quinta-feira, 12 de julho de 2007

Absurdos & Incongruências

O blog, pretende ser um espaço de discussão, debate de ideias e defesa de causas aberto a todos que tenham uma consciência critica do Mundo em que vivemos, pela crítica construtiva voltada para o bem comum, na qual as nossas lutas sejam as lutas da Justiça social, da sustentabilidade ambiental que nos alertem para as questões da seca e falta de água potável, da erosão, da poluição e das diversas agressões ao ecossistema; de lutas contra os maus tratos aos animais e a extinção de espécies, que graça por todo o planeta, que indique caminhos para a distribuição de riqueza e justiça social e não fiquemos só pela critica pura do derrotismo ou no bota a baixo, que aliás nascem da inépcia e de um fechar-se em si mesmo.
No entanto não se pode ficar impávido, ao vermos degradarem-se na nossa sociedade os direitos conquistados após anos de luta na clandestinidade, o facto é que as liberdades de abril, conquistadas com sacrifício estão a cair por terra dia após dia, os nossos direitos mais elementares, a nossa dignidade e até a esperança no regime que nascia do 25 de abril, têm vindo a desaparecer na cultura política do povo, devido à corrupção, à imoralidade política e da vergonhosa submissão de alguns dos nossos dirigentes, face aos interesses estrangeiros ou mesmo de grandes multinacionais.
Também no campo empresarial as falências fraudulentas, as fugas para o estrangeiro de multinacionais tecnicamente chamadas de deslocações, enfim surge por todo o país um rumor de um descontentamento enorme e silencioso. Graça neste país, a loucura disfarçada sobe a capa de discursos pragmáticos e de sebastianismos inconfidentes. Loucura que mostra o rosto do absurdo, através de juntas médicas que recusam pensões vitalícias e levam a que doentes terminais sejam declarados aptos para o trabalho e sem quaisquer apoios sociais, além de serem obrigados a apresentar-se ao trabalho, acabando por vir a morrer.
Pessoas que contribuíram toda uma vida, para a sociedade em que viviam, e que foram desprezadas e espezinhadas pela incompetência, pela mesquinhes sórdida, que acabara por tirar a dignidade a quem incapacitado, sem voz e com todos os indícios da doença que o consumia, fora obrigado a humilhar-se impotente de fazer ver a sua doença, como o que foi noticiado na imprensa de um professor que mesmo doente fora-lhe negada a baixa por uma junta médica, vendo-se obrigado a continuar a desempenhar as suas funções, ainda que sem as poder realizar devido a se encontrar numa cadeira de rodas.
Dirigentes políticos, que não tiveram a consciência, a visão, a razão e muito menos o coração para reconhecer o que era óbvio, de que o professor estava gravemente doente e não quiseram admitir o que de si era impossível negar; Escolheram o caminho do absurdo e a incongruência dos seus atos, que se repetem de lés a lés no triste Portugal.
Este espaço pretende humildemente juntar-se a outros tantos na internet, a fim de contribuir construtivamente para que se faça uma revolução cultural, que em Portugal nunca houve e que cada vez mais faz-se necessário.

Autor Filipe de Freitas Leal




Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

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