custa aceitar, e decidi escrever para os redatores, como que a solicitar que tomassem em linha de conta que para a "Presidente" Dilma Roussef, não fosse utilizado o termo "a Presidenta", primeiramente porque eu acho com toda a sinceridade que se de facto o que conta é a conquista plena das mulheres em termos de igualdade de género, o termo "Presidente" que é neutro serve muito mais para isso do que o neologismo "Presidenta", que acaba por criar em termos linguísticos um preconceito de género ao não haver o termo "Presidento" a forma masculina de uma palavra feminina.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A Monoparentalidade no Masculino


“Toda a doutrina social
Que vise destruir a família é má,
E para mais inaplicável.
Quando se decompõe uma sociedade,
O que se acha como resíduo final,
Não é o indivíduo, mas sim a família.”
Vítor Hugo
1 - Resumo
Nunca antes se viu uma tão grande alteração do modus vivendi das famílias, como nos tempos atuais, algo a que se chama comummente de novas famílias, começa a ganhar corpo e número na sociedade em que vivemos; por todo o mundo discute-se o casamento homossexual, a adoção de crianças por casais homossexuais, tanto lésbicas como gays está a atravessar todo o mundo com discussões parlamentares, o aumento dos divórcios como consequência da emancipação da mulher na sociedade, trouxe também o aumento exponencial das famílias reconstruídas, em que cada um dos cônjuges leva para o novo lar comum os filhos de um casamento anterior, os chamados "os teus, os meus e os nossos", com  este trabalho pretendemos mostrar o modelo familiar em crescimento na sociedade atual, trata-se das famílias monoparentias, formadas por um progenitor e seu filho ou filhos, surgido de motivos como a  viuvez ou divórcio, sendo a maioria formada por mulheres que criam os seus filhos sozinhas, surgem também famílias monoparentais formadas por homens que assumem a responsabilidade de criar os seus filhos sozinhos e tal como as mulheres nas mesmas circunstâncias  estes homens também têm de aprender a conciliar vida familiar e trabalho.
2 – A Monoparentalidade no masculino
Ao longo de milénios a família sofreu alterações profundas no âmbito sócioeconómico, com o advento da Revolução Industrial e o fim da Sociedade Agrícola, passa-se do padrão de família alargada, com funções e papeis definidos e determinadas por grau de parentesco e género, que eram culturalmente definido pelo meio social da época, onde havia quanto ao número de membros, um conjunto extenso formado por pai, mãe, vários filhos, parentes com consanguinidade e até empregados, passando a ser uma família nuclear  com número reduzido de filhos em convivência com pai e mãe (Hintz H. C. 2001).
Não obstante o que dominava ainda, do ponto de vista sócio cultural era uma hierarquização vertical da família, e no que toca ao poder dentro da família, havia o predomínio da liderança masculina, algo que nos dias atuais está a desaparecer lentamente, deixando de ser uma família hierarquicamente vertical para uma relação horizontal e de partilha de liderança com a mulher (Hintz H. C. 2001)
Não é de descartar o facto o modelo económico, que surgiu com a Revolução Industrial, tendo dado primazia à força física (indústria), através do homem (chefe de família e o mantenedor do lar) gera um aumento do preconceito de género, que foi exercido sobre o género feminino, ainda hoje esse preconceito é tanto maior quanto mais conservador for a sociedade onde vivam, como a Arábia Saudita onde as mulheres não podem conduzir, e o seu papel é meramente de cuidadora do Lar, mesmo no que se refere à sexualidade, o adultério era aceitável para os homens, e totalmente condenável para as mulheres que tinham de se manter fiéis aos maridos toda a vida.
O modelo acima referido, mostra que havia também um distanciamento entre pais e filhos com um grau de hierarquia elevado, modelo esse que se refletiu por muito tempo nas relações conjugais entre o marido como sendo o chefe de família e a mulher como a mãe educadora e cuidadora do Lar, ou por outras palavras há claramente um modelo de estereótipo (Hintz H. C. 2001), no qual as diferenças de género são mantidas com atribuições e funções específicas.
Com o evoluir do tempo, e sobretudo com a luta de várias mulheres sufragistas no inicio do século XX, algumas conquistas foram feitas, mas é sobretudo após a II Guerra Mundial, em que por falta de mão-de-obra masculina a mulher foi empregue nas fábricas e nos sérvios embora com ordenados inferiores ao que auferiam os homens, e assim foram conquistando lentamente o seu espaço, com a urgência de desenvolver a economia do pós-guerra, e com a emergência de uma nova mentalidade, mais liberal, vê-se nos anos 50 e 60 uma modificação de mentalidades face à liberdade sexual, e ainda com a pílula a possibilidade da mulher optar para controlar ou programar a natalidade ou ainda evitar uma gravidez segundo a sua vontade, o que veio a traduzir-se numa liberdade sexual para a mulher (Hintz H. C. 2001)
O que a segunda metade do século XX trouxe em termos de evolução da família foi o aparecimento das ditas “Novas Famílias” como as famílias monoparentais, famílias reconstituídas, casais não coabitantes, as uniões de facto, e mais recentemente o casamento homossexual.
No entanto eram tipos de famílias já existentes, mas encarados sob outro ponto de vista, sendo fundamentalmente as famílias monoparentais formadas por mães solteiras e viúvas, o mesmo com pais viúvos a cuidarem dos seus filhos, mas com tendência a um segundo casamento, o que vem a formar então as famílias reconstituídas.
Os tempos modernos que a sociedade da Informação, como lhe chama Alvin Toffler, trás significativas mudanças no modos vivendi das famílias e consequências no relacionamento entre os cônjuges e entre os pais e filhos, trata-se do apogeu da televisão, da infomática, e da mudança face aos tempos de convívio e diálogo entre a família, outro fator é a necessidade de homens e mulheres repartirem as tarefas referentes às rotinas diárias do dia a dia da família, havendo um maior aumento da impaciência e exigência entre os casais que degenera muitas vezes no divórcio, fator que tem vindo a crescer exponencialmente dos anos 60 para cá, sobretudo a alteração que se observa no status da mulher, que passou a ser maioritária no ensino superior, e não raras vezes a mulher aufere devido a isso, ordenados superiores ao seu cônjuge (Hintz H. C. 2001).
Mas o que importa salientar é que com os divórcios têm vindo também a aumentar, é notório o aparecimento cada vez mais comum de famílias monoparentais, onde um dos cônjuges fica a viver com os seus filhos, havendo também o aumento simultâneo de famílias reconstruídas, e dos famosos filhos “os meus, os teus e os nossos”.
3 – Conclusão
Segundo dados fornecidos pela PORDATA, em 2011, que afirma ser de 53.766 o número de famílias monoparentais masculinas, ou seja em que o Pai é que fica com um ou mais filhos a cargo.
Esta tendência tem também um fator importante, no sentido de agora serem também os homens a ter de conciliar trabalho e família nas suas prioridades, e tido como uma novidade contemporânea os pais assumirem e quererem de facto assumir a responsabilidade de criar os seus filhos, claro está que a maioria das famílias monoparentais é feminina, ou em que a mulher é que fica com a guarda dos filhos.
Os pais nas famílias monoparentais tem ainda muitas barreiras para vencer, nomeadamente o preconceito que é sentido, e por uma mentalidade ainda machista, que resiste em alguns setores da sociedade, no entanto, há algo de positivo, que é uma nova cultura de género, criada por estes homens e seus filhos, baseada numa filosofia fundamentalmente humanista e de cidadania, através de uma educação inclusiva no seio da família.
4 – Bibliografia e Infografia
A bibliografia fundamental adotada para este trabalho foi entre outros o "Mulheres em Dupla Jornada - A conciliação entre trabalho e família" da Professora Maria José Silveira Núncio, no entanto, para este capítulo especifico do trabalho foram utilizados outros trabalhos académicos, consulta de dados estatísticos do INE Instituto Nacional de Estatísticas e também da PORDATA, além de consultas de jornais como abaixo se segue:
Hintz, Ana Bela (2001) “Novos tempos, novas famílias?” “Pensando Famílias”, Porto Alegre, Brasil
Pordata, Dados estatísticos sobre as famílias monoparentais por sexo.
http://www.pordata.pt/Portugal/Agregados+domesticos+privados+monoparentais consultado dia 12/12/2012
Diário de Notícias, Ferreira, Ana Bela,(11/07/2010)  43 mil homens criam filhos sozinhos, Diários de Notícias, http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1615577 consulado dia 12/12/2012


Trabalho de Grupo de “Políticas da Família”
Professora Doutora Maria José da Silveira Núncio

Curso de Serviço Social – 3º Ano – Pós Laboral



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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